|Forty-Nine|

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Cenas + 18 — leia se quiser, ok?


Harry escutou com atenção quando comecei a falar sobre as mensagens que eu havia recebido mais cedo, não pude deixar de tremer ao lê-las novamente, de fato, as mensagens me deixaram bastante nervosa e preocupada com o que poderia ou não acontecer. Seria difícil saber se a pessoa por trás daquele perfil poderia causar algum dano a mim ou à minha família. Meu namorado, agora com os braços na minha cintura, suspirou forte e prometeu que ninguém me faria mal — ele jamais deixaria alguém me machucar. Tentei esquecer as mensagens e perguntei a ele sobre o estado de Robin, já que fazia um tempo que não nos víamos.

Harry ajeitou-se na cama, deixando os pequenos cachos caírem sobre o travesseiro e ele suspirou novamente. Deitei no seu peito, enquanto seus dedos massageavam as minhas costas e então, o homem começou a falar devagar sobre a situação do padrasto.

— Sabe, eu me sinto um pouco culpado por não passar tanto tempo com a minha família, passei grande parte da minha vida viajando com o grupo. Sinto-me um pouco egoísta. — sua voz saiu baixa. — Rodei o mundo em busca de fama e reconhecimento, mas acabei esquecendo de viver e criar momentos com as pessoas que eu amo.

— Não é sua culpa, Harry. Você seguiu seu sonho, tenho certeza que tua família tem muito orgulho de você e de tudo que conquistou — respondi, tentando ajudá-lo a tirar essa ideia da mente. — Precisamos fazer escolhas, às vezes. Nem sempre podemos ter tudo, sempre que escolhemos o caminho que acreditamos ser o mais correto, consequentemente, coisas e pessoas sairão das nossas vidas. Elas não estarão mais em sintonia. Não há nada que possamos fazer, é a vida.

— Apesar de eu entender que foi uma escolha minha e sou eternamente grato por tudo que conquistei, é inevitável não se sentir mal com tudo isso. Minha mãe tem chorado todas as noites. — ele estava muito sensível, o tom da sua voz entregava tudo. — É doloroso, Hannah. Dói demais!

Ajeite-me na cama e segurei  seu rosto, seus lindos olhos verdes estavam vermelhos e de fato, era doloroso vê-lo dessa forma. Era difícil vê-lo chorar, apesar de Harry ser sensível, ainda sim, na maioria das vezes, ele estava sempre sorrindo ou fazendo as pessoas rirem.

— Eu não consigo entender sua dor, até porque nunca passei por isso e se passei, eu era criança. Mas eu estou aqui por você e com você, passaremos por tudo juntos. Sabe que pode desabafar comigo sempre que quiser e precisar, eu não me importo se você quiser passar esses meses em Londres, eu vou entender. — falei, secando as lágrimas dele. É claro que seria horrível ficar meses sem ele, mas eu não podia ser egoísta e deixá-lo sem ver o padrasto. — Eu amo você, Harry. Sempre te amarei!

Deixei um beijo nos seus lábios e em seguida, Harry virou-se fazendo seu corpo ficar em cima do meu, arregalei os olhos e minhas bochechas tomaram um tom avermelhado, vi Harry sorrir e beijar meus lábios novamente. Suas mãos foram parar nas minhas coxas, dando leves apertos na minha pele.

— Eu quero desligar minha mente por um tempo, não aguento mais ter pensamentos negativos. — ele falou enquanto beijava meu pescoço. — Sua família não está em casa, certo? — sua voz saiu rouca, ele estava começando a ficar excitado.

— Certo. — respondi, um pouco nervosa.

— O que acha de terminarmos o que começamos em Londres? — Harry analisou meu rosto e deixou um beijo na minha bochecha. — Não quero que se sinta pressionada.

— Não estou, é que estou nervosa. — desviei o olhar, eu não era capaz de olhá-lo.

— Deixa que eu cuido de tudo, ok? — sua mão apertou a minha cintura, fazendo-me soltar um pequeno gemido. — Tudo bem para você, querida?

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