Pecado

Capítulo 115

Gritaria

Meredith: Você voltou. – Murmurou, sorrindo, quando o marido entrou em casa, no anoitecer.

Derek: Eu prometi que voltaria. – Ele sorriu, se aproximando para beija-la. Meredith enlaçou os braços no ombro do marido, beijando-o com paixão e saudade.

Entretanto, o beijo não durou tanto tempo quanto os dois desejavam.

Dalva: Senhora. – Chamou, tímida, após um gritinho de Ellis separar o casal.

A menina estava linda. Usava um vestidinho rosa bebê, e sapatinhos brancos. Na cabeça, sob o cabelo loiro impecável, a tiara que a mãe fez. Derek sorriu.

Derek: Coisa mais preciosa da vida do seu pai. – Chamou, sorrindo e Ellis estendeu os bracinhos pra ele, que a carregou.

Meredith: Ela é a coisa mais preciosa da sua vida? – Perguntou, fingindo estar emburrada. Ellis  se abraçou ao pai, ciumenta.

Derek: É. – Confirmou, sorrindo.

Meredith: Ah, obrigado pela parte que me toca. – Resmungou, e se virou de costas pra ele, cruzando os braços, rindo baixo da vaidade da filha. Derek riu e abraçou ela por trás, dando-lhe um beijo apertado no pescoço.

Derek: Ela é a coisa mais preciosa. E você é a minha vida. – Disse, sorrindo.

Tanto amor, que o corpo parecia ser pequeno pra agüentar. Era um tipo de amor que dava ganas de gritar. Que sufocava só em pensar em perder. Meredith se virou pra ele, que puxou ela pela cintura com o braço livre, iniciando outro beijo. Ela se entregou nos braços do marido, apaixonada, feliz. Até que os dois receberam um tapa de Ellis, que cansara de segurar vela.

Meredith: Sempre. – Repreendeu, mas sorria enquanto acariciava a orelha. A menina observou a mãe, com os olhos verdes flamejando de uma alegria inocente, por ter os pais ali.

Derek: Venha, vamos jantar. – Chamou, rumando a sala de jantar.

Meredith limpou o canto da boca e ia seguindo o marido, quando algo lhe chamou atenção. A sensação de estar sendo observada. Ela se virou e Jô estava no corredor atrás dela. Pelo visto, tinha presenciado toda a cena. A morena tinha um sorriso satisfeito no rosto. Acenou positivamente com a cabeça e seguiu seu rumo. Meredith fez uma careta, mas foi atrás do marido. O jantar ocorreu normalmente, tranqüilo. A família toda estava na sala de estar, quando aconteceu.

Cristina: Está na hora de alguém ir pra cama. – Comentou, vendo a carinha sonolenta do filho. Owen olhou Miguel e sorriu. – Já comeu, já está limpo, que tal dormir um pouqu... o que... – Ela olhou o chão por um momento, Meredith olhou pra ela – UM RATO! – Berrou, derrepente.

Foi o suficiente. Amelia pulou pra cima do sofá. Cristina subiu na cadeira. Finn engasgou no riso, com um gole de bebida. Meredith se bateu com Jô ao tentar subir na cadeira, nas pressas. Conseguiu subir antes, mas, no susto, até ajudou a morena, dando a mão a ela e ajudando-a a subir, dividindo a poltrona com ela. Owen riu e tirou Miguel do caminho. Derek fez o mesmo com Ellis, com o rosto vermelho do riso. A menina observava a cena, confusa e alegre. 

MATA! –Todas gritaram,agoniadas, olhando o rato.

Mas os três homens não conseguiam se mexer, de tanto rir. Derek colocou Ellis no carrinho de bebê, pondo a mão na barriga em seguida.

Cristina: OWEN, EM NOME DE DEUS, TIRA ISSO DAQUI! – Pediu, exasperada. Mas o marido não tinha condições.

Finn foi até o rato. Era minúsculo, e branco. Parecia até que tinha tomado banho, ele observou, em seu riso. Era o primeiro rato que aparecia naquela mansão. Finn pegou o animal pelo rabo, erguendo-o no ar. A gritaria piorou drasticamente.

Jô: FINN, PÁRA! NÃO! – Gritou, se encolhendo, quando o marido se aproximou dela, rindo, com o rato no ar.

Meredith: Derek! – Chamou, aflita, ao ver o cunhado se aproximar dela e de Jô com o animal na mão.

Derek sorriu. Era bom saber que era ele que Meredith chamava quando tinha medo. Ele se aproximou dela, oferecendo-lhe a mão. 

Derek: Vem, minha medrosa. – Chamou, rindo. Meredith pulou no colo dele, com medo do rato, e ele a abraçou, afastando-a dali. Percebeu que ela estava fria, e tremia – Calma, meu amor. – Pediu, acariciando os cabelos dela. 

Finn foi até a janela e soltou o rato. Jô partiu pra cima dele com uma almofada na mão, enquanto Owen continuava rindo. Cristina se sentou, aliviada, respirando fundo.

Jô: MATO VOCÊ, DESGRAÇADO! - Ela jogou a almofada com tudo no marido que se esquivou, rindo.

Derek: Você não é nada sem mim. – Acusou, brincando enquanto ela se acalmava.

Meredith: Meu herói. – Retribuiu, sorrindo, antes de beija-lo outra vez. Não havia calmante melhor que aquele.

 continua...