Capítulo 178

1.6K 103 15
                                    

Tudo está bem

2 meses depois...

Todos os Shepherd estavam do lado de fora da mansão, no jardim. O tempo estava bom. Ellis corria com Miguel e as outras crianças. Johanna e Victoria engatinhavam, sorridentes ali. George que foi o nome que Meredith e Derek deram ao filho, estava tranquilo, em seu carrinho de bebê. Meredith, de repente, se lembrou do que Finn lhe dissera uma vez. Que um dia todo aquele pesadelo acabaria, e que nós veríamos essa mansão cheia de crianças rindo. Bom, bendito seja, era verdade. Não havia uma sombra naquela mansão, pra lembrar de como era na noite sombria em que Meredith chegou ali.

Então, algo bateu na mão de Meredith. Ela olhou, curiosa. Era uma luz amarela, dourada. Sol. Ela olhou pra cima, e do céu claro, saiam algumas faisquinhas de sol. Imediatamente seu olhar correu pro marido; não porque ela ainda achava que ele fosse um vampiro, mas porque ela nunca o vira no sol. Aparentemente Derek pensara o mesmo, porque parou de correr atrás de Ellis e olhou pra ela, estendendo as mãos, deixando-as expostas ao sol. Meredith fez uma careta, e ele sorriu, radiante, olhando a filha, que corria longe dele, com os cachos loiros voando no ar, e foi em direção a esposa.

Derek: Bom, o sol também não me causa nada. – Brincou, abrindo os primeiros botões de sua camisa. Estava sem o colete e sem o terno, só com a camisa de botões e a calça. 

Meredith: Cala a boca. – Disse, se abraçando a ele. George deu um gritinho, atraindo a atenção dos pais. Era Derek, pequeno. Não tivera os olhos de Meredith. Tinha os olhos de Ellis. Os olhos de Derek. O menino sorriu ao ver os pais abraçados. – Como você adivinha o que eu estou pensando? – Perguntou, erguendo a cabeça pra ele.

Derek: É intuição. – Disse, olhando-a – Juro! – Alegou, vendo a cara de descrença da esposa.

Meredith: Vou fingir que acredito. – Disse, virando o rosto pro outro lado.

Meredith: Não, petit. – Disse, rindo – Tudo bem, vamos lá. A maioria das vezes é intuição. Algumas não. Tipo, quando Ellis está por perto, quando ela chega, as vezes eu posso sentir. George também. – Ele disse, explicando a estranha mania que ele tinha de adivinhar quando o filho ia acordar, ou quando estava chegando – É como se algo me avisasse: Eles estão aqui. E eles realmente estão. Simples. – Explicou, sorrindo. – Com você é diferente. Eu acho que meu coração sente quando você está por perto. – Disse, encarando ela, que sorriu.

Meredith: Uma coisa que eu... eu sempre quis saber. Mas não fique mal. – Derek deu os ombros – Na primeira vez que Finn e eu... – O sorriso de Derek se fechou – Na primeira vez em que ficamos juntos. – Resumiu – Você voltou todo molhado de chuva, transtornado. Aquilo foi intuição também?

Derek: Aquilo foi o maior tipo de tortura pelo que eu já passei. – Explicou, se lembrando – Em um minuto eu estava bem, mas no outro, era como se alguém enfiasse a mão no meu peito e tentasse tirar algo de mim a força. E então eu sabia que deveria estar em casa. Eu vim, o mais rápido, mas a chuva não ajudou. E quando eu cheguei aqui, você... você tinha o cheiro dele. E eu sabia o que tinha acontecido, mesmo sem querer saber. – Terminou, acariciando o cabelo dela.

Meredith: Tudo bem, esqueçamos isso. – Disse, abrindo um sorriso forçado, e ele riu. Nessa hora Owen passou pelos dois correndo atrás de Miguel, que caíra, e agora ria no chão. 

Meredith se abraçou ao marido, olhando a mansão, estranhamente iluminada pelo sol. Até que ele falou.

Derek: Estive pensando. – Ela olhou pra ele – Vou mandar reformar o terceiro andar, e ocupar com brinquedos, pra as crianças. – Meredith o observou – Eu te prometi que um dia desocuparia aquele lugar. Como você se encarregou disso antes, eu estive pensando, é muito espaço desperdiçado. E as crianças não vão poder brincar aqui fora o tempo todo, a chuva não vai deixar. – Meredith sorriu.

continua...

Pecado Onde histórias criam vida. Descubra agora