VIOLET ҂Fred Weasley

13☆ Natal

Quem disse que não podia ficar pior? Porque ficou. Justino foi atacado, junto de Nick-Quase-Sem-Cabeça, Harry tava no local quando os acharam, ouve uma confusão desastrosa. Fred e George se divertiam com isso, acompanhando Harry pelos corredores gritando "Abram caminho para o herdeiro da Sonserina, um bruxo realmente maligno vai passar..." Percy como sempre desaprovando o comportamento dos gêmeos.

_ Não é motivo para graças. – disse friamente.

_ Saia do caminho Percy, Harry está com pressa. – continuavam os dois.

_ Ele está indo para a câmara secreta tomar chá com seu criado de caninos afiados. – falei debochada, entrando na brincadeira. – Não se preocupe Harry, ao contrário desses idiotas, nós sabemos que não tem nada a ver com os ataques- sussurrei para o menor que pareceu aliviado em acharmos essa ideia ridícula.

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O Natal chegou, com ele alguns dias de férias. Arrumo uma roupa confortável uma calça de moletom cinza, uma blusa de manga da mesma cor e um tênis da VANS (tenho outros além de all star).

Ao lado da minha cama vejo meus presentes, a maioria chocolate, acho que meus amigos pensam que sou louca por chocolate (o que é verdade), tem um suéter que a tia Molly tricotou, ele é azul escuro e no centro tem uma tulipa roxa, são minhas flores favoritas. Visto o suéter e uma jaqueta por cima e desço para tomar café.

No salão principal encontro os Weasley, eles preferiram ficar pois os pais iriam visitar Gui no Egito. Lee viajou com os pais e Angie foi pra casa. Balanço a cabeça rindo quando vejo Fred vestindo um suéter com a letra "G" enquanto George tem um com a letra "F", é a cara deles trocarem.

Após comer até dizer chega me despeço deles e sigo para a sala de Dumbledore, onde usarei sua lareira para ir até o St. Mungus visitar minha mãe. Passarei o dia com ela. Deixo em cima da mesa uma torta quente de limão (é claro) para o diretor, com um bilhete de feliz natal, e faço minha viagem até o hospital.

Passamos horas conversando sobre todo e qualquer assunto que apareça. Minha mãe é mais como uma amiga durante nossas conversas, mas também tem seu lado bravo, digamos que as vezes (com bastante frequência) eu exagere nas brincadeiras, tem vezes que consigo me livrar da bronca argumentando. O acontecimento no primeiro dia de aula foi único, ainda penso que ela tenha enlouquecido neste dia.

_ E como anda esse coração aí? – (sério mãe é disso que você quer falar?) Ela questiona enquanto devoramos as bombas de chocolate que eu lhe trouxe.

_ Vazio. – respondo seria, mas ela ri.

_ Tem certeza, não há ninguém em quem pense. Aquele seu amigo, Lee talvez. – é minha vez de rir.

_ Ele é bonito, mas eu sou uma garota então não rola. – ela entende.

_ E que tal o Fred? – (quê?)

_ Não, somos amigos apenas. – minhas bochechas estão coradas, que droga.

_ Claro, então o fato de que seus olhos brilham ao falar dele é normal. – como assim, estou mesmo ouvindo isso da minha mãe?

_ É, completamente.

_ Eu e seu pai também eramos só amigos também... – ela diz com um sorrisinho – Então não tem ficado com ninguém?

_ Eu nunca disse isso. – falo antes de perceber.

_ Algum garoto... ou garota. – arregalei os olhos, como ela sempre consegue descobrir tudo? Parece até o Dumbledore. – Então são ambos.

_ Mãe...

_ Tudo bem, já imaginava. – ela sorri me passando tranquilidade. – Você sempre foi parecida com seu pai, pelo jeito herdou a fama na escola também.

_ Pelo que eu sei, a senhora também não era muito diferente. – acuso, e nos caímos na risada.

Depois do almoço mamãe cochila, e eu resolvo passear pelo hospital um pouco. Comprimento algumas enfermeiras, outras me olham com cara de bunda, francamente parecem que odeiam cada pessoa que arrisca olhar pra cara delas.

Estou na ala de "Danos Permanentes", quando vejo uma mulher usando um chapéu com o que pareceu ser um corvo, o resto das roupas é igualmente horrível, junto dela há um garoto  parecendo meio triste. Me aproximo, não me surpreendeu em ver que se tratava de Neville.

_ Oi Neville, tudo bem? – ele está nervoso, diria até envergonhado.

_ Ola, Violet ... o que faz aqui?

_ Minha mãe tá internada por conta de uma infecção. – falo calmamente. – E você, veio visitar seus pais também?

_ Er... sim. Como... como você sabia?

_ Minha mãe trabalha aqui, ela me contou. Além de que ela e sua mãe eram amigas desde a escola.

_ Sério? Eu não sabia.

_ Sim, sua mãe inclusive é minha madrinha.

_ Você sabe como eles eram? – ele fica esperançoso.

_ Não muito, eles eram bondosos, mas se quer mesmo saber posso perguntar pra minha mãe.

_ Não quero incomodar...

_ Não há vergonha em querer saber sobre eles, sei que ela adoraria te contar. – como resposta ele apenas assente com a cabeça.

Guio ele ao quarto que possui uma placa com o nome "R.Black" na porta, entramos e um médico sai. Explico o que aconteceu já que o menino tá com receio pra isso, mamãe fica animada enquanto conta sobre Alice e Frank Longbottom.

_ Alice era doce e atrapalhada, vivia perdendo seu sapo de estimação. – o sorriso de Neville aumentou. – Frank era muito bom em quadribol, mas tropeçava nos próprios pés quando estava no chão. Eles eram corajosos, lutaram bravamente e não se entregaram, tenha orgulho deles Neville. Mas acima de tudo eles amavam um ao outro e mais ainda a você, ainda amam, embora de um jeito menos perceptível.

_ Mas eles nem ao menos lembram de mim, como...

_ O amor não está apenas em lembranças, é algo mais forte que isso, está no coração e este não se esquece.

Depois disso a avó de Neville apareceu para o levar. Fiquei um pouco mais, aproveitando o tempo ao lado dela. Os médicos deram um previsão de alta para o início do mês de março, depois mais uma semana de repouso antes de voltar à rotina.

Volto ao castelo pouco antes da hora do jantar, ao chegar no escritório de Dumbledore vejo uma bolinha de penas meio feiosa se mexer perto do poleiro de Fawkes, olho de perto e vejo que é a própria fênix (já não era sem tempo, estava horrível a dias), faço um leve carinho nela que solta um piado satisfeito. Saio do escritório em direção ao salão principal.

A comida de Hogwarts é algo que você simplesmente não consegue comer apenas uma vez, ainda mais no natal. A mesa está cheia com pratos de peru assado, batatas em purê, fritas ou junto da carne, massas e queijos, e por fim os doces como pudim, rocambole, tortinhas de abóbora e para a minha felicidade há também uma variedade de chocolate, um melhor que o outro.

A noite é tranquila depois do banquete, agradeço pela minha família, mesmo não estando juntos ainda nos amamos muito e nada mudará quanto a isto.