𝙣𝙪𝙙𝙚𝙨 ⛈️• leozin mc

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Acordei com uma dor de cabeça do caralho. Olhei pro lado e Lorena estava dormindo. Nós transamos e literalmente apagamos em seguida. Levantei sem fazer barulho e fui pro banheiro. Assim que fechei a porta, escutei um celular tocar e quando abri a porta pra voltar, ela atendeu.

— Oi mãe... Não... Uhum... Acho que sim, espera aí - Tampa o microfone e me olha - Cê ainda vai jantar lá em casa, né?
— Vou - Encosto na porta.
— Mãe... Vai... Aham... Tá, eu passo lá... Tá bom... Beijo, também te amo... tchau.
— Tá de pé ainda?
— Sim, ela só quer que a gente passe no mercado pra comprar uns negócios.
— Vou só tomar um banho e a gente vai - Digo.
— Tá bom - Boceja - Preciso de um energético.
— Precisamos - Ri - Vem tomar banho comigo, vem?
— Se eu chegar em casa com o cabelo molhado, já sabe, né?
— Não vou jogar água no seu cabelo, prometo - Ri - Vem.

Ela jogou o celular na cama e veio tirando a minha camiseta que ela vestiu antes de dormir. Entramos no banho e foi só isso, não fizemos nada além. Depois disso, nos trocamos e saímos, em direção ao mercado.

•••

— Para o carro - Ela diz do nada.
— Pra que, maluca? - Ri.
— Por favor Léo, só para.

Procurei um lugar pra estacionar e assim que parei, ela abriu uma das sacolas onde estavam as coisas que compramos e desceu rapidamente. Sai do carro e observei quando ela andou alguns metros até um cachorro que estava deitado na calçada. Ela se abaixou e deu todo o presunto que havíamos comprado pro ele e não pude deixar de sorrir com aquilo. Depois de alguns segundos, ela sentou no chão mesmo e ficou fazendo carinho nele por alguns segundos, então cheguei mais perto deles.

— Se eu pudesse, te levava pra casa - Ouço ela dizer - Mas meu irmão me mata se eu fizer isso... Tadinho de você.
— Ele tá bem amor, certeza que a galera que mora por aqui da comida pra ele - Continuo em pé, fazendo carinho com a ponta dos dedos na cabeça dela.
— E se não derem? Ele tava com tanta fome - Diz e ouço a voz dela falhar.
— Ei, não chora - Me abaixo - Eu sei que dão, ele tá bem, olha como tá gordinho.
— É verdade - Ri em meio ao choro - Se eu pudesse, levava pra casa todo cachorrinho de rua.
— Fica assim não, quando eu realmente for milionário, vou mandar fazer um canil pra você pegar todos esses cachorros - Ri - Agora vamos, é perigoso ficar aqui assim.
— Tá, vamos - Seca as lágrimas - Tchau cachorrinho, se cuida.

Ela fez mais alguns segundos de carinho e quando parou, nós levantamos e voltamos pro carro, continuei dirigindo em direção a casa dela e algum tempo depois estávamos estacionando lá em frente. Pegamos as sacolas e seguimos pra dentro da casa.

— Mãe, pai... Cheguei - Diz quando entramos.
— Na cozinha, meu amor.
— Eai cunhada, oi meu gordinho - Lorena diz ao ver Sav e Goude deitados no sofá.
— Eai casal - Sav diz rindo.
— Oi Lô, oi Léo - Goude diz sem olhar pra gente.
— Eai - Respondo.
— Achei fofo aquele story que você postou do buquê, eu mesma não ganhei foi nada quando o Douglas me pediu em namoro.
— Vai começar? - Ele diz olhando pra ela.
— Ele tá azedo hoje - Ignora totalmente o que ele disse - Insuportável.
— Isso aí é o normal dele - Lorena fala e elas riem - Vem Léo, vamo lá na cozinha levar essas coisas.

Segui ela até o outro cômodo e depois de cumprimentar os pais dela, tiramos as coisas da sacola e ela começou a ajudar a mãe dela com a comida, enquanto eu me sentei perto do pai dela que na real estava até de boa comigo.

— Quer uma cerveja, Léo? - Oferece.
— Não, não bebo cerveja e eu também tô dirigindo.
— Boa resposta - Fala e nós rimos.
— Ué, não tinha presunto? - A mãe dela pergunta olhando as coisas em cima do balcão.
— Até tinha, mas aconteceu um imprevisto no caminho - Lorena fala com um jeitinho fofo e eu ri.
— Que imprevisto, Lorena?
— Tinha um cachorrinho na rua e...
— De novo, minha filha? Eu já te disse que a gente infelizmente não pode ajudar todos os animais e pessoas de rua, meu bem - Suspira e então percebo que não é a primeira vez que ela faz isso.
— Eu sei mãe, mas você precisava ver como ele ficou feliz com o presunto, era tão bonitinho e...
— Tá bom filha, mas dá próxima vez, não dá tudo não, eu queria usar presunto no macarrão - Diz.
— Desculpa - Pede.
— Tudo bem - Sorri pra ela - Corta pra mim os pimentões, por favor.
— Lorena é apaixonada por cachorros - O pai dela diz num tom de voz mais baixo só pra eu ouvir - Mas a gente não tem, porque o Douglas tem uma certa irritação por causa do pelo.
— Mas existe remédio pra isso, né?
— Até existe, mas ele gosta de implicar um pouco com a Lorena e uma vez, quando fizemos o teste, ele dizia que o remédio dava muito sono.
— Goude é foda - Falo encarando a Lorena que está toda concentrada.
— Minha filha é linda, né? - Ri.
— Pra caramba.
— Eu espero de verdade que você cuide dela e não faça nada de ruim, eu sempre vi você e os outros meninos como meus filhos também e não quero me decepcionar com você.
— Não vai - Digo - Não se preocupa com isso.
— Assim espero.

[ ... ]