Capítulo 163

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Felicidade surreal

Derek observou Meredith por instantes. Seu coração palpitava pelo olhar dela. Ele passou a mão no rosto dela, tirando-lhe o cabelo liso da face. Derek puxou ela pela nuca e a beijou agressivamente, usando-se do que podia usar. Que diabo, ele conseguia dominar, oprimir ela até quando estava doente. Meredith se deitou na cama, do lado contrário ao ferimento dele, e ele puxou metade do corpo dela pra cima de si, até onde podia. A língua dele assaltava a boca dela apaixonadamente, como se aquilo fosse o ar que ele respirava. Os lábios de Meredith começavam a ganhar um tom de vermelho, e ela ofegava contra ele. Derek ouvia a respiração descompassada dela, e isso estava pondo-o a loucura.

De repente, ele teve ciência de que a porta estava fechada. Mesmo sabendo que não podia, a mão dele subiu pelo corpete da cintura dela até o seio, rigidamente coberto pelo vestido, mas ela gemeu entre o beijo ao senti-lo. Derek sorriu ao ouvir o gemido dela, e ainda de olhos fechados, ainda acariciando-a, desceu os beijos molhados pra seu pescoço, deixando-a respirar. Meredith arqueou, de olhos fechados e com os lábios entreabertos, ao sentir a língua dele acariciar-lhe a pele. Ela se agarrou a nuca do marido com uma mão, deixando-o beija-la, e com a outra encontrou a pele da cintura dele, por baixo da camisa, subindo até suas costas, sentindo sua pele. Amava estar nos braços dele, mas que qualquer outra coisa no mundo. 

Meredith: Ah, de um modo ou de outro, – Ela brincou, sussurrando no ouvido dele – Eu troco meu nome se um dia você me negar fogo. – Disse ao sentir a excitação dele, que começava a ser aparente contra sua perna. Derek riu, rouco, contra a pele dela.

Entretanto, ambos os dois sabiam que o ato não podia ser consumado. A qualquer momento alguém podia entrar ali. Meredith não ia arriscar machucar a barriga dele, não agora que estava indo tudo bem. Por mais doloroso que fosse, deviam esperar. Derek percebeu que ela o freava, e gemeu de frustração, mas entendia o que ela tentava lhe dizer. A muito custo, os dois se acalmaram. Ela ficou com a cabeça pousada no ombro dele, com o rosto colado ao do mesmo.

Meredith: Amor? – Chamou, depois de minutos em silêncio.

Derek: Hum? – Perguntou, novamente doce, beijando-lhe a testa e acariciando-lhe o braço com a ponta dos dedos.

Meredith: Você...você sabe que Addison morreu? – Perguntou, receosa. 

Derek: Não tinha certeza, mas tinha alguma noção. – Disse, sem dar atenção, olhando a pele do braço dela – Você pensou que era por isso que eu estava daquele jeito? – Perguntou, abaixando o rosto pra olha-la.

Meredith: Eu não sabia o que pensar. – Admitiu, envergonhada, abaixando a cabeça.

Derek: Ela teve o fim que mereceu. Eu não me importo, ma petit. Agora, eu tenho um segredo. – Disse, falsamente sério. Meredith ergueu os olhos, confusa. Ela viu ele chamar com o dedo, e aproximou o ouvido da boca dele, ouvindo-o murmurar – Eu amo você. – Disse, e seu hálito fez cócegas no ouvido dela, que sorriu.

Meredith: Sério? – Perguntou, fazendo-se de surpresa – Ah, eu tinha noção, mas é bom saber. – Disse, manhosa, e ele sorriu, selando os lábios com os dela.

Meredith adormeceu abraçada ao marido. Ele viu a relutância dela em adormecer, mas por fim foi vencida. Não dormia direito há dias, e pelo que Derek sabia, grávidas tinham mais sono. Grávidas.

Ele sorriu, olhando a esposa que dormia. Em seguida tocou-lhe a barriga, que não crescera nenhum centímetro. Uma segunda Ellis. Ou um menino, quem sabe?

Era tão bom, que chegava a ser surreal. 

continua...

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