Capitulo 151

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Nao amava voce,tanto o quanto eu amo

Meredith voltou pro lado de Derek, e ele estava do mesmo jeito. Não demorou muito, uma enfermeira entrou no quarto, trazendo a bacia com agua fria e toalhas brancas. Alex e Finn se estouraram de rir com isso. Meredith sorriu, dobrou uma toalha e afundou ela na agua, molhando-a. Torceu, e em seguida colocou na testa de Derek. Ele, mesmo inconsciente, franziu o cenho pelo frio.

Meredith: É pro seu bem, meu amor. – Murmurou pra ele, alisando-lhe o rosto. Aos poucos a sobrancelha dele foi se descontraindo, pelo toque dela – Você vai ficar bom, sim? Eu vou cuidar de você. – Disse no mesmo tom, beijando-lhe os lábios. Ela pegou o pano, agora morninho, e afundou na agua fria de novo.

Alex: Me lembro de quando eu era pequeno, e adoecia, você não me dava a mínima, Meredith. Não cuidava de mim com essa devoção. – Brincou, e Finn disfarçou o riso com um tossido. Meredith explodia com tudo, e ele não sabia se podia rir.

Meredith: Vá pro diabo que te carregue, semente do mal. – Retrucou, colocando o pano molhado no pescoço do marido. Derek respirou fundo, e ela lhe alisou o rosto.

Alex: Sou seu irmão, seu sangue, você não devia me tratar assim, sabe? O que ele tem que eu não tenho? – Perguntou, e Finn ergueu a sobrancelha. Meredith travou, e olhou o irmão brevemente.

Meredith: Eu não amava você tanto quanto eu amo ele. – Retrucou, mas sorria de canto.

Alex: O QUE? – Gritou, se levantando, se fazendo de indignado. Meredith riu de leve.

Finn: Alex, o barulho. – Respondeu, mordendo o lábio pra não rir.

Alex: Isso é que é irmã. Tendo uma assim você não precisa de mais nada. – Ele disse, olhando Meredith – Rasgou meu coração em dois, mulher ingrata. – Acusou, e Meredith riu, divertida. Alex era capaz de faze-la rir mesmo quando ela queria morrer.

Derek estava ouvindo a conversa. Ele queria reclamar com ela pela agua fria, queria dizer que também a amava, dizer que estava lutando. Mas sentia frio demais, e não conseguia falar, não conseguia abrir os olhos, talvez pela grande dose de morfina em seu sangue. Mas ouvir o riso dela foi como voltar a vida, quando já se considerava morto. E Meredith jurava ter visto um sorriso fraco, de canto, no rosto dele, quando voltou a olha-lo.

Meredith fez aquilo durante horas a fio. Enfermeiras substituíam a agua morna por uma mais fresca de tempos em tempos. Até que a febre de Derek pareceu começar a desistir. Amanheceu, quando ela considerou que estava bom, por enquanto. Ela suspirou, e beijou a testa dele, antes de se levantar. Derek não sabia pra onde ela ia, não tinha ouvido nada, então, antes de saber que podia, segurou a mão dela. Meredith poderia até não ter sentido, se não estivesse completamente alerta a ele. Mas ela estava. Ela sentiu o aperto fraco, quase inútil dele, segurando sua mão. 

Meredith: Shiii, eu estou aqui. Não vou sair. – Ela beijou os lábios dele levemente e apertou a mão dele fracamente. Depois levou a bandeja pra longe dele.

Foi um dia difícil. Derek não tinha como comer, mas Meredith insistiu em hidrata-lo o máximo que podia. No fim da tarde ela resolveu que devia ir em casa, ver Ellis.

continua... 

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