VIOLET ҂Fred Weasley

23☆ Tempo de chuva

Após voltar do café da manhã no meio da floresta, fui direto à primeira aula do dia ,DCAT. Ao entrar me deparo com uma cena que não queria, Snape está substituindo Remus, já que hoje é lua cheia e ele tá muito fraco e estressado.

O pior é ter que ouvi-lo falar sobre lobisomens a aula toda, e a inda pior ter que ficar quieta para não receber detenção justo hoje. A cada vez que ele olha para Anne sinto vontade de rasgar sua garganta.

O dia passou chuvoso, escapei algumas vezes para a floresta com um pouco de comida. Ao chegar a noite tive que aguentar um Lupin resmungando enquanto carregava Anne pela passagem até o porão da Casa dos Gritos.

Como sempre passei a noite do lado de Anne mantendo um lobo longe do outro. De manhã levei os dois até a enfermaria. Anne foi liberada após uma hora, pois tinha passado a noite dormindo. Remus por outro lado só sairia da cama no outro dia.

Fui até meu dormitório tomar um banho e trocar as roupas molhadas. Quando me encaminhava ao salão principal tive o azar de esquecer o degrau que some. Afundei minha perna, no mesmo momento uma dor forte na coxa pelo mau jeito surgiu.

Entrei no salão principal mancando, pois a fome falou mais alto que a dor. Ao me ver Anne se levantou preocupada e correu a mim.

_ O que aconteceu com você? – abri um sorriso malicioso.

_ Você pegou pesado comigo ontem a noite. – há algumas risadinhas abafadas. Anne esconde o rosto com as duas mãos, envergonhada.

_ Eu não... não quis... – ela murmura.

_ Calma, estou brincando. – a abraço apoiando meu queixo no topo da sua cabeça (nossa, ela é muito baixinha) – Na verdade, eu caí no degrau que some do terceiro andar.

Nos sentamos na mesa da Grifinória. Eu devoro o que me aparece pela frente, arrancando uma risada de Anne.

_ Que? – falo colocando mais uma tortinha na boca.

_ Pelo que vejo, a noite de ontem te abriu o apetite. – (é isso mesmo? Ela tá fazendo uma piada de duplo sentido?)

_ Culpa sua. – devolvo e nós rimos com a cara das pessoas a nossa volta.

⏳

Sábado chegou e a chuva não deu trégua. Estávamos vestindo o uniforme vermelho quando Katia me chamou.

_ Violet, é verdade o que tão falando? – (quê?)

_ Na maioria das vezes não, mas o que tão falando?

_ Que você e a Nober estão namorando? – que fofo, ela tá corada, acho que vou mudar minha profissão para "cupido". Começo a rir e Angie me acompanha deixando Katia confusa.

_ Você gosta dela? – ela se atrapalha.

_ Que? Não, eu não... nada a ver...

_ Tá. Não estamos namorando, e se eu fosse você ia falar com ela, Anne é muito tímida para tomar iniciativa. – pisco e saio do vestiário deixando Katia parada.

O jogo não foi nem perto de bom. A chuva forte e o frio atrapalhavam bastante. No meio do jogo precisamos parar, estávamos cinquenta pontos a frente, mas Harry diz que não estava enxergando um palmo a frente do rosto.

_ Por que não disse antes? – tirei seus óculos e encostei minha varinha. – Impervius! Pronto, isso vai repelir a água.

Depois do nosso apanhador estar vendo claramente de novo, voltamos a jogar. Numa fileira atrás de todos pude ver um cão preto observando o jogo, pelo jeito Harry também viu, estava distraído até Wood chamar-lhe a atenção para Cedrico que voava para o alto.

Logo ele sumiu no meio das nuvens atrás do pomo. Em minutos viu-se um ponto vermelho despencando em direção ao chão. Era Harry. Com um movimento de mãos Dumbledore profere o feitiço "Aresto Momentum", impedindo a possível morte de Harry.

⏳

No momento o time e os amigos do garoto se encontrava na enfermaria, esperando Harry acordar.

_ Ele parece meio pálido, não acham? – Rony e sua incrível dedução.

_ Pálido? – Fred ironiza.

_ O que você esperava?- George.

_ Ele caiu mais de trinta metros. – Fred termina (exagerado).

_ Vem, Rony, vamos te jogar da torre de astronomia, e ver como você fica. – falo revirando os olhos.

_ Aposto que bem melhor do que ele parece. – Harry acorda. – O que aconteceu?

_ Você caiu da vassoura. – Rony fala o óbvio.

_ Sério? – Harry pergunta com ironia. – Perguntei do jogo, quem ganhou?

_ Lufa-lufa. – eu respondo.

_ Diggory apanhou o pomo. – George informa. – Logo depois que você caiu. Ele não percebeu o que tinha acontecido. Quando olhou pra trás e viu você no chão, tentou paralisar o jogo. Queria um novo jogo. Mas tiveram uma vitória justa... Até Oliver admite isso.

_Onde está Oliver? – perguntou Harry.

_ Ainda está no banho. – Fred é quem responde. – Achamos que ele está tentando se afogar.

Eles discutem mais um pouco sobre a probabilidade da Grifinória ganhar, isso não anima muito Harry.

_ Tem outra coisa que precisa saber. – Rony fala baixo- Quando você caiu sua vassoura voou longe e...

_ E... – Harry incentiva.

_ Ela bateu no Salgueiro Lutador, e você sabe que o Salgueiro não gosta quando batem nele. – falo de uma vez, sem enrolação.

Rony mostra a vassoura a Harry que fica ainda mais desolada . Pouco depois madame Pomfrey nos expulsa da enfermaria.

Ao chegar na sala comunal puxei Fred e George pra um canto e disse que eles precisavam entregar o mapa na próxima ida de Harry ao vilarejo, não só para ele ver um pouco da verdade, mas para se animar um pouco também.

⏳

Harry saiu da enfermaria apenas na segunda. E Lupin também retornara ao trabalho. A fúria de Dumbledore parecia manter os dementadores em seus postos.

Se você está perguntando sobre meu poder, pode parar por aí, pois até agora nem sequer um sinal de que possa ter algo apareceu. Isso me deixa frustada, consequentemente venho me transformando mais, para poder aliviar o extresse.

Muitos ainda acham que tenho a ver com a invasão de meu pai na escola. Ele apenas queria o rato, mas como todos pensam que era por conta de Harry as coisas pioram.

Duas semanas antes do fim do semestre, o tempo clareou dando início aos dias de neve. Haveria uma visita à Hogsmeade marcada para o último final de semana antes das férias. Planejava comprar os presentes de Natal lá, enquanto enfeiticei o Mapa para não mostrar o que acontecia no Salgueiro em dias de lua cheia, assegurando que Harry não soubesse dessa parte.

Fred e George entregaram o Mapa, meio contrariados. Mas afinal já sabíamos todas as passagens, e não éramos mais tão descuidados quanto nos primeiros anos.

Mandei uma carta a mamãe, avisando que Anne passaria o Natal conosco. Ela adorou a ideia, disse que Anne seria bem vinda a qualquer hora em nossa casa.