William narrando
Acordei feliz da vida, cantarolando em todos os contos da casa, agora tudo tem mais sentido, tudo tem mais cor. Depois de banho tomado, visto um terno cinza e uma camisa azul clara, escolho uma gravata preta com alguns detalhes cinzas e uns sapatos pretos.
- Não te via assim há anos.-diz Gladys sorrindo pra mim.
- Pois é Gladys, agora tudo faz mais sentido.-digo sorrindo pra ela que me serve um café e torradas. Como o mais rápido possível e a despeço.
- Quando vai trazer eles pra cá?
- Em breve, muito em breve.-digo e saio.
Gladys sabe que eu estou me esforçando para ser um bom pai e também para que a Eleanor me perdoe. Não tem sido fácil ficar aqui sabendo que minha outra família está lá, enfim eu faço o que for para ter a Eleanor de volta.
Frank conduz até a JJ e depois saio do carro assim que ele para. Chego no meu andar e é o mesmo estresse de todos os dias, todos correndo de um lado pra outro.
Cumprimento Beverly e vou directo para a minha sala onde começo a revisar a papelada que ela deixou na minha mesa.
Algum tempo depois ouço duas batidas na porta e ordeno que entre.- Tem visitas chefinho! - diz Beverly abrindo a porta e no momento a seguir vejo Eleanor com duas cestas para bebés ou cadeirinhas de carro trazendo os gêmeos e eu levanto sorrindo.
- Ohh vieram visitar o papai.-digo indo até eles e ajudo a Eleanor a entrar com o carrinho.
- Você não merecia.-diz Eleanor e se senta no sofá com eles.
Tiro Lorry da cadeirinha e fico paparicando minha filha.
- Olá princesa do papai.-ela ri e eu sorrio ainda mais, depois entrego a Eleanor e carrego o Tony.
- Campeão! Olá filho.-digo e ele simplesmente me encara.
- Onde vocês estão indo? - pergunto.
- Pra casa, estávamos no hospital.
- O quê? Porquê não me avisou? Eles estão doentes? - Porquê ela não me avisou? Eu teria largado tudo aqui.
- Calma William, foi só pra uma consulta de rotina.
- Mesmo assim eu queria ter ido, eles também são meus filhos.
- Tá, me desculpe.-diz ela.
Ficamos conversando mais um pouco, assim pude brincar com os meus filhos e depois ela se despede. Roubei-lhe um selinho e só faltou a Eleanor voar pra cima de mim, mas ela gostou que eu sei.
- Viste? Eles são lindos não são? - pergunto a Beverly que entra na minha sala logo a seguir.
- São sim, são a tua cara.-diz ela e eu sorrio orgulhoso. — E achei fofo a senhora Eleanor ter dado os nomes dos seus pais a eles.
- A Eleanor é uma mulher surpreendente por isso que eu vou recuperá-la.-não foi a toa que ganhou meu coração.
- E o que o senhor está esperando?
- Um gesto grandioso.-digo e ela me olha confusa.
- O que a senhora Eleanor gosta?
- Ela gosta de coisas simples, pequenos gestos. Mas eu preciso de um gesto grandioso.-digo lembrando do que a Ash me falou.— Vou dar um buquê de rosas, ela vai gostar.
- Mas o senhor já deu isso.
- Já sei! Não vou dar apenas um buquê, mas sim vários.-ela arregala os olhos.—Beverly, compre todos os buquês daquele estabelecimento.
- Todos? - assinto.
- Mande uns para a empresa dela e outros pra sua casa.-não lhe dou chance de protestar. A Eleanor vai amar, porque só com um ela ficou derretida, imagina com vários?
***
Depois de longas horas de trabalho decidi ir para o apartamento da Eleanor, ela não ligou para agradecer e nem mandou sequer uma mensagem, mas lembrei-me que a primeira vez que a ofereci, ela também não agradeceu. Enfim, decido ir conferir de perto se ela gostou.
Toco a campainha no seu apartamento e depois a Sabrina atende. Em todos os cantos têm buquês de rosas, estão espalhados desde a sala até a cozinha, deve ter também no quarto.
- Olá meu amor, gostou da surpresa?-sorrio satisfeito ao vê-la sair do quarto.
- Não.-o meu sorriso se desfaz.—O que vou fazer com todos esses buquês? Hoje na Elline eu tive que dar a todas clientes que entrassem lá e chego aqui em casa encontro isto.
- Então exagerei.-abaixo a cabeça.—Eu só queria te agradar.
- Mas me deixou frustrada.-diz quase num sussurro mas eu ouço.
- Desculpa meu amor, eu só queria te provar que eu realmente me importo contigo e você é como essas rosas que estão aqui, o amor que sinto por ti é tanto que nem cabe no meu coração.-falo me aproximando e ela desvia o olhar.
- William para!
- Você é minha vida Eleanor, eu só quero te fazer feliz.
- Você me destruiu e brincou com os meus sentimentos.
- Isso no passado, antes de você me transformar.-digo quase roubando um beijo até que ela desvia.
- Vai pra tua casa William que os nossos filhos já estão dormindo.
- Posso dormir aqui? -ela abana a cabeça negativamente e eu rio, já sabia que ela não iria aceitar não sei porquê ainda peço.—Vou tomar banho pelo menos.-digo indo ao banheiro e ela fica resmungando qualquer coisa que não ouço.
***
- O que tem pra jantar? - pergunto assim que volto a sala depois do meu banho.
- Mas eu disse que você não podia dormir aqui.-cruza os braços.
- Vai negar um prato de comida ao pai dos teus filhos.-faço drama e ela vai até a cozinha para me servir o jantar. Sentamos juntos e comemos uma deliciosa torta de frango com um sumo natural de laranja.
Sabrina foi dormir e nos deixou a sós na sala, eu não via a hora de ficar apenas com a Eleanor. Me aproximo mais dela e curiosamente, ela não recua.
- Esse filme é bom? - pergunto ao vê-la bastante concentrada na televisão que nem olha pra mim.
- É, eu estou a gostar.-diz ela se aconchegando na coberta. Eu não sei nem o título do filme, não sei nem o que está acontencendo, só estou observando ela, a observar o filme, o que é bastante interessante. Puxo um pouco a coberta para partilharmos e ela não se irrita, então decido brincar um pouco e coloco minha mão na sua perna.
- William! Tira essa tua mão daí.-avisa. Eu pensei que ela estivesse concentrada. Tiro minha mão e passado algum tempo coloco ela de volta, Eleanor me repara com cara de poucos amigos e depois eu tiro.
~*~
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Um Casamento Por Vingança
RomanceWilliam Johnson, homem lindo, o solteiro mais cobiçado, jovem milionário herdeiro único dos seus pais, dono de umas das maiores empresas de jóias do mundo. Seus pais morreram num trágico acidente de carro, acidente este que William acredita ter sido...