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LAURA

Vagner: Amor... — tentou segurar na minha mão.

Laura: Por que eu não vou me meter se vocês estão discutindo isso o dia inteiro, dentro da minha casa? — tentei me acalmar, mas não sei se fui legal.

Vagner: Você tá grávida, não pode com isso. — falava baixo ao meu lado.

Vanessa: Só fala merda. Conseguiu o que a senhora queria, né? Tá de parabéns. — Manu estava abraçada na Vanessa chorando e a Joice já tinha procurado o colo do Vagner.

Lurdes: Eu que tenho que ir embora daqui, vou morar na rua. — disse chorando.

Laura: Sem necessidade do drama. — falei sem pensar, Vagner olhou me reprovando e eu dei de ombros. — Não da pra sair falando o que quer e esperar que te deem flores, né minha sogra? Faça-me o favor.

Eu tentei me acalmar, subi pro quarto e fui tomar banho. Nunca trancava a porta do banheiro, mas hoje eu o fiz.

Um tempinho depois, Vagner apareceu com a Joice. Ela já estava meio sonolenta, e enquanto ele ia tomar banho, a deixou deitada comigo.

Laura: Mamãe te ama muito, tá filha? — eu tentava segurar o choro. — Sou capaz de qualquer coisa nesse mundo pra te fazer feliz.

Joice: Eu te amo, mãe. — segurou no meu rosto com as duas mãos e me deu um beijo na ponta do nariz, igual eu fazia com ela.

Acabamos dormindo juntos na minha cama. Acordei com uma dor de cabeça insuportável, levantei com calma, tomei banho e me arrumei pra ir trabalhar.

Vagner como sempre, me fortaleceu. Deu banho na Joice e arrumou ela pra mim, como ele precisava resolver algumas coisas no centro, eu ia deixá-la na dona Sônia.

Fui pra cozinha, enquanto eles se viravam e tomei meu café. Peguei o celular e vi as mensagens da Vanessa, bloqueei e dona Lurdes entrou na cozinha.

Lurdes: Desculpa por ontem, Laura.

Laura: Tudo bem.

Lurdes: Vou ver como estão as coisas lá em casa. Acho que já dá pra voltar pra lá.

Laura: Não expulsei ninguém daqui, tá? Fica tranquila.

Lurdes: Eu sei, mas acho melhor, pro bem da nossa convivência. — apenas concordei com a cabeça e logo o Vagner desceu.

Esperei eles tomarem café e o Vagner nos deixou no salão.

Laura: Bom dia, bom dia. — as meninas já estavam trabalhando. — Joice, beijo na sua tia e na sua dinda. E oi pras meninas.

Enquanto a Joice estava sentada no sofá, olhando as meninas, coisa que ela adorava, peguei o celular e liguei pra dona Sônia, que não me atendeu. Tentei mais algumas vezes e nada.

Laura: É, filha... Vai passar o dia com mamãe hoje, hein. — dei um cheiro no cabelo dela.

Vanessa: Quer que leve ela lá, amiga? — fiz que não com a cabeça.

Laura: Vou tentar de novo. — assim que terminei de falar, ele parou a moto na porta do salão e a outra já foi correndo.

Joice: PAIÊ! MÃE, MEU PAI VEIO ME BUSCAR. — olhava pra mim, sorrindo e olhava pra ele. Levantei e fui até a porta.

Boca: Tu não levou ela ontem por quê? — falou cheio de autoridade, botando a Joice na frente dele, na moto.

Laura: Não deu.

Boca: Quando for assim, me liga que vou buscar. — fiz joia. — Temos que resolver o bagulho da festa dela.

Laura: Já é. Beijo, filha. Te amo!

Joice: Beijo, mãe. Te amo muito. — jogou beijo com a mão.

Boca: Pra mim, tem beijo não? — falou rindo e ligou a moto, dando partida.

Laura: Larga de ser nojento, encosto. — virei as costas e entrei no salão.

ANDANÇAS - PARTE IIOnde histórias criam vida. Descubra agora