Eleanor narrando
Mais um dia super agitado pra mim, agora estou comendo o meu pequeno-almoço aqui no restaurante do hotel, pedi ovos e bacon e um chocolate quente, comi calmamente pra não ter um mau estar da noite anterior.
Depois chamei um táxi e fui conhecer mais um apartamento, três na verdade, e só o segundo é que me agradou, tem uma vista maravilhosa, dois quartos, com banheiro, uma sala magnífica, amei o tecto, uma arquitetura incrível, uma cozinha espaçosa pra eu experimentar as minhas receitas e uma mini varanda pra eu poder ler os meus livros. Enfim, amei, gosto que tenham dois quartos porque já estou a contar com visitas, a Jacque, o Billy, a Ash, porque os meus pais se vierem pra cá provavelmente arredariam uma casa, eles são previsíveis.
Estou a sair agora do último apartamento, o que tem quatro quartos e é enorme pra caramba, mas já decidi ficar com o segundo, por isso estou agora a voltar para o táxi pra me deixar lá novamente para eu poder fechar o negócio o mais rápido possível.
- A senhora está bem? - pergunta o taxista depois de eu quase ter caído quando ia subir no carro.
- Estou, obrigada.-deve ser uma queda de pressão, eu ainda não comi nada desde o meu pequeno-almoço de hoje cedo.— O senhor poderia comprar uma bolacha pra mim naquele supermercado por favor?
- Posso sim, mas acho que uma comida consistente seria muito melhor.
- Não, por enquanto vou querer só as bolachas, compra algo pra o senhor também ou fique com o troco.
- A senhora é muito gentil.-diz ele e eu agradeço. Bebo a minha água enquanto espero que ele volte e num piscar de olhos ele aparece com as minhas bolachas.
Explico a ele pra voltarmos naquele outro apartamento e devoro todas as minhas bolachas, estava faminta ou então elas são mesmo boas.
- Sabia que voltaria.-diz a senhora de cabelos grisalhos e eu sorrio.
- Gostei muito do apartamento.-digo.
- Eu queria muito que o meu filho morasse aqui mas aquela mulherzinha que ele arranjou só faz escolhas por ele.-diz ela indignada. Pelo o que eu pude entender, ela queria decidir na vida do filho e provavelmente tenha sugerido que o filho morasse aqui porque ela vive de frente para este prédio mas a nora dela não deve ter gostado da ideia de viver perto da sua sogra.
- Eu lamento imenso.
- Não lamentes querida, ainda bem que você gostou, vai querer ficar com ele? - eu digo que sim e alguém bate na porta e a senhora vai atender.
- Mãe eu já estou indo lá pra feira, não vou aguentar te esperar mais.-entra uma jovem dos seus dezoito anos talvez com duas sestas de comida.
- Eu já estou indo.-diz ela.—Oh, esta é a minha caçulinha, a Jane, e ela é a Eleanor, a nova inquilina.-cumprimento-a.
- Nós estamos fazendo uma feira gastronômica lá na praça, tem um monte de comidas saborosas. Quer provar um? - pergunta ela me estendendo sua sesta com cupcakes e eu aceito.
- Nossa que delicioso, amei, acho que vou passar por lá.-digo e ela ri. — Posso provar mais um? - pergunto receosa e elas riem da minha timidez. Era suposto provar um e comprar os restantes, mas estou com uma fome tremenda que nem sei explicar.
- Claro, você está comendo por dois.-diz a senhora e eu a reparo confusa.
- Não, como assim? Eu não estou grávida.-digo me lambuzando de mais um cupcake.
- Não? Eu ia jurar que estava diante de uma mulher grávida.
- Porquê? Estou gorda? - pergunto curiosa.
- Não liga não, você está óptima, a mamãe é que tem um sexto sentido para essas coisas, foi assim com a minha cunhada, ela conseguiu notar antes mesmo dela.
- Mas desta vez acho que não acertou.-digo e elas assentem.
Depois falamos de negócios, fechamos o contrato, depois ela disse que o filho reconhecerá tudo, para que esteja dentro da lei pois ele é advogado.
Quando saímos do seu apartamento, senti aquele mau estar como de ontem e náuseas novamente, o que me fez correr para o banheiro. Começo a vomitar tudo e mais um pouco, então sinto mãos segurando o meu cabelo e me deixo estar ao lado da sanita.
Depois de tirar tudo, levanto e lavo a minha boca. Não, eu não posso estar grávida, não pode ser, é só um mau estar, dois dias seguidos, mas é um mau estar. Fico nervosa ao lembrar que parei de tomar pílulas e parei também de usar camisinha com o William porque nós já éramos casados então não vi necessidade, eu sei, sou muito burra, mas eu não posso estar grávida logo agora.
As duas mulheres a minha frente se entreolham e depois olham pra mim esperando que eu diga algo.
- Eu não posso estar grávida.-digo saindo do banheiro e elas me seguem até a sala.
- E a sua menstruação?
- Está atrasada, mas isso é normal pra mim, é sempre irregular.-digo nervosa.
- Fica calma querida, mas existe ou não probabilidade de você estar grávida? -pergunta a senhora.
- Existe sim.-digo e começo a andar de um lado para o outro.
- Então faça um teste, pode ser de farmácia mesmo, eu poderia te ajudar mas nós precisamos ir a feira, acontece todos os anos então é muito importante para nós.
- Eu entendo, muito obrigada.-digo e saímos do apartamento.
Meu coração vai a mil com a probabilidade de eu estar grávida, então decido passar da farmácia para comprar o tal teste e depois volto para o hotel. Fiquei até sem vontade de comer mas ao mesmo tempo preciso de comer porque não tenho nada no estômago.
Pedi serviço do meu quarto, optei por pedir cannellonis, e um sumo natural de fruta. Fiquei a dar voltas no quarto então decidi que tinha mesmo que fazer o teste, segui todas as instruções da caixa e esperei o resultado.
Traçou-se o primeiro risco que me fez suspirar, mas a alegria durou pouco quando se desenhou o segundo. Pois é, eu estou mesmo grávida, grávida e sozinha. Começo simplesmente a chorar, não sei se é de raiva ou de emoção, só sei que me deixo estar lá no banheiro e choro tudo, deve ser por causa dos hormônios, visto que estou grávida.
~*~
E Boom!!! Mais outra bomba, será que agora, sabendo da gravidez a Eleanor irá perdoar o William?
Contentem aí o que vocês acham😍😍
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Um Casamento Por Vingança
RomanceWilliam Johnson, homem lindo, o solteiro mais cobiçado, jovem milionário herdeiro único dos seus pais, dono de umas das maiores empresas de jóias do mundo. Seus pais morreram num trágico acidente de carro, acidente este que William acredita ter sido...