CAPÍTULO TRINTA E SEIS

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Ariel Medeiros

Estamos todos dentro do quarto vendo o Dr. examinar meu pai. Estou sentando na cama segurando sua mão é meu tio está do outro lado fitando ele, estamos todos apreensivos ele está gelado e seu olhos não tem movimentos, nenhum mesmo.

— Então Dr. - Meu tio quebra o silêncio que estava na quarto.

— Como suspeitava. - Disse o Dr.

— O que tem ele. - Questiono Harry colocando a mão sobre meu ombro.

— Ele está sedado. - Disse direto igual quando tiramos o curativo de um machucado, de uma vez só.

— O que ? - Questionei.

— Simples, seu pai foi dopado para isso. - Disse me olhando. — Ele foi sedado, está em sono profundo.

— Ele vai acordar Dr. - Questiono meu tio.

— Sim ele irá..... mas!!!

— O que tem esse mas? - Questionou o mesmo.

— Não sei o quando ele foi sedado, mais parece que foi muito para ele. - Disse abrindo os olhos dele. — Sem reação veem?

— Então que dizer que ele está em coma? - Questiono Ismael.

— E quase isso. - Respondeu, me aproximo do meu pai e deito ao seu lado, sentindo o frio que estava sua pele e sonhando para que ele acordasse logo e falasse algo doce para mim, ou brigasse com meu tio, ou pulasse de alegria ao ver Harry, Lux e Ismael ali. Mais sem resposta.

— Ele está muito gelado. - Disse.

— Aqui pegue, cubra ele. - Harry me entrega uma manta para cobrir meu pai.

— Ele vai ficar bem meu jovem. - Disse o Dr. — Só precisa de repouso e vai acordar você verá.

— Quero fica a sós com meu pai, se me permitem. - Questionei.

— Claro querido. - Disse Ismael e todos foram saindo juntos, menos meu tio que parou na porta e voltou.

— Posso ficar com vocês? - Questionou.

— Ele é mais seu do que meu tio. - Disse olhando para meu pai. — Claro que pode. - meu tio tirou os sapatos e se deitou ao outro lado de meu pai e abraçou ele com todo carinho e cuidado igual um leão protege os filhotes.

— Sabe, quando éramos mais novos seu pai sempre gostou de se preocupa com os outros, ainda é assim neh? - Questiona e afirmo com a cabeça. — E bom saber que ele tem pessoas que o ama por perto. - Disse abraçando mais ele.

— Ele gosta muito do senhor. - Disse.

— Corta essa de senhor cara, temos praticamente a mesmo idade. - Disse rindo. — Eu também gosto muito dele, sinto falta dele me acordando, dele cuidando de mim quanto estou doente. Só damos valor as coisas quando perdemos Ariel.

— E, Eu sei. - Respondi.

— Eu fui egoista de pensar só em mim, de não ir ver seu pai assim que cheguei. Talvez nada disso teria acontecido e nem mesmo estaríamos aqui. - Falou.

— Eu também. - Disse olhando para o teto. — Eu mentir para ele, sei que o machuquei mais eu nunca quis que ele tivesse descoberto as coisas daquela maneira.

— Fala das coisas que seu pai e eu conversamos?

— Essas mesma.

— Entendo.

— Ariel. - Chama minha atenção. — Gab sempre foi explosivo, embora ele tenha a cara de frágil ele sempre é bastante esperto e ele sempre quando se machucava ia para um lugar escondido para pensar as vezes demorava horas lá, e sempre aparecia já era bem tarde. - Disse olhando para ele. — Ele ia voltar, ele só recebeu informações bem rápidas e queria pensar, acredite eu sei como é isso. O Gab já saiu muitas vezes assim lá de casa, e quando aparecia já era bem tarde da noite madrugada a dentro chegava com os olhos vermelhos, cara inchada e sempre com uma respostas na ponta da língua. Ele vai ficar bem é só acredita, dentro desse corpinho frágil tem uma Leoa aí dentro, eu já vi. - Disse beijando a testa dele e se aconchegando na cama e eu também.

My Secret Love (Desejos de Kaliel)Onde histórias criam vida. Descubra agora