Capítulo oitenta e seis

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Vai nascer

Meredith: Aii. – Murmurou um dia de manhã, ao se levantar, voltando pra cama.

Derek: O que foi? – Perguntou, vestindo-se. Já havia tomado banho, e agora abotoava o colete.

Meredith balançou a cabeça negativamente, e respirou fundo. Havia algo desconfortável em sua barriga. Estava lhe machucando. E piorava com o passar dos segundos.

Derek: Meredith, o que há? – Perguntou, ao ouvi-la gemer de novo.

Meredith: Minha... minha barriga. – Assumiu, com uma expressão de dor no rosto.

Derek: O que tem? – Perguntou, se aproximando.

Meredith: Dói. – Ela se levantou com dificuldade – Eu vou tomar um banho. Deve ajud... AII! – Gemeu alto, tropeçando. Derek a amparou, preocupado. Nesse momento Meredith sentiu um liquido estranho descendo por suas pernas. Derek olhou pro chão ao vê-la olhar, e viu o assoalho molhado.

Derek: O bebê. – Concluiu, erguendo o rosto pra ela.

Meredith: Não. É muito cedo. – Negou. Mas não havia outra desculpa. – Só 7 meses. Ainda faltam 2.

Derek: Não faltam mais. – Concluiu, olhando o chão. – Venha, volte pra cama. – Ele guiou ela cuidadosamente de volta pra cama, ajudando-a a se sentar. – Eu já volto. – E saiu as pressas.

Meredith ouviu Derek  gritar no corredor por Cristina. Entrou em desespero. Finn. Ah, Deus. Finn.

Logo Cristina apareceu na porta do quarto, enrolada em seu hobbie. Cristina estava com seus 3 meses de gravidez, e sua barriga era um nadinha saliente. Meredith viu Derek passar correndo com Owen, ambos gritando por Dalva. O dia estava frio, mas a loira soava, pela dor e pelo desespero.

Cristina: Mer! – Ela sorriu, ajudando a irmã.

Meredith: Cristina. – Murmurou, segurando o braço da irmã – Finn. Eu preciso. – Ela gemeu de dor de novo – Finn. – Foi o único que conseguiu dizer.

Cristina: Ele não vai poder estar aqui agora. – Disse, apoiando a irmã nos travesseiros. – Não tranque as pernas, Mer. Só faz piorar. – Disse, meio com compaixão, ao ver que Meredith tinha as pernas rigidas. A experiência do parto foi uma das piores pelas que já passara.

Meredith: Dói. – Assumiu, entre uma contração e outra.

Cristina: Eu sei. – Murmurou, sem ter o que dizer.

Meredith: O que... o que está fazendo? – Perguntou ao ver a morena prender a massa de cabelos loiros dela.

Cristina: Foi algo que me incomodou no parto. Os cabelos grudaram no rosto. É melhor que estejam presos. –Meredith sorriu de canto. Cristina era detalhista demais. – DALVA! – Gritou, indo pro banheiro.

Logo Dalva apareceu na porta, trazendo uma bacia com agua fervendo e toalhas brancas, limpinhas.

Dalva: A parteira está vindo. – Anunciou, enquanto colocava a bacia fervendo aos pés da cama. Meredith gemeu de novo.

Derek: Mer. – Murmurou aparecendo na porta. Parecia atordoado. Meredith ergueu o rosto, ofegante de dor, pro marido. Ele, pela primeira vez, se sentia impotente. Aquele filho podia ser seu. Meredith estava em agonia. E ele, nada podia fazer.

Meredith ia responder o marido, mas ao invés disso gemeu de dor. Ele caminhou até ela, ajoelhando-se perto da cama. A observava atônito. Não queria que ela sentisse dor.

Derek: Há algo que eu possa fazer? – Foi o único que conseguiu perguntar.

Meredith: Segure a minha mão. – Pediu, entre um gemido e outro.

Derek obedeceu, segurando a mão dela. As duas alianças se uniram, novamente. Meredith queria que Finn estivesse ali, no lugar dele. Mas foi a mão dele que tranqüilizou sua dor. 

Cristina: A parteira chegou. – Anunciou, entrando no quarto com a mulher.

Derek se levantou. Sabia que não podia ficar ali. Mas então Meredith segurou sua mão com mais força, pedindo com aquilo que ele ficasse.

Parteira: É melhor não. – Respondeu ao olhar indagador de Derek.

Derek: Fique bem. – Pediu, antes de dar um beijo das costas da mão dela. Então ele saiu, só que sua alma havia ficado lá, segurando a mão dela.

continua...

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