Capítulo 63

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William narrando

Acordei feliz da vida, cantarolando em todos os contos da casa, agora tudo tem mais sentido, tudo tem mais cor. Depois de banho tomado, visto um terno cinza e uma camisa azul clara, escolho uma gravata preta com alguns detalhes cinzas e uns sapatos pretos.

- Não te via assim há anos.-diz Gladys sorrindo pra mim.

- Pois é Gladys, agora tudo faz mais sentido.-digo sorrindo pra ela que me serve um café e torradas. Como o mais rápido possível e a despeço.

- Quando vai trazer eles pra cá?

- Em breve, muito em breve.-digo e saio.

Gladys sabe que eu estou me esforçando para ser um bom pai e também para que a Eleanor me perdoe. Não tem sido fácil ficar aqui sabendo que minha outra família está lá, enfim eu faço o que for para ter a Eleanor de volta.

Frank conduz até a JJ e depois saio do carro assim que ele para. Chego no meu andar e é o mesmo estresse de todos os dias, todos correndo de um lado pra outro.

Cumprimento Beverly e vou directo para a minha sala onde começo a revisar a papelada que ela deixou na minha mesa.
Algum tempo depois ouço duas batidas na porta e ordeno que entre.

- Tem visitas chefinho! - diz Beverly abrindo a porta e no momento a seguir vejo Eleanor com duas cestas para bebés ou cadeirinhas de carro trazendo os gêmeos e eu levanto sorrindo.

- Ohh vieram visitar o papai.-digo indo até eles e ajudo a Eleanor a entrar com o carrinho.

- Você não merecia.-diz Eleanor e se senta no sofá com eles.

Tiro Lorry da cadeirinha e fico paparicando minha filha.

- Olá princesa do papai.-ela ri e eu sorrio ainda mais, depois entrego a Eleanor e carrego o Tony.

- Campeão! Olá filho.-digo e ele simplesmente me encara.

- Onde vocês estão indo? - pergunto.

- Pra casa, estávamos no hospital.

- O quê? Porquê não me avisou? Eles estão doentes? - Porquê ela não me avisou? Eu teria largado tudo aqui.

- Calma William, foi só pra uma consulta de rotina.

- Mesmo assim eu queria ter ido, eles também são meus filhos.

- Tá, me desculpe.-diz ela.

Ficamos conversando mais um pouco, assim pude brincar com os meus filhos e depois ela se despede. Roubei-lhe um selinho e só faltou a Eleanor voar pra cima de mim, mas ela gostou que eu sei.

- Viste? Eles são lindos não são? - pergunto a Beverly que entra na minha sala logo a seguir.

- São sim, são a tua cara.-diz ela e eu sorrio orgulhoso. — E achei fofo a senhora Eleanor ter dado os nomes dos seus pais a eles.

- A Eleanor é uma mulher surpreendente por isso que eu vou recuperá-la.-não foi a toa que ganhou meu coração.

- E o que o senhor está esperando?

- Um gesto grandioso.-digo e ela me olha confusa.

- O que a senhora Eleanor gosta?

- Ela gosta de coisas simples, pequenos gestos. Mas eu preciso de um gesto grandioso.-digo lembrando do que a Ash me falou.— Vou dar um buquê de rosas, ela vai gostar.

- Mas o senhor já deu isso.

- Já sei! Não vou dar apenas um buquê, mas sim vários.-ela arregala os olhos.—Beverly, compre todos os buquês daquele estabelecimento.

- Todos? - assinto.

- Mande uns para a empresa dela e outros pra sua casa.-não lhe dou chance de protestar. A Eleanor vai amar, porque só com um ela ficou derretida, imagina com vários?

***

Depois de longas horas de trabalho decidi ir para o apartamento da Eleanor, ela não ligou para agradecer e nem mandou sequer uma mensagem, mas lembrei-me que a primeira vez que a ofereci, ela também não agradeceu. Enfim, decido ir conferir de perto se ela gostou.

Toco a campainha no seu apartamento e depois a Sabrina atende. Em todos os cantos têm buquês de rosas, estão espalhados desde a sala até a cozinha, deve ter também no quarto.

- Olá meu amor, gostou da surpresa?-sorrio satisfeito ao vê-la sair do quarto.

- Não.-o meu sorriso se desfaz.—O que vou fazer com todos esses buquês? Hoje na Elline eu tive que dar a todas clientes que entrassem lá e chego aqui em casa encontro isto.

- Então exagerei.-abaixo a cabeça.—Eu só queria te agradar.

- Mas me deixou frustrada.-diz quase num sussurro mas eu ouço.

- Desculpa meu amor, eu só queria te provar que eu realmente me importo contigo e você é como essas rosas que estão aqui, o amor que sinto por ti é tanto que nem cabe no meu coração.-falo me aproximando e ela desvia o olhar.

- William para!

- Você é minha vida Eleanor, eu só quero te fazer feliz.

- Você me destruiu e brincou com os meus sentimentos.

- Isso no passado, antes de você me transformar.-digo quase roubando um beijo até que ela desvia.

- Vai pra tua casa William que os nossos filhos já estão dormindo.

- Posso dormir aqui? -ela abana a cabeça negativamente e eu rio, já sabia que ela não iria aceitar não sei porquê ainda peço.—Vou tomar banho pelo menos.-digo indo ao banheiro e ela fica resmungando qualquer coisa que não ouço.

***

- O que tem pra jantar? - pergunto assim que volto a sala depois do meu banho.

- Mas eu disse que você não podia dormir aqui.-cruza os braços.

- Vai negar um prato de comida ao pai dos teus filhos.-faço drama e ela vai até a cozinha para me servir o jantar. Sentamos juntos e comemos uma deliciosa torta de frango com um sumo natural de laranja.

Sabrina foi dormir e nos deixou a sós na sala, eu não via a hora de ficar apenas com a Eleanor. Me aproximo mais dela e curiosamente, ela não recua.

- Esse filme é bom? - pergunto ao vê-la bastante concentrada na televisão que nem olha pra mim.

- É, eu estou a gostar.-diz ela se aconchegando na coberta. Eu não sei nem o título do filme, não sei nem o que está acontencendo, só estou observando ela, a observar o filme, o que é bastante interessante. Puxo um pouco a coberta para partilharmos e ela não se irrita, então decido brincar um pouco e coloco minha mão na sua perna.

- William! Tira essa tua mão daí.-avisa. Eu pensei que ela estivesse concentrada. Tiro minha mão e passado algum tempo coloco ela de volta, Eleanor me repara com cara de poucos amigos e depois eu tiro.

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