32☆ O verdadeiro espião

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Rony hesitou um instante. Então finalmente entregou o rato à Monny. O bicho começou a guinchar sem parar, se contorcendo. Retiro do bolso uma varinha longa com desenhos que se pareciam com as tatuagens do meu pai, e lhe entreguei.

_ Mamãe guardou para o senhor,  eu peguei escondida no Natal. – falo e ele dá um sorriso verdadeiro.

_ Está pronto, Sirius? – perguntou Remus.

_ Juntos? – diz em voz baixa.

_ Acho melhor. – confirmou Monny, segurando Perebas em uma mão e a varinha na outra. – No três. UM...DOIS... TRÊS!

Lampejos branco-azulada saltaram das varinhas, por um instante, o rato parou no ar se revirando, Rony berrou e o bicho caiu no chão. Seguiu-se um novo lampejo e então...

Foi como assistir uma árvore em crescimento. Surgiu uma cabeça no chão, brotaram membros e momento depois havia um homem no lugar que estava o rato.

Era mais baixo que eu, aspecto flácido de alguém que perdeu muito peso em pouco tempo. Um nariz fino, olhos pequenos e lacrimosos, cabelos finos e descoloridos com o topo da cabeça careca. Mesmo na forma humana ainda lembrava um rato.

_ Ora, ora, olá, Peter. – saudou-o Remus educado.

_ Há quando tempo! – papai pareceu mais rosnar.

_ S... Sirius, R...Remus. – até a voz de Pettigrew lembrava um guincho. – Meus velhos amigos...

Ele tenta fugir, mas Remus e Sirius o seguram. Pettigrew tentava de todas as formas argumentar que era inocente e que o verdadeiro espião de Voldemort era Black. Apontando seu dedo médio para acusar, pois o indicador não tinha mais, provando que ele próprio o cortou.

_ Acredite, Harry, nunca traí James e Lily. Teria preferido morrer a traí-los. – Harry pareceu finalmente acreditar em nossa versão da história.

_ Não! – Pettigrew caiu de joelhos, como se o aceno de Harry fosse sua sentença de morte. – Sirius...sou eu...Peter... seu amigo... você não...

_ Já tem sujeira o suficiente mas minhas vestes sem você tocar nelas. – rosnou este se afastando. Eu apenas observava de longe, com a varinha sempre a postos.

_ Remus! – implorou o rato se direcionando à Monny. – Você não acredita nisso... Sirius não teria te contado se eles tivessem mudado os planos?

_ Não se pensasse que eu era o espião. Presumo que foi por isso que não me contou, Sirius? – perguntou ele interessado.

_ Me perdoe, Remus. – disse papai.

_ Tudo bem, Padfoot, meu velho amigo. – respondeu Lupin, que agora enrolava as mangas da camisa. – E você me perdoa por acreditar que você fosse o espião?

_ Claro. – sorriu ele, também enrolando suas mangas, me posiciono para o ataque. – Vamos matá-lo juntos?

_ Suponho que sim. – concordou Remus. (Tão lindo eles concordando sobre a morte de alguém)

_ Vocês não me matariam! Não vão me matar... – exclamou Pettigrew e correu para Rony. –  Rony... eu fui um bom amigo...um bom bichinho? Não vai deixá-los me matarem, Rony, vai... Você está do meu lado, não está?

Mas Rony o olhava com absoluto nojo.

_ Eu deixei você dormir na minha cama! – exclamou ele.

_ Bom garoto...Bom dono. – se arrastou até Rony. – Você não vai deixá-los fazer isso... Eu fui seu rato... seu bichinho de estimação...

_ Se você foi um rato melhor do que foi um homem, não é coisa para se gabar, Peter. – disse meu pai.

Rony empalideceu de dor, arrastando-se para longe do alcance de Pettigrew. Me pus a sua frente para que ele não alcançasse o garoto.

VIOLET  ҂Fred WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora