Capítulo 11

12.2K 1.4K 86
                                    

- Alô? - Jared atende a ligação.

- Me ajude. - Peço baixinho.

- Milla? O que está acontecendo? - Ele pergunta.

Não falo mais nada porque acabou de entrar duas pessoas em meu quarto, e se eu disser alguma coisa eles podem me ouvir.

- Milla fale alguma coisa. - Jared pede.

Tapo minha boca com a mão quando começo a me desesperar, pois eu sei que a qualquer momento eles podem me achar.

- Você não disse que o apartamento estaria vazio? - Um homem pergunta.

- Não está vendo que está vazio idiota. - O outro responde.

- A cama está desarrumada imbecil, tem alguém aqui.

As minhas chances de não ser encontrada diminuiu um pouco. Acabei me desesperando quando escutei alguém no apartamento, que nem me lembrei de ajeitar a minha cama rapidamente.

- Estou ouvindo vozes Milla, o que está acontecendo? - Jared pergunta. - Responde droga, está me deixando preocupado!

Jared é burro? Se não estou dizendo nada é porque alguma coisa está errada. Por mais que eu esteja com medo, abrir minha boca nesse momento é pedir para ser encontrada.

- A pessoa deve ter esquecido de arrumar não seja idiota.

- Vamos ver se tem alguma coisa útil aqui. - O outro homem fala. - Ande logo.

Eles começam a revirar meu quarto, e a cada segundo que passa sinto que vou sufocar.

Tento respirar com calma, mas estou começando a entrar em pânico pelo perigo que estou correndo nesse momento.

Jared não fala mais nada, então olho para a tela do meu celular, e para minha infelicidade e desespero acabou a bateria.

- Depressa. - Um dos homens fala.

- Não tem nada de grande valor aqui, vamos embora.

Começo a ficar aliviada quando escuto eles andando em direção à porta, mas de repente eles param e se volta em direção a cama.

- Vamos olhar ali. - Um deles fala.

Fica um de cada lado e começam a abrir as gavetas dos criados mudo, e quando um deixa alguma coisa cair no chão e se abaixa para pegar, seguro a respiração como se isso fosse fazer alguma diferença.

- Vamos embora.

Eles começam a caminhar novamente, e quando penso que estou livre o lençol da cama é levantado, e então um deles pega meu pé e me puxa rapidamente.

- Achou que podia se esconder de nós? - O homem pergunta rindo.

- Me solte. - Peço.

O empurro e tento correr, mas alguns segundos depois ele me agarra por trás e me joga no chão com força.

Meu corpo dói ao se chocar contra o chão, mas eu continuo lutando mesmo sem fôlego quando ele monta em cima de mim.

- Socorro! - Grito enquanto me debato.

Ele da um tapa em meu rosto, e no mesmo instante sinto gosto de sangue na minha boca.

- Se abrir a boca novamente eu te mato ouviu bem? - Ele me ameaça.

Não grito novamente, porque não quero provocá-lo.

- Solte essa mulher é vamos embora cara. - O outro homem fala.

- Deveríamos brincar um pouquinho. - Ele sorri de uma forma nojenta. - Ela é tão linda.

Ele passa a mão por meu rosto, e logo em seguida começa a olhar para meu corpo de um jeito repugnante, o que faz eu sentir calafrios.

- Por favor me deixe ir. - Peço segurando as lágrimas.

- Por que eu faria isso?

- Eu vou embora, fique aí se quiser. - O outro ladrão fala.

Ele sai do meu quarto e fecha à porta, e nesse momento eu percebo que estou ainda mais ferrada.

O homem começa beijar meu pescoço, e eu começo me debater, então ele para, pega minhas mãos e segura por cima da minha cabeça e começa a me beijar novamente.

- Me solte seu desgraçado! - Grito.

- Eu amo mulheres selvagens. - Ele gargalha alto.

- Seu verme nojento. - Cuspo nele.

Ele limpa o rosto com irritação, e então me desfere outro tapa no rosto.

Foi com tanta força que fico tonta e sinto que vou desmaiar, mas não tenho a intenção de facilitar nada para ele.

- Vou te ensinar como é um homem de verdade vadia.

Ele rasga uma das alças do meu pijama, e apesar de estar morrendo de medo espero por uma distração sua, e então o empurro com toda força de cima de mim, e quando ele cai para o lado me levanto rapidamente e lhe dou um chute na barriga.

Quando ele se curva para por a mão na barriga enquanto faz uma careta de dor, lhe dou um chute mas partes íntimas com toda força que consigo.

- Vou ensinar como um lixo como você deve ser tratado desgraçado.

Continuo lhe chutando em todos as partes possíveis do seu corpo, enquanto ele se contorce de dor no chão.

Eu sei que nesse momento deveria estar fugindo, mas estou tão irada que quero descontar minha frustação nesse monte de estrume humano.

Não sinto nem um pouco de dó ao ver ele se contorcer de dor no chão, porque ele merece ser agredido, pois se fosse ao contrário ele não teria nem um pouco de pena de mim.

Só paro de agredi-lo quando alguém me abraça por trás e me tira de perto do homem no chão.

- Mulher louca. - Um homem fala.

- Me solte! - Grito.

Começo a me debater, e então ele me solta e levanta as mãos em sinal de rendição.

- Eu não vou tentar fazer nada com você. - Ele fala. - Posso ser muita coisa ruim, mas um maldito estuprador não.

Antes que ele diga ou faça mais alguma coisa saio correndo do quarto, porque não tenho a intenção de confiar na palavra de um ladrão.

Olho de relance para trás enquanto fujo, para ver se ele está atrás de mim ou não, e para meu alívio ele não me segue, mas continuo correndo por via das dúvidas.

Não paro, pois não vou correr o risco de ser alcançada, porque aí sim eu estaria bem ferrada se aquele homem por as mãos em mim.

Desço as escadarias correndo, e para minha infelicidade não encontro ninguém por perto. Já é tarde da noite, então é aceitável que tudo esteja deserto.

Eu torcia para que isso nunca acontecesse comigo novamente, mas infelizmente não tive tanta sorte.

Apesar de estar assustada e com medo, sou bem diferente e mais corajosa do que a Milla que aconteceu a mesma coisa no passado.

Apesar de não ser uma coisa fácil de superar, farei isso porque sou uma mulher forte.

Dessa vez não irei me esconder nas sombras como fiz anos atrás, porque eu sei que não adiantaria de nada fazer isso.

Apesar de não desejar que isso aconteça mais uma vez, sei que não estou complemente escape, por isso farei o possível para ser ainda mais forte, porque assim conseguirei me defender quando necessário.

Sinto meu corpo todo se arrepiar quando enfim saio do prédio, e então corro em direção a rua. De repente sou surpreendida quando um carro vem em minha direção, mas para meu alívio ele consegue frear antes de me atropelar.

- Você está lou... Milla?

Jared desce do carro rapidamente e corre em minha direção, e quando me abraça me sinto segura, e nesse momento desabo em lágrimas por saber que enfim estou salva.

Um Amigo Irresistível (Livro 8)Onde histórias criam vida. Descubra agora