30.

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Me perdi de novo, lembrando de alguns momentos e situações, podia ser só coisa da minha cabeça também, né? Vai ver não era nada e eu tava esquentando a mente, ficando de cara quente sem precisão.

- Porra tá voando pra caralho ein. - Mateus falou dando um pedala na minha cabeça. -

- Foi mal, viado. - eu disse jogando um gelo nele. - Mas qual foi?

- Qual foi, foi ontem. Bagulho é resenha, vamo brotar em Saquarema po, surf, mar, altinha, cerveja. - O Mateus disse. -

- To com tua vida não, meu parceiro. - Kaio falou. - Cheio de pica pra resolver.

- Ah, qualé.

- Pior que é verídico esse papo. - Felipe disse dando um gole na cerveja. - Vou ficar maluco com tanto projeto que esses filhos da puta tão arrumando.

- Nem me fale. - disse coçando a cabeça. -

- Ah qual foi, um final de semana não vai matar. Bora agitar, sempre acaba dando certo, faz tempo que a gente não puxa.

- Tá maluco, filhão. Vou é comemorar meus 7 anos de casado, bagulho vai ser só no amor, viajar com a patroa.

- Ihhh, caralho. 7 anos já e tu segue vivo, nunca imaginei. - Kaio gastou ele. -

- Contrariando as estatísticas. - ele falou rindo. -

- Namoral, pior que o tempo tá passando rápido pra caralho, que porra é essa?! - Felipe falou. -

- Mas oh, vamo organizar essa porra pra depois que eu chegar de viagem, em cima da hora não tá pra gente cair por Saquarema, mas organizando direitinho, da certo porra.

- Por isso que tu é meu irmão, tá vendo. Tu é meu mesmo. - Mateus disse pro Bernardo. -

A gente continuou resenhando mais um pouco ali e por volta das 01:30 fomos pra casa. Tava no elevador quando olhei o celular e tinha mensagem da Roberta perguntando se eu ainda ia demorar muito, que ela queria dormir, ri comigo mesmo, se eu falo que não vou chegar tarde, ela tem mania de ficar me esperando pra dormir. Ja entrei no apartamento indo pro quarto, ela tava deitada na cama, toda coberta, quase dormindo. Peguei o controle pra desligar a televisão e ela despertou.

- To assistindo, coisa chata. - disse me olhando e eu abaixei pra da um selinho nela, que fez cara de nojo por eu ainda tá suado. - Eita fedô! - ela riu e me deu mais um selinho. -

- Que é que você acha que tá vendo aí?

- Netflix. E você nem pra avisar que ia demorar, né?

- Fiquei resenhando com os moleques, amor. Mas to aqui. - falei abrindo os braços. - Todo teu, tá vendo.

- Idiota. - ela disse rindo. - Vai já tomar um banho e vem deitar comigo.

- Você não pede, você manda!

Tomei um banho rápido pra tirar aquela sujeira e suor de mim, fiz as higienes lá e me vesti com uma calça de moletom, Roberta deixava o quarto frio pra caralho, cheguei no quarto ela tava deitada mexendo no celular, me aconcheguei nela e senti que ela tava quente pra caralho.

- Que isso? Cê tá pegando fogo, amor. E nem é no bom sentido.

- Tive um pouco de febre mas achei que já tivesse passado.

- Passado? Porra, cê tá quente pra caralho ai. Onde que tá o termômetro?

- Tá na mesinha aqui do lado, pera. - ela se esticou pra pegar o termômetro e colocou nela mesmo, quando apitou 37.8 -

- Caralho amor, olha isso. Tu tomou remédio?

- Tomei chá. - revirei os olhos. -

- E comer? Cê pelo menos comeu? Quando eu sai você tava dormindo, voltei cê já tava quase dormindo também.

- Não to com fome.

- Tá de sacanagem, né? Porra. Você tinha que ter me falado que eu tinha trago pra você.

- Ai, não briga comigo. - falou fazendo bico -

- Não to brigando, minha deusa. - me agarrei nela. - Mas to preocupado amor, você não tá bem. - cheirei seu pescoço. - Cê acha que é o que?

- Acho que é minha menstruação, desceu hoje depois da praia, muito sol que eu peguei também.

- Ué... - falei estranhando, que eu me lembre, ela já tinha menstruado esse mês. Aouu, vai entender as mulheres. - Mas ein, você tem que comer algo amor, vou pedir uma sopa, tá? Só pra você tomar com o remédio.

Roberta ficou teimando comigo de que não ia ter nada aberto, pra deixar pra lá e bla bla bla, mas eu não liguei. Mandei ela ficar quietinha e fui atrás de entrega, achei de um restaurante que a gente sempre pedia e não demorou muito pra chegar, coloquei no prato com uma colher e levei pra ela comer, a teimosa que não tava com fome acabou que comeu tudo. Fiquei deitado na cama esperando ela voltar, que tinha ido escovar os dentes e fiquei admirando ela vindo até mim, toda linda, descalça, com um camisetão meu e de óculos.

- Que foi, que você tá olhando pra mim assim? - ela disse engatinhando na cama na minha direção. -

- Eu te amo, sabia? - falei colocando uma mecha do cabelo dela pra trás. - Te amo pra caralho, minha deusa. - falei e ela sorriu. -

- Amo quando você fala assim. - ela disse me dando um selinho. - Amo tanto você. - falou me jogando pra trás e se deitando em cima de mim, entrelaçando as pernas nas minhas. -

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