Capítulo QUATRO.

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_A Morte Veio No Visitar_

O silêncio do momento é quebrado por um grito do meu pai.
— Aí meu peito. - Aparo ele que já estava caindo no chão com a dor. Minha mãe correu e pegou o celular e ligou para ambulância urgente. Seguimos a ambulância no total silêncio minha mãe dirige freneticamente atrás dela e eu só de cabeça baixa respeitando para me acalmar. Chegamos no hospital e sigo correndo até a recepção e minha mãe atrás, onde fez a ficha do meu pai e eu fiquei sentando na sala de espera esperando alguma notícia abaixo minha cabeça e coloca meus dedos entre meus cabelos e o silêncio é quebrado por minha mãe.

— Isso tudo é culpa sua Kaliel, você sempre você. - Falou ela.

— O que? - Questiono incrédulo com os olhos cheio de lágrima.

— E TUDO CULPA SUA GAROTO VIADO. - Gritou o que fez todo olharem para nós e eu me recuar mais na cadeira.

— Eu não vou discutir nada com a senhora mãe. - Falo chorando

— Deveria ter pensando nisso antes de seduzir seu tio.

— Sério? - Reviro meus olhos um tanto quanto exausto, cansado. Me levanto e fico a sua altura. — Eu não fiz nada com seu irmão, eu não seduzi ninguem ele que veio para cima de mim, ele, só ele, não eu. - Respondo ela agora chorando e procurando forças mais a discussão termina quando o médico chega.

— Quem são os parentes de Enrico de Jesus?? - Questiona ele

— Somos nos. - Respondo ele saindo de perto da minha mãe.

— Tudo bem. O paciente parece bem exausto e estamos cuidando dele e agora está no quarto, mas não pode receber visitas, sinto muito. - Aquilo foi como uma faca entrando no meu peito, será se é verdade o que minha mãe falou? Que tudo é culpa minha. Vejo o médico se afastar de nós e eu continuo parado.

— Vá pra casa Kaliel - falou Elly.

— Eu não vou deixar meu pai. 

— Eu não estou perguntado, estou mandando VAI PARA CASA KALIEL. - Falou com os dentes serrilhados

— Me mantém informado. - sigo para a porta me dando por vencido já que meu pai sempre detestou minhas brigas com minha mãe. Sigo para casa andando mesmo e para minha surpresa o céu estava triste e começou a derrubar suas lágrimas sobre a terra e eu estava na chuva seguindo para casa, lembrando de tudo do meu pai, das risadas, dos beijos, dos cafunés, de tudo. Chego em casa totalmente molhado e agora com frio e o céu ainda continua a sua tristeza, sigo para meu quarto onde tiro minha roupa ensopada e vou direto para o banheiro tomar meu banho para relaxar. Sai do chuveiro e vou para o quarto onde coloco um shot para me deixar e na minha cabeceira da cama vejo uma foto minha e de meu pai rindo felizes da vida.

Não é pessimismos mais sinto que seria a última vez que veria meu pai, me deito na cama com os olhos agora molhados igual a terra lá fora, fico abraçado com o retrato e assim agarro no sono.

— Kaliel acorda. - falou Elly sacudindo.

— Aí que foi... Mãe? - Acordo assustando com tudo.

— E tudo culpa sua só sua Kaliel eu já aguentei demais.

— Mãe do que está falando? quem são eles?

— Sua pai se foi Kaliel, SEU PAI MORREU É E TUDO CULPA SUA SEU GAROTO DESGRACADO.

— Não, Não não mãe por favor não, eu não fiz nada.

— Não diretamente querido. - Me olhou incrédula - Rapazes ele é todo de vocês

— O que mãe? O que quer dizer com isso. - Falo tentando controlar minhas lágrimas e ficar calma no momento.

— Vendi você a esses homens seu sem pai aqui para te defender e te proteger me livro de você. - falou Elly

— Mãe não Mãe por favor eu sou seu filho, não faz isso pelo papai. - Falo agora de joelhos sobre os pés dela.

— Não ouse tocar no nome do seu pai. SEU VERME! Agora rapazes sumam com ele daqui. - rebateu Elly

— Você não pode fazer isso comigo. - Mais antes de me alterar sinto uma picada em minhas nadegas que desgraçado me aplicou um sonífero aos poucos perco o sentido e caiu na cama.

Elly

Não sou ruim, mais já era hora de agir, sem meu marido, agora posso me livrar de Kaliel como sempre quis, FINALMENTE PAZ. Doce é tão amada paz

Kaliel

Acordo lentamente com uma dor de cabeça terrível, olho para os lados e vejo que não estou em meu quarto. Só queria que tudo fosse um sonho terrível mais não era, era tudo verdade começo a chorar me abraçando e só agora percebendo que estou completamente nu, me levanto e vou até um espelho e vejo que está tudo ok comigo. — Ufa. - Me senti na cama procurando algo para me cobrir mais não encontro e fico ali parado olhando para o nada

— Definidamente eu odeio a cor desse quarto.

— Sério? pensei que iria gosta princesa. - Sigo a voz e vejo um homem alto, moreno, de óculos escuros me vendo.

— Quem e você? - Pergunto me cobrindo

— A que isso princesa não precisa se cobrir eu já vi tudo nesse corpinho perfeito você vai me render um ótimo dinheiro hoje.

— Como assim te render dinheiro, QUEM É VC? - questiono exaltado e vejo ele se aproximar de mim com um sorriso malicioso no rosto.

— Calma princesa. Eu sou por hora seu dono agora, me chamo Lucas, mas para você e Lc. - Fala passando a mão no meu rosto mordo ela assim que chega perto da minha boca.

— Você não é nada meu. - Falo vendo ele me olhar

— Selvagem... gosto assim. Bem daqui a pouco um rapaz vem aqui pegar umas informações suas para a e sua noite de estreia no leilão e do jeito que é vejo que vai sair rapidinho.

— Como assim leilão. Do que está falando? - Questiono ainda com as mãos me cobrindo.

— Você não se lembra de nada princesa não é? Bem deixa eu explicar sua mãe vendeu você a mim. Eu sou dono de uma "transportadora" de escravos sexuais.

— O que ? - Falo chorando lembrando agora do que minha mãe fez.

— Não chora princesa. Vai ficar tudo bem com você. - Fala ele agora secando minhas lágrimas.

— Não precisa fazer isso eu sei limpar minhas próprias lágrimas. - Falo cansado dele me tocando.

— Bem do jeito que está eu duvido princesa.

— Pode me dá algo para usar?

— Por hora não princesa, mais pega isso. - ditou me entregando seu blaze e me cobrindo e saindo logo em seguida.

— Ei.

— Oi princesa.

— Obrigado pelo..... pelo blaze.

— De nada princesa.

Me arrumo na cama me deixando e tentando me cobrir por completo, só que não deu certo. Me deito novamente e me vem lágrimas aos meus olhos sobre tudo ocorrido, exausto choro pela perda do meu pai, pelo o que minha mãe me fez por tudo...

My Secret Love (Desejos de Kaliel)Onde histórias criam vida. Descubra agora