VNCS - Flashs ✨

epílogo 🤍

12 anos depois...

Tava indo buscar o Arthur na escolinha de futebol, meu bebê tá tão lindo, coisa mais linda do mundo. Tão inteligente, esforçado, meu filho é o pai todinho, todo educadinho, tão calmo, desde bebê ele sempre foi calmo, por isso que não chorou assim que nasceu.

Parecia que nem tinha outra criança em casa, era só a Antonella, ele era como nem existia porque não dava um pio, até quis procurar uma fono, ele não era de falar muito. Mas que nada, era a calma que era grande demais. Era incrível como ele era igual ao Bernardo em tudo, de tanto que eu pedia pra ele ser igual ao Bernardo, veio idêntico mesmo.

Meu filho treina na escolinha do Flamengo, orgulho desse pai dele. Bernardo não perde um jogo de base, por ele, ele tava até nos treinos. Ainda mais que tem uns 4 anos que ele vai pro escritório raramente, faz tudo de casa, ou tem outras pessoas pra fazer por ele. Ai é assim, vive pra acompanhar o Arthur em tudo relacionado ao futebol. Diz ele que meu filho vai virar profissional, que ele não vê a hora de tá com a camisa autografada do Flamengo com o autógrafo do filho dele.

Nem preciso dizer que o resto todo coloca a mesma expectativa no Arthur né, até mesmo porque, meu bebê foi o único que deu realmente pra jogar bola. Guilherme passou longe, aquele ali, não nega o pai. Só quer farra, aprendeu a mexer com eventos com a tia aqui e aí fodeu. Meu afilhado é a coisa mais linda, não tem quem diga que só tem 19 anos, parece um homenzão.

Benjamin, pior. Negócio dele é que nem os pais dele, tá no mar, surf o dia inteiro. Não sei nem como ele vai pro colégio ainda, diz Marcela que ele chegou dizendo que tinha que colocar pra estudar de noite, porque de manhã e de tarde tem que treinar pra ser surfista profissional. Vê se eu aguento, nem de maior é e já quer se mandar desse jeito. Vini até que jogou por um tempo, mas tadinho do meu príncipe, machucou o joelho e teve que largar, só pelada com os velhotes agora.

- Benção, mãe. - Falou assim que entrou no carro e me deu um beijo no rosto, todo cheiroso. Todo de preto também e sempre de nike. Já disse que esse menino é o pai dele? -

- Deus te abençoe meu bebê. - Ele olhou pra mim e riu balançando a cabeça, ele sabe que nunca vou deixar de chamar ele de bebê, por isso nem liga mais. -

- Professor disse que tenho que continuar no ritmo que eu to, se eu continuar assim vai ser mais difícil ainda tirar minha titularidade. - falou enquanto mexia no celular, falando com o pai dele por vídeo chamada. eu aguento?! -

- Te disse, po! Você é focado moleque. Tem que continuar no seu foco, tu é o brabo filho. Vira o celular aí pra tua mãe. - falou e eu olhei quando paramos no sinal. - Oh, quando tu chegar, tu conversa aqui com tua filha tá. Já cansei de falar a mesma coisa. - eu ri, Arthur riu também. - Não to vendo a graça que vocês veem.

- Coé coroa, olha o coração. - Arthur falou implicando. -

- Já falei pra você deixar ela quieta, se ela tivesse alguma coisa pra contar, ela já teria contado. To chegando em casa, você já ajeitou todas as coisas pra mais tarde?

- Já né, cara.

- Hm, acho bom! - falei e devolvi o celular pro Arthur. -

- Anto vai deixar o coroa grisalho logo, que isso.

- E você para de ficar colocando pilha também, tá? Deixa sua irmã.

- Ué! - ele riu. - A gente que tá certo, quer na boquinha ela, é mole. Falou com ninguém pra tá querendo namorar não.

Olhei pra ele seria e ele se fechou, mas querendo rir, conheço os filhos que eu coloquei no mundo. Olha só essa peste, com 12 anos e esse ciúmes e querendo implicar com a irmã desse jeito. Ele fala assim, mas é um grude naquela irmã dele, na verdade, os dois são muito unidos, graças a Deus. Coisa mais rica da minha vida são meus dois filhos. No começo, a Antonella demorou um pouco pra se acostumar em dividir a atenção com outro bebê, mas isso durou até os primeiros 4 meses só, depois era o grude que eles são até hoje. E eu não podia ser mais grata por isso.