Capítulo 19

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William narrando

A visita da Eleanor me fez muito bem, melhor do que eu pensava, acho que agora consigo raciocinar direito, realmente ela tem o poder de me deixar calmo que nem eu sei explicar.
Enquanto remexia novamente nos meus papéis a porta é aberta, revelando o Jeffrey com sorriso de orelha a orelha.

- Estão dizendo nos corredores que o senhor Johnson deixou a máscara cair e se mostrou um grande safado. - eu sabia que estavam todos prestando atenção.

- E você deixou de trabalhar para vir saber as notícias.

- Não exactamente, digamos que sim. Fala logo que eu estou curioso, quem era a gostosa?

- A Eleanor.

- Oh claro, a cunhadinha, não sabia que ela estava aqui, certamente a minha Jaque, quer dizer, a Jackeline não veio com ela senão eu saberia.

- Ela veio sozinha, e me deixou relaxado.

- Eww, okay, é estranho e eu nem quero imaginar, mas ainda bem que valeu a pena, você anda muito estressado.

Contei a ele sobre os contratos super-facturados e ele concordou com a reunião que teremos amanhã e analisou um pouco comigo mas o forte dele são as leis, Jeff não entende nada de números.

***

Saí da empresa um pouco tarde que o normal, então decidi fazer uma surpresa para a minha namorada e me dirigi ao seu apartamento.

- Amor!!! - disse ela pulando para os meus braços.

- Princesa, já estava com saudades.

- Pensei até em ligar pra você, porque a Jacque foi se encontrar com o Jeffrey então eu estava sozinha.

- Não sabia disso, nem vi o Jeff quando saiu da empresa.- sentei-me no sofá e tirei a gravata.

- Mas o que importa é que você está aqui, vou esquentar o jantar pra você, já comeu? - pergunta e eu nego, fico vendo TV enquanto ela se dirige a cozinha.

Depois de alguns minutos, a comida fica pronta e a Eleanor me chama para a cozinha. Ela coloca os pratos na bancada, pra não precisarmos de arrumar a mesa e ter toda aquela cerimónia pra comer. Arregaço as mangas e me sento de frente pra ela.

- Humm lasanha, foi você que cozinhou? - pergunto, enquanto ela serve no meu prato.

- Sim, eu não entendo muito de cozinha mas as vezes arrisco em fazer alguns pratos. - diz ela e eu rio, a Eleanor é mesmo uma caixinha de surpresas, pensei que ela fosse uma dondoca, patricinha e birrenta, mas ela é doce, independente e quer conquistar as coisas pelo seu mérito, então pelos vistos, me enganei.

- Está maravilhosa meu amor.-digo depois de provar e ela agradece. Ficamos na conversa, a desfrutar a companhia um do outro, comi vários pedaços daquela lasanha com um refrigerante e me fez até lembrar da minha mãe que amava cozinhar.

- Que foi? - ela diz acariciando a minha mão.

- Cozinhar era o hobbie da minha mãe e pratos como esses, caseiros, saborosos e quentes, fizeram-me lembrar dela.- fiquei até com os olhos marejados.

- Oh meu amor, não fique assim, gostaria de tê-la conhecido pois deixou na terra esse homem maravilhoso. - diz ela e eu sorrio de lado.

- Vamos lavar a loiça então? Mamãe me ensinou a ser um bom homem.-digo me levantando e ajudando ela com a mesa fazendo-a rir.

- Ah sim, William Johnson já não é preguiçoso.-assinto sorrindo e sigo ela que toma as rédeas da situação, ela lava a loiça e eu limpo com a pequena toalha que ela me passou.

Depois de tudo agora sou eu que tomo as rédeas da situação e carrego ela em direção ao seu quarto e ela vai beijando o meu pescoço, essa mulher é fogo. Ela abre a porta do seu quarto e depois a do banheiro.

- Deveríamos ter tomado banho antes do jantar. - concordo com ela mas mesmo assim continuamos com o nosso beijo e tirando as roupas um do outro apressadamente.

Entramos na boxe e ela liga o chuveiro, colocando a água numa temperatura ambiente.

- Agora é a minha vez de te fazer relaxar.-digo e massageio suas costas, pego o gel de banho e uma esponja e começo a dar banho nela e ela fica arrepiada com o meu toque.

Eleanor entrelaça seus braços no meu pescoço, me abraçando e de surpresa retira uma delas para o meu membro, e o massageia, nossa, suas mãos são tão delicadas, tão macias, ela me masturba até eu me vir, não sei como ela faz isso.

- Como você pode ser assim tão perfeita!?- meio que pergunto e ataco a sua boca ferozmente, e logo entro dentro dela, tão apertadinha pra mim.

***

Depois do longo banho, escovamos os dentes e agora estamos na cama, sem safadeza, apenas dormindo de conchinha, há quanto tempo que eu não me sentia assim, tão leve, relaxado, fora o stress da empresa.

- No que tanto pensas amor?-pergunta ela virando pra mim.

- Uns problemas lá da empresa, acho que estamos sendo roubados.

- E você já despediu os responsáveis?

- Ainda não, amanhã terá uma reunião pra fazer esse comunicado, eu fiz Administração e não Contabilidade mas consegui notar um erro naquelas contas.

Esqueci completamente da reunião, por isso preciso acordar muito cedo pra poder ir ao meu apartamento me trocar, eu nem deveria ter vindo até aqui, não sei onde é que eu estava com a cabeça, não que não tenha valido a pena mas a empresa em primeiro lugar.

- Então contrata um outro contabilista pra poder te ajudar nessa monitoria na empresa, enquanto isso o anterior deve se manter afastado da empresa que é para se apurar os factos.

- Boa ideia amor, eu estava aqui desnorteado a tentar pensar o que fazer.

E não é que ela teve uma boa ideia, eu nem tinha pensado nisso, na reunião, eu informar desse possível roubo e iria dar oportunidade ao contabilista para se explicar mas a minha..., quer dizer, a Eleanor arranjou uma ideia melhor.

- Obrigado, não sei o que seria de mim sem ti, te amo tanto princesa.- não sei porquê eu disse aquilo, mas se vou pedi-la em casamento então já é hora de amá-la. Beijo sua boca, pedindo a permissão com a língua que logo lhe é concedida.

- Eu também te amo William Johnson.

- Ama? - pergunto e ela assente sorrindo, fiquei boquiaberto, com o coração a mil, acho que já posso pedi-la em casamento, consegui fazer com que Eleanor Cross se apaixonasse.
E ficamos assim, abraçados como se nada mais nos importasse, como se fôssemos apenas nós dois no mundo.

~*~

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Um Casamento Por VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora