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Mandei mensagem pro Vagner, dizendo que ficaria um tempo lá na dona Sônia e que assim que o encosto chegasse, eu meteria o pé. Assim o fiz, estava no quarto brincando com a Joice, que aparentava estar super feliz com a nossa presença.

Escutei a voz do nojento e fui logo ajeitando as coisas com ela, já que o Felipe dormia no bebê conforto.

Laura: Eu te amo muito, tá filha? — disse abraçada nela, sentada em sua cama. — Ai como a mamãe morre de saudade desse seu cheirinho. — abracei ela mais forte, que soltou um aí e deu uma gargalhada.

Joice: Também te amo, mãe. — nos soltamos. — Posso dar um beijo no Lipe antes de vocês irem embora?

Laura: Claro que pode, filha. — se inclinou pro lado do bebê conforto e deu cheirinho de alguns minutos no irmão, sussurrando alguma coisa.

Joice: Pronto, mãe. Agora o Lipe sabe que eu amo ele também. — fiquei emocionada, tá. Dei mais uns beijos nela e saí.

Laura: Tchau, gente. — passei pela sala rápido. — Tia, se precisar de mais alguma coisa, é só me ligar.

Boca: Não vai me elogiar pelo castigo? — revirei os olhos.

Laura: Não fez mais do que sua obrigação, né?! — neguei com a cabeça e saí.

Cheguei em casa e o Vagner já estava também, Carol tinha saído com o boy dela.

Vagner: Amor, vou dar banho no Lipe, tava afim de pedir uma parada diferente pra gente comer. O que tu acha? — pegou o Felipe do meu colo e me deu um selinho.

Laura: Acho uma boa, amor. Mas o quê?

Vagner: Pensei naquela pizza lá de baixo, tá ligado? La de onde eu trabalhava. — concordei com a cabeça. — Tu ainda tem o número de lá? Pede aí a que tu quiser, uma de calabresa, claro. E aí, a gente se a entrega demorar muito, vou lá buscar.

Mais tarde, depois do Vagner buscar nossas pizzas, ficamos tranquilos no quarto, igual dois adolescentes, igual casal que acabou de se apaixonar, sabe? Eu morria de saudade desses momentos.

Namoramos um pouco, mas fomos interrompidos pela babá eletrônica, anunciando que estava na hora de alimentar o Felipe.

Laura: Esse menino dorme muito fácil, tá doido. — voltei comentando do quarto.

Vagner: Parece até que é seu filho. — revirei os olhos e deitei de novo ao lado dele. — Amor, esqueci de falar, amanhã tem um almoço lá na minha mãe, família toda vai. Você quer ir?

Laura: Vou sim, amor.

Vagner: Certeza? — balancei a cabeça positivamente.

Laura: Se a família toda vai, que graça tem eu não ir? Também sou parte da família. — disse óbvia e ele riu.

Vagner: Sei que sua relação com a minha mãe mudou demais, e vou entender se você não quiser ir.

Laura: Mudou mesmo, mas vai que melhora... — disse na esperança de cortar o assunto e parece que ele entendeu.

ANDANÇAS - PARTE IIOnde histórias criam vida. Descubra agora