VNCS - Flashs ✨

64.

MARATONA 1/5

Acho que a Roberta ia comprar o supermercado todo, não sei se ela achava que ia fazer um banquete, tinha esquecido que era só um jantar. A gente já tinha andado pra caralho dentro daquele supermercado.

- Amor, não era muito mais fácil você pedir a comida do restaurante? - falei como se fosse óbvio e ela me olhou como se fosse me matar. -

- Claro que não, André. Se vou dar um jantar na minha casa é claro que eu vou cozinhar, eu ein, que maluquice.

- Maluca, mas você quem assinou todos os pratos daquele restaurante, ué.

- Não é a mesma coisa, eu não to lá pra cozinhar.

- E não vai voltar tão cedo e não era nem pra cozinhando também, você não pode fazer muito esforço. - fomos caminhando até o caixa. -

- Depois a gente conversa sobre isso... - ela disse. - até mesmo porque a médica até me recomendou uns exercícios.

- Sim, uns exercícios tipo yoga que eu já falei pra você marcar. Não fazer uma maratona na cozinha do restaurante que nós dois sabemos o quanto te estressa. Então a gente não precisa falar sobre isso porque não tem discussão.

- Olha só, você é o pai dos meus filhos e não o meu, viu? - ela disse rindo e me abraçou por trás, enquanto eu pagava. -

- Não sou o seu mas sou teu homem, po. E você sabe que o que eu disse é o certo pra vocês três. - ela assentiu e passou na minha frente, enquanto eu arrastava o carrinho até nosso carro. - Quer parar em algum lugar pra comer? Já tá quase na hora de você almoçar.

- Agora que você falou, to morrendo de fome mesmo. - ela disse se ajeitando no carro. - vamos comer no Out, por favorzinho.

- Você manda minha deusa. - Dirigi até o restaurante pra gente comer, com a graça de Deus não tava cheio, nem por mesa a gente esperou. É, pequenos milagres existem. -

ROBERTA.

Tinha comido tanto, que tava mais cheia que tudo. Fiquei observando o André guardar as compras na nossa despensa, aqui em casa tava sendo assim, ele não queria me deixar fazer nada. Eu posso com isso, mandei ele separar algumas coisa pra eu deixar preparado pro jantar que eu ia fazer e aproveitei pra ligar pra minha mãe.

- Oi filhota! - ela disse atendendo rápido. -

- Oi mãe! Como a senhora tá? Cadê meu pai?

- To bem minha filha! Seu pai tá lá no quarto.

- Chama ele pra mim, mãe. Fazendo o favor, quero falar com vocês dois.

- Ih, Roberta! Que é que você quer falar com nós dois ein menina? Ai meu Deus, ô Antônio! Desce aí meu filho, Roberta quer falar com a gente. Cadê o André?

- To aqui sogra! - ele disse aparecendo por trás de mim, me abraçando pelo ombro. -

- Aí meu filho, o que essa menina tá me aprontando agora? Tenho nem mais coração pra isso. - o André só ria, aí minha mãe é exagerada demais, meu Deus. -

- Que isso? O que tá pegando fogo? - meu pai apareceu rindo. - Oi bebê do pai! E aí André, tá bão?

- Fala meu sogro, tudo tranquilo. Por esses dias vou tá mandando aquelas carnes de churras prai. - meu pai fez joinha com a mão. -

- Então gente, eu e o André vimos hoje da médica...

- Que médica, Roberta? Você tá com alguma coisa André? Ai meu Deus, é você filha? - eu ri com a cara que meu pai tava fazendo do desespero da minha mãe, ele implica muito com ela por ela ser muito exagerada. -