Capítulo 50

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Eleanor narrando

Mais um dia super agitado pra mim, agora estou comendo o meu pequeno-almoço aqui no restaurante do hotel, pedi ovos e bacon e um chocolate quente, comi calmamente pra não ter um mau estar da noite anterior.

Depois chamei um táxi e fui conhecer mais um apartamento, três na verdade, e só o segundo é que me agradou, tem uma vista maravilhosa, dois quartos, com banheiro, uma sala magnífica, amei o tecto, uma arquitetura incrível, uma cozinha espaçosa pra eu experimentar as minhas receitas e uma mini varanda pra eu poder ler os meus livros. Enfim, amei, gosto que tenham dois quartos porque já estou a contar com visitas, a Jacque, o Billy, a Ash, porque os meus pais se vierem pra cá provavelmente arredariam uma casa, eles são previsíveis.

Estou a sair agora do último apartamento, o que tem quatro quartos e é enorme pra caramba, mas já decidi ficar com o segundo, por isso estou agora a voltar para o táxi pra me deixar lá novamente para eu poder fechar o negócio o mais rápido possível.

- A senhora está bem? - pergunta o taxista depois de eu quase ter caído quando ia subir no carro.

- Estou, obrigada.-deve ser uma queda de pressão, eu ainda não comi nada desde o meu pequeno-almoço de hoje cedo.— O senhor poderia comprar uma bolacha pra mim naquele supermercado por favor?

- Posso sim, mas acho que uma comida consistente seria muito melhor.

- Não, por enquanto vou querer só as bolachas, compra algo pra o senhor também ou fique com o troco.

- A senhora é muito gentil.-diz ele e eu agradeço. Bebo a minha água enquanto espero que ele volte e num piscar de olhos ele aparece com as minhas bolachas.

Explico a ele pra voltarmos naquele outro apartamento e devoro todas as minhas bolachas, estava faminta ou então elas são mesmo boas.

- Sabia que voltaria.-diz a senhora de cabelos grisalhos e eu sorrio.

- Gostei muito do apartamento.-digo.

- Eu queria muito que o meu filho morasse aqui mas aquela mulherzinha que ele arranjou só faz escolhas por ele.-diz ela indignada. Pelo o que eu pude entender, ela queria decidir na vida do filho e provavelmente tenha sugerido que o filho morasse aqui porque ela vive de frente para este prédio mas a nora dela não deve ter gostado da ideia de viver perto da sua sogra.

- Eu lamento imenso.

- Não lamentes querida, ainda bem que você gostou, vai querer ficar com ele? - eu digo que sim e alguém bate na porta e a senhora vai atender.

- Mãe eu já estou indo lá pra feira, não vou aguentar te esperar mais.-entra uma jovem dos seus dezoito anos talvez com duas sestas de comida.

- Eu já estou indo.-diz ela.—Oh, esta é a minha caçulinha, a Jane, e ela é a Eleanor, a nova inquilina.-cumprimento-a.

- Nós estamos fazendo uma feira gastronômica lá na praça, tem um monte de comidas saborosas. Quer provar um? - pergunta ela me estendendo sua sesta com cupcakes e eu aceito.

- Nossa que delicioso, amei, acho que vou passar por lá.-digo e ela ri. — Posso provar mais um? - pergunto receosa e elas riem da minha timidez. Era suposto provar um e comprar os restantes, mas estou com uma fome tremenda que nem sei explicar.

- Claro, você está comendo por dois.-diz a senhora e eu a reparo confusa. 

- Não, como assim? Eu não estou grávida.-digo me lambuzando de mais um cupcake.

- Não? Eu ia jurar que estava diante de uma mulher grávida.

- Porquê? Estou gorda? - pergunto curiosa.

- Não liga não, você está óptima, a mamãe é que tem um sexto sentido para essas coisas, foi assim com a minha cunhada, ela conseguiu notar antes mesmo dela.

- Mas desta vez acho que não acertou.-digo e elas assentem. 

Depois falamos de negócios, fechamos o contrato, depois ela disse que o filho reconhecerá tudo, para que esteja dentro da lei pois ele é advogado.

Quando saímos do seu apartamento, senti aquele mau estar como de ontem e náuseas novamente, o que me fez correr para o banheiro. Começo a vomitar tudo e mais um pouco, então sinto mãos segurando o meu cabelo e me deixo estar ao lado da sanita.

Depois de tirar tudo, levanto e lavo a minha boca. Não, eu não posso estar grávida, não pode ser, é só um mau estar, dois dias seguidos, mas é um mau estar. Fico nervosa ao lembrar que parei de tomar pílulas e parei também de usar camisinha com o William porque nós já éramos casados então não vi necessidade, eu sei, sou muito burra, mas eu não posso estar grávida logo agora. 

As duas mulheres a minha frente se entreolham e depois olham pra mim esperando que eu diga algo.

- Eu não posso estar grávida.-digo saindo do banheiro e elas me seguem até a sala.

- E a sua menstruação?

- Está atrasada, mas isso é normal pra mim, é sempre irregular.-digo nervosa.

- Fica calma querida, mas existe ou não probabilidade de você estar grávida? -pergunta a senhora.

- Existe sim.-digo e começo a andar de um lado para o outro.

- Então faça um teste, pode ser de farmácia mesmo, eu poderia te ajudar mas nós precisamos ir a feira, acontece todos os anos então é muito importante para nós.

- Eu entendo, muito obrigada.-digo e saímos do apartamento.

Meu coração vai a mil com a probabilidade de eu estar grávida, então decido passar da farmácia para comprar o tal teste e depois volto para o hotel. Fiquei até sem vontade de comer mas ao mesmo tempo preciso de comer porque não tenho nada no estômago.

Pedi serviço do meu quarto, optei por pedir cannellonis, e um sumo natural de fruta. Fiquei a dar voltas no quarto então decidi que tinha mesmo que fazer o teste, segui todas as instruções da caixa e esperei o resultado.

Traçou-se o primeiro risco que me fez suspirar, mas a alegria durou pouco quando se desenhou o segundo. Pois é, eu estou mesmo grávida, grávida e sozinha. Começo simplesmente a chorar, não sei se é de raiva ou de emoção, só sei que me deixo estar lá no banheiro e choro tudo, deve ser por causa dos hormônios, visto que estou grávida.

~*~

E Boom!!! Mais outra bomba, será que agora, sabendo da gravidez a Eleanor irá perdoar o William?

Contentem aí o que vocês acham😍😍

Um Casamento Por VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora