Capítulo setenta e sete

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Fogo

Quando entraram em casa, Dalva os avisou de que Cristina levara as crianças pra fora, pra longe da fumaça, já que Meredith estava incontrolável. Derek estava pronto pra ir atrás da mulher, quando a loira desceu as escadas, arrastando os trapos de um vestido vermelho berrante nas mãos. O coque de seu cabelo estava frouxo, e os fios caíram dali. Seu vestido preto estava sujo pelas cinzas. Mas para Finn, continuava parecendo um anjo. Um anjo saindo do caos, mas ainda assim um anjo.

Meredith: Tome, isso é seu. – Ela disse, jogando o vestido rasgado em Derek. O vestido acertou Addison em cheio, já que a ruiva estava do lado de Derek.

Derek: Que diabo você pensa que está fazendo? – Perguntou, sendo tomado pelo ódio, e segurando o vestido.

Meredith: Aquele lugar enojava a casa! – Ela disse, encarando Addison com desprezo. A ruiva retribuiu o olhar a altura. – Então, foi por água abaixo. Melhor, por fogo abaixo. E tire ela da minha casa. Agora! – Disse, e se virou, marchando pra escada. Derek foi atrás e puxou ela pelo braço com força.

Derek: Não brinque com fogo, não brinque comigo Meredith. – Rosnou, apertando o braço dela.

Meredith: Eu sou o fogo, Derek. – Rebateu, puxando o braço.

Derek ergueu a mão e baixou ela com toda a força, visando um tapa no rosto de Meredith. A expressão da loira não mudou. A única coisa que impediu o golpe foi um punho frio como gelo que se fechou em volta do braço de Derek, segurando-o com severidade.

Finn: Matarei você antes. – Rosnou, puxando o irmão pra longe de Meredith – Vamos, Mer. – E tocou a cintura dela levemente, levando-a dali.

Finn levou Meredith a seu quarto. Lá lhe deu uma toalha, e tudo o que ela precisaria para um banho. Meredith aceitou, feliz da vida. Carregava cinzas até em sua alma. Ele saiu do quarto enquanto ela se banhava, e foi atrás de Dalva, para pedir um vestido limpo para a loira. Dalva ajudou Meredith a se vestir, e depois saiu. Foi quando Finn voltou.

Finn: Entusiasmo demais. – Comentou, avaliando o corte da mão dela.

Meredith: Me empolguei. – Justificou, fazendo voz de bebê. Finn riu e selou os lábios com os dela, se levantando.

Meredith viu Finn ir até o banheiro, e voltar com uma caixa de primeiros socorros. Ele se sentou ao lado dela em sua enorme cama, e ele pôs-se a cuidar de sua mão.

Meredith: Você não se sente culpado? – Perguntou, olhando-o.

Finn: Pelo quê? – Perguntou, distraído com o curativo.

Meredith: Pela Josephine. Por nós dois. – Continuou.

Finn: Bom, em verdade, não. – Disse calmo, e Meredith franziu a sobrancelha – Sabe, Mer, meu cavalo não se chama Jake por coincidência. Jô me traiu, a anos atrás, com um amigo dela. – Comentou, normalmente, pegando uma atadura e enrolando o corte cuidadosamente.

Meredith: Te traiu? – Perguntou, incrédula. Quem, em sã consciência, trairia Finn?

Finn: Traiu. Ela teve um caso com o melhor amigo, Jake. Quando eu descobri, quis matar ela. Ele também. – Meredith não conseguiu não rir, e ele sorriu – Mas ela veio até mim. Conversamos. Ela era a minha vida. E eu não conseguia aceitar. Em um momento de raiva, eu batizei o cavalo de Jake. Quando mais novo ele era feio como o mesmo. Brigamos diversas vezes por isso, mas ele já atendia por Jake, e não tinha mas jeito. – Ele riu

Meredith: E depois? 

Finn: Nessa época nós nos mudamos pra cá. Owen precisava ser apresentado a Cristina, e era melhor que tivesse algum tempo aqui antes de ir até ela. Podia assusta-la. Eu me assustaria. – Ele riu gostosamente com isso. – Entretanto. – Fechou a cara, e agora Meredith riu. Ele sorriu dela – Eu deixei ela lá. Não estava pronto pra perdoar. Levou tempo pra eu me libertar daquele ódio. Mas ai, quando ela podia vir, Renée bateu pé firme de precisava dela lá, então ela ficou. – Ele terminou de prender a atadura, e observou o trabalho.

Meredith: Deve ter sido horrível. – Comentou, olhando-o. Ela sabia o que era sentir essa dor.

Finn: E foi. Eu amo a Jô, amo com cada fibra do meu corpo. – Começou, e Meredith não sentiu ciúme. Amava Derek com a mesma intensidade que ele descrevia o amor por Jô. – Eu sinto falta dela. É como se um pedaço meu estivesse lá. Entretanto, você é a minha vida, agora. – Ele tocou o nariz dela com a ponta do dedo, e ela sorriu, avançando-o para beija-lo. Finn acolheu ela em um abraço, enquanto retribuía o beijo apaixonado da loira.

continua....

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