VIOLET ҂Fred Weasley

70☆ Quadros e sapos

A história da fuga de Fred e Jorge para a liberdade foi narrada tantas vezes nos dias que se seguiram. Os gêmeos tomaram providências para ninguém esquecê-los cedo demais.

Como não haviam deixado instruções sobre o modo de remover o pântano que ainda enchia o corredor do quinto andar na ala leste. Umbridge e Filch tentaram de toda forma remover o lamaçal, porém sem sucesso. Desse modo, todo o corredor teve que ser interditado.

Com toda certeza McGonagall ou Flitwick poderiam ter removido o pântano em um instante, mas eles preferiam assistir a Umbridge se descabelar.

Lee finalmente conseguiu colocar seu o pelúcio selvagem no escritório da Umbridge que destruiu o local à procura de objetos brilhantes, saltou sobre a diretora quando ela entrou e tentou arrancar, a dentadas, os anéis em seus dedos curtos e grossos.

Bombas de Bosta e Chumbinhos Fedorentos eram atirados com tanta frequência nos corredores. Era preciso se proteger com feitiço Cabeça-de-Bolha antes de sair das salas de aula, o que garantia um suprimento de ar fresco, apesar da aparência estranha.

Filch patrulhava os corredores com um açoite nas mãos, desesperado para apanhar vilões, mas o problema é que agora havia tantos deles que ele nunca sabia para que lado se virar.

A Brigada Inquisitorial tentava ajudá-lo, mas eram facilmente impedidos pelos que mantinham o legado Weasley. Warrington foi azarado por Simon que deixou a pele do soncerino com a aparência de star coberta de cornflakes. Pansy Parkinson tentou me parar em um dos corredores saiu uma galhada na cabeça.

Um incrível número de kits Mata-Aula que Fred e Jorge tinham vendido antes de partirem estavam sendo usados abundantemente. Umbridge foi incapaz de descobrir o segredo dos vários surtos de "Umbridgetite".

Mas ninguém conseguia competir com o senhor do caos, Pirraça que levou a sério a ordem de Fred. Ele voava pela escola, virando mesas, irrompendo de quadros-negros, derrubando estátuas e vasos; duas vezes ele prendeu Madame Nor-r-ra dentro de uma armadura, de onde foi resgatada, miando alto, pelo furioso zelador.

Pirraça quebrou lanternas e apagou velas, fez malabarismos com archotes acesos por cima das cabeças de estudantes aos berros, fez pilhas bem-arrumadas de pergaminho caírem dentro das lareiras ou fora das janelas; inundou o segundo andar, arrancando todas as torneiras dos banheiros; deixou cair um saco de tarântulas no meio do Salão Principal durante o café da manhã.

Quando resolvia fazer uma pausa, passava horas seguidas flutuando atrás de Umbridge, imitando o ruído de puns com a boca todas as vezes que ela falava.

Nenhum funcionário de Hogwarts, exceto Filch, se importava em ajudar a diretora. Pelo contrário, incentivavam os arruaceiros e principalmente Pirraça.

Uma semana após a partida dos gêmeos, pude ouvir Minerva dizer ao poltergeist pelo canto da boca: "Desenrosca para o outro lado.", quando o mesmo tentava soltar um lustre de cristal.

Estava caminhando pelo castelo para passar meu tempo livre. Contemplava o completo caos que a escola se encontrava com orgulho enquanto tirava várias fotos para mostrar aos meninos o resultado de suas façanhas.

Ao passar por um corredor isolado ouvi um choro baixinho como de uma das salas. Entrei devagar. Num canto escuro, todo encolhido, estava um garotinho, aparentemente do primeiro ano, que tentava parar de soluçar. Me abaixei a sua frente, ele tomou um leve susto ao me ver.

_ O que aconteceu pequeno? – perguntei com voz mansa.

_ Eu... eu me atrasei para a aula... e levei uma detenção por isso. – ele falou baixinho.