Capítulo trinta e nove

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Uma nova mulher

Os dias foram passando. Meredith não voltou a montar em Seth. Não sentia vontade. Ela e Derek agora mantinham um relacionamento estranho, receioso da parte dele, e forçadamente agradável da parte dela. Derek sentia remorso cada vez que olhava pra ela. Que diabo, o que havia feito com a Meredith alegre e inocente?

Derek: Meredith? – Perguntou, mais uma vez entrando no quarto dos dois, onde ela terminava de prender os cabelos.

Meredith: Sim? – Perguntou, indiferente

Derek: Isso é seu. – Ele disse, e ela viu a grande caixa nas mãos dele

Meredith: Acha realmente que presentes vão resolver? – Perguntou, dura.

Derek: Não é um presente. Se fosse, eu diria “isso é para você”. Mas isso é seu. – Ele pôs a caixa branca em cima da cama, saindo.

Meredith observou Derek sair com o olhar frio. Depois, a curiosidade lhe venceu. Se levantou e foi, sem emoção alguma, até a caixa. Tirou a tampa, pondo-a de lado, desdobrou o papel. Seu choque foi tão grande que suas mãos tremeram. Ela conhecia aquelas rendas.

Puxou o vestido de dentro da caixa, e lá estava ele. Seu vestido de noiva. Intacto, como se nunca tivesse sido rasgado. Ela olhou, e a costura estava perfeita. As rendas pareciam nunca ter sido tocadas. Meredith estremeceu. Sentia vontade, mas não chorou. Seus novos olhos se recusaram a lacrimejar. Ela ergueu o rosto, respirou fundo, colocou o vestido com todo o cuidado dentro da caixa novamente e o guardou.

Finn: Pensei que não viesse mais aqui. – Sorriu, ao entrar no chalé e vê-la lá.

Meredith: Eu gosto daqui. – Sorriu de canto, olhando o lugar

Finn: Você gostava do Seth. – Observou, sentando-se perto dela. Meredith não respondeu. – Tenho medo de que não goste mais de mim também. – Admitiu, encarando-a.

Meredith: É diferente. – Ela sorriu, acariciando o rosto dele – Eu ainda gosto do Seth, gosto muito, foi o melhor presente que eu já recebi. – Finn sorriu de canto – E eu amo você. É mais que gostar. – Passou o dedo na ponta do nariz dele.

Era a primeira vez que um deles dois admitia esse amor assim, com todas as palavras. Os olhos de Finn arderam de alivio. Meredith ainda estava ali. Oculta por uma camada de gelo, mas ainda era ela.

Ela se inclinou e, ainda com a mão no rosto dele, o beijou. Finn não parecia tão frio agora. Foi como sempre: O beijo começa calmo, vai esquentando, e quanto a coisa vai fugindo de controle, os dois se afastam, aos risos.

Meredith: Bobo. – Sussurrou, com a testa colada a dele.

Finn: Me diz. – Ele começou, olhando ela – O que está te amofinando aqui dentro? – Perguntou, tocando o cabelo dela, que continuava severamente preso.

Meredith: Finn, eu sei que não devia perguntar, mas é que eu preciso saber. – Ela hesitou, e Finn esperou, paciente. – Quem foi Addison?

continua...

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