Sentar nele

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O pai de Rick o olhou, em seguida olhou para Tatá que começou a se debulhar em lágrimas.

—  Ah, merda Rick... —  resmungou Ju segurando Tatá nos ombros — Vem querida.

Ele içou tata, que se levantou.
Rick se levantou indo atrás de suplica.

—  Pai...

Sr. Ju o olhou e falou sem emitir sim nenhum puxando em seguida:

— Ta tudo bem filho... Fica em paz você e o Dan —  ele falou sem Tatá ouvir e fechou a porta.

Não ele não falou em tom de deboche, falou sério. Nenhum pouco assustado ou chocado. Eu me sentia um adolecente.
Olhei oara Rick quando a porta se fechou e Ricardo deu chilique nervoso e dando um murro na parede, em seguida deu outro e pude sentir seus ossos estalagem junto com o corte ralado sangue.

— Hey! Hey! Pare com isso! —  ordenei o segurando e o puxando pela mão.

— Qual o problema dela? Como ela pode ser tão... Tão filha duma...

— Ricardo! — o repreendo e ele bufou se sentando na poltrona.

Ainda não contente pegou o copo vazio e lançou na parede do outro lado do quarto. Me sentei de volta na beirada da cama e ele apoiou a cabeça nas mãos que estavam sobre sua coxa. Me olhou depois alisando o rosto.
Ficamos ali por alguns minutos em silêncio.

— Precisava desse show todo, merda? Parece que tenho doze anos, é ridículo. — ele deu uma pausa — Minha mãe esta ficando velha e ficando louca.

— Ta tudo bem Rick.

— Tudo bem? Onde? Ela perece sei lá... Caralho eu já sou um homem formado Daniel.

— Não adianta culpar ela agora se ela te mimou de mais.

—  Cala a porra da boca Daniel, você não sabe de nada! — ele retrucou irritado.

— Vai brigar comigo agora?

Ele ficou quieto me encarando por um tempo com uma cara feia.
Em seguida cedeu.

— É você ta certo — ele se levantou e se aproximou de mim me beijando na cabeça em seguida se sentou ao meu lado — Desculpa.

Fiquei quieto roendo o canto da unha. Eu estava nervoso. Ricardo deu um tapa em minha mão para que eu parasse de roer.
Respiro fundo.
Sr. Ju abriu a porta entrando no quarto como um fujão.

—  Cade a Tatá? — perguntou Rick.

— Está la no quarto chorando. — ele espiou pela porta em seguida fechou a mesma aos cochichos — falei para ela que iria buscar agua...

— Pai... Olha... Posso explicar.

— Caralho eu sabia que ela ia pirar quando soubesse que você dá o rabo.

— Pera ai... Pera aí... — falou Rick com uma cara estranha.

— Não nasci ontem Ricardo. Sempre soube que essa sua pose de macho uma hora iria cair. Eu reparei em você a vida toda, eu via o jeito que olhava para os homens.

Rick ficou constrangido.

— Vocês não podiam ter metido em outro canto po, vai trepar aqui, lógico que sua mãe iria saber.

— Porra pai, não estavamos fazendo nada, só dormimos juntos, demos uns pegas mas não fodemos.

— Tá, tá... Isso agora não importa. O que faremos? — cochichou o velho Ju

— Sei lá... — resmungou Rick insatisfeito.

— Vai passar — falei baixinho.

— É se vocês de fato ficarem juntos acho que ela não vai se importar afinal ela também gosta do Dan, vai demorar um pouco ela sempre te viu como irmão de Rick e não um viado que senta na rola dele. — Ju falou para mim me deixando nervoso de vergonha

— Pai! — repreendeu Rick nervoso — Para de dizer essas coisas. Meu deus!

— Estou errado? — disse Ju coçando a barba — eu sabia que vocês iriam se pegar, aquelas brigas todas... Era puro tesão para foder for...

— PAI! — gritou Rick se levantando da cama o interrimpendo

— Tá bom, tá bom... Vou ir cuidar da velha e vocês vê se vão sei lá... Cuidar do moto clube hoje. Ficaremos aqui com Manu. —  disse Sr. Ju abrindo a porta e escapando.

— Meu deus, são um pior que o outro Daniel. Sério velho eu não aguento isso não. —  Rick tapou o rosto com as duas mãos soltando o ar dos pulmões.

Eu tussi um riso, em seguida o riso virou uma gargalhada. Rick me olhou confuso, tapei a boca para abafar a gargagalhas, eu estava sentado mas fui com o tronco do meu corpo para trás rindo e rindo em parar.

— "Viado que senta na rola dele" — falei em meio aos risos

Ele tossiu um riso e se sentou ao meu lado. Depois o riso dele se transformou em gargalhada.

— Bem que você queria sentar —  ele resmungou aos todos

Dei um murro de leve em seu ombro tentando conter o riso.

— Para cuzão —  falei ainda rindo.

Começamos a gargalhar.

— Shhh — ele fez para rirmos mais baixo.

Em seguida nos entreolhamos com olhares risonhos. Ele acaricia meu rosto com um sorrisinho e me aproximei-lhe roubando um beijo em seguida me levantando.

— Vamos temos um bar para cuidar.

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