Capítulo quatorze

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Por que?

Meredith: Passa a agulha, segura assim, e puxa a linha devagar. - Ela fez mostrando a menina como bordar.

AméliaMe deixa tentar. - Estendeu as mãos. Meredith assentiu e passou o bordado pra ela, que rapidamente se pôs a puxar a linha.

Finn: Obrigado. - Disse, aparecendo atrás de Meredith

Meredith: Aiii! - Ela riu com o próprio susto. Finn riu com ela - Obrigado pelo que? - Disse chegando pro lado, dando espaço pra Finn sentar.

Finn: Pelo que você está fazendo pela Amélia. - Ele sentou e olhou a menina, que passava a agulha pelo bordado concentrada.

Meredith: Ah, não foi nada. - Ela só sabia sorrir. Gostava de Finn e não sabia porque.

Finn: Ela é mais minha filha que minha irmã, mas eu nunca coseguiria fazer o que você fez por ela. - Ele sorriu, olhando a menina.

Meredith viu uma ternura nos olhos de Finn, uma ternura que ela queria que o pai dos seus filhos os olhasse, uma ternura que ela sabia que Derek não era capaz de sentir. Estava pensando nisso quando ouviram um gritinho de Amélia. No mesmo instante Finn estava abaixado na frente da menina. Amélia espetou o dedo na agulha, e agora olhava atônita pro dedo,como se tivesse perdido uma aposta.

Meredith: Não pôe na boca! - Mas era tarde, Amélia já tinha colocado o dedinho furado na boca e agora ria olhando Meredith. Finn riu e alisou o braço da menina. Meredith balançou a cabeça negativamente mas riu.

Logos todos se recolheram. Meredith e Derek foram dormir sem falar um com o outro. De madrugada caiu uma tempestade, com raios, trovões, e muito vento. Meredith acordou assustada com um raio. Ao erguer a cabeça, viu que mais uma vez estava abraçada a Derek,que dormia. O quarto era iluminado por dois abajures, um de cada lado da cama. Ela colocou um cotovelo na cama, se apoiando no braço, pra encarar o marido. Parecia tão humano quando dormia. Era surreal. Um bom tempo depois, involuntariamente, passou a costa das mãos pelo rosto dele. Era macio, agradável. Um sentimento que ela vinha refreando a muito tempo lhe açoitou dentro do peito. Como podia ter se apaixonado por aquele homem? As lágrimas desceram por seu rosto, descontroladas, enquanto ela acariciava o rosto dele.

Derek: Porque você está chorando? - Perguntou, ainda de olhos fechados, a voz rouca pelo sono, alguns minutos depois. Meredith já chorava descontroladamente, porém, em silêncio.

Meredith:  Não é nada. - Ela se afastou dele, mas sua voz embargada era uma ótima delatora. Ela sentou na cama, e ia rapidamente levantando, quando sentiu a mão forte dele.

Derek: Ninguém tem uma crise de choro no meio da noite por nada. - Ele continuou segurando-a, firme, sentado na cama. Meredith soluçou no choro. - Me diga, o que houve?


Meredith:  Derek, porque você me trata assim? O que eu fiz pra você? - Ela virou o rosto lavado de lágrimas pra ele.

Derek: Eu te trato do meu jeito. Eu sou assim. - Ele respondeu, frio. 

Meredith: Não é. - A voz dela falhou, enquanto mais lágrimas desciam - Você não é assim. Essa é só a mascara que você usa pra todo mundo. - Ela passou a mão no rosto de Derek, mas o rosto dele não era mais macio. Era duro, e frio. - Mas, Cristo, eu sou sua mulher. Você não precisa ser assim, pelo menos não comigo

Derek: Era por isso que você estava chorando? - Ele perguntou, duro, afastando a mão dela.

Meredith: Tava chorando porque quero que o meu casamento dê certo. - Ela disse, agora contendo as lágrimas. Não queria parecer uma menina imatura - Derek, vamos tentar. Veja Finn, o amor dele por Josephine é tão grande que sobrevive a distância. - Derek a encarava, o maxilar trancado - Owen e Cristina se dão absurdamente bem. Nós podemos ser assim também. Eu sei que tem alguém aqui dentro, - Ela tocou o peito dele, Derek se afastou- E esse alguém é capaz de me fazer feliz, nunca de me tratar como uma estranha.

Derek: O que você quer que eu faça? Que eu cerque você, fique te olhando com os olhos brilhando como se estivesse doente, 24 horas por dia, tal como Owen? - Ele perguntou, debochado. Meredith se levantou e ia rumando ao banheiro, totalmente deprimida, quando a voz dele lhe alcançou de novo - Ou prefere que eu te mande pra França, pra poder dizer que eu sou capaz de superar a distância? - Ele sorriu, malévolo.

Meredith: Eu só quero poder dizer que te amo, sem me sentir uma idiota por fazer isso. - Ela disse com a voz cansada, se virando pra ele.

Por um momento, a máscara de Derek caiu. Ele parecia não saber o que dizer. Um fio de esperança brotou no coração de Meredith. Talvez estivesse dando certo.

Derek: Você está se sentindo uma idiota, agora? - Ele perguntou, ainda sem aquela expressão fria, se levantando e indo até ela. Meredith recuou involuntariamente, a camisola branca arrastando no chão.

Derek:  Responde, petit. - Ele pressionou, encarando ela

Meredith: Eu tô me sentindo uma completa idiota Derek, feliz? - Ela encarou ele. Já não chorava. - Pode ser diferente, vamos tentar. - Ela se aproximou dele, e hesitante, pôs as duas mãos no peito dele.

O coração de Meredith estava em altos pulos, parecia que ia sair do peito. Derek a encarava, inexpressivo, perdido. Seu coração também não estava como devia estar.

"Addison: Você realmente se importa com o que eles dizem -Ela riu abertamente,aquele riso que fazia qualquer homem se perder _ Pois eu so  me importo com o que tu pensas.Pode ser diferente,vamos tentar - Ela enlaçou as mãos no pescoço dele"

Derek começou a rir, frio. Meredith sentiu o pulmão trancar, o estomago apertando dolorosamente.

Meredith:  Do-do que você tá rindo? - Ela perguntou, trêmula, soltando ele.


Mas Derek continuou a rir. Era claro, ele estava rindo dela. Ela sentiu os olhos encherem de agua.

Meredith: Não sei porque eu ainda tento. - Sussurrou triste, voltando a andar rapidamente pro banheiro.

continua...

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