VNCS - Flashs ✨

35.

VALENTINA.

A semana tinha corrido normal, entre idas ao médico, milhares de idas por DIA na agência pra deixar tudo que eu já tinha resolvido pros dias que eu ficaria fora, cuidar da Antonella e trabalho em casa, eu estava mais cansada do que o normal, mais esgotada que o normal e eu sabia o por quê.

- Você precisa me ajudar pra isso dê certo! - eu falei dando um selinho no Bernardo e tirando minha roupa, eu sei que não podia ficar cobrando muito tempo do Bernardo porque ele também tava se virando como podia no escritório de advocacia, com os turnos dele e tudo mais. Mas a gente ia ficar 4 dias longes da Antonella e eu nunca tinha passado tantos dias longe dela, eu me sentia culpada por isso e precisava que ela tivesse tendo toda atenção possível, se não fosse minha por está lotada de trabalho, seria do Bernardo. -

- Eu sei amor, desculpa. - ele falou coçando a cabeça. - Mas amanhã vai da pra eu ficar com ela o dia todo.

- Ótimo! - falei do banheiro, estava tomando banho enquanto o Bernardo tava escorado na minha pia do banheiro. -

- Vai ter algum evento amanhã? - Bernardo perguntou pelo fato de já ser quinta feira e normalmente nossa agenda começava lá. -

- Vai. Mas não vou tá escalada, ajeitei tudo e deixei tudo com eles justamente por isso, não tem como eu ir pra o evento sendo que a gente já vai viajar depois de amanhã. - Sai do banho me enrolando na toalha e indo em direção ao closet, meu carrapatinho veio atrás. -

- Programei um negócio pra nós três amanhã, de tarde. - me vesti e me virei pra ele. -

- Foi? - falei com empolgação na voz - Posso saber o que é?

- Vamos passear, ué.

- Hmmm... - falei dando um beijo rápido nele. -

- Cê tá cansada né pretinha? - ele disse apertando minha cintura. -

- Demais.

- Vem, vamo pra cama pra eu te fazer uma massagem.

Eu sorri e fomos pra cama, me deitei de costas e senti ele pedir por espaço entre as minhas pernas, começou uma massagem gostosa demais que já tava até me dando sono, tinha agradecido mentalmente por a Antonella já está dormindo quando eu cheguei, hoje eu estava realmente quebrada e era mais fácil ela me colocar pra dormir do que eu colocar ela. Bernardo terminou a massagem e se deitou me puxando pros braços dele.

- É um saco ter que dormir sem você... - falei mordendo o seu lábio. - Promete que você vai pensar no que eu te disse? Você não precisa mais tá com essa rotina. - falei olhando pra ele. -

- Não fica me olhando assim que é jogo baixo. Eu prometo, tá? - me deu um beijo. - Fica tranquila.

- É sério, você me pediu pra interromper os remédios tem três meses já, eu sei que a gente ainda não tá tentando firme, mas você sabe que só vou conseguir fazer isso quando você fazer nosso combinado, né?

- Eu sei, amor. E eu to tentando, já to ajeitando os papéis todos. Relaxa e tenta dormir, você tá cansada. - Bernardo ficou fazendo cafuné no meu cabelo, até que eu já estava quase dormindo e ele se levantou. -

- Amor... - chamei com a voz um tanto quanto sonolenta. -

- Oi.

- Antes de sair, pega a Antonella e coloca ela na cama comigo. - ouvi ele rir. -

- Pode deixar.

Bernardo tinha que ir pro turno dele que começava 23h e ia até a manhã do outro dia, infelizmente eu era acostumada com a rotina doida do meu marido, mas dormir sem ele sempre seria o maior dos meus problemas. Senti um peso na cama e em seguida o cheirinho do meu bebê.

- To indo, ta? Eu amo vocês.

- Te amo. - Me aconcheguei na minha princesa e dormi que nem bebê.

Na manhã seguinte, acordei cedo com o despertador, tinha que ajeitar a Anto pra levar ela pra escola, apesar de ser uma preguiçozinha, minha bebê não dava trabalho pra ir pra escola, ela até gostava bastante, acho que por todo os outros pirralhinhos estudarem na mesma.

- Amor da mãe, acorda. Vamo banhar pra ir pra escola. - falei cutucando ela que rápido acordou. - Quer tomar banho com a mãe? - ela assentiu ainda de olhinhos fechados sentada na cama. -

Fomos pro banheiro e eu ajeitei a banheira pra gente tomar banho, tomamos até que um banho rápido pra não perder a hora, me enrolei no meu roupão.

- Fica aqui que a mamãe vai pegar um pra você, tá? - abri o armário do banheiro pra pegar um que sempre deixava ali pra ela, ajudei ela a sair e a enrolei. Fizemos nossas higienes e eu deixei ela sentada enquanto eu vestia uma roupa. -

Coloquei um macacão longo, ajeitei meu cabelo num rabo de cavalo e peguei meu óculos de sol.

- Vamos amor de mãe. - falei indo com ela até o quarto dela, pra ajudar ela a se vestir, colocou o uniforme da escola bonitinho e eu fui ajeitar o cabelo dela,  em questão de arrumar roupa e cabelo da Antonella eu sempre tratei ela que nem uma boneca, eu babava não minha filha, arrumava como se fosse sei lá, um tesouro. Acho que isso é muito de mãe de menina, né? Nossa, eu virei uma besta depois que me tornei mãe. -

- Tá bom, mamãe. Já tá bom assim. - ela disse já querendo começar a se irritar. -

- Ok, ok... você tá a Anto Gatinha da mamãe. - falei pra ela e ela fez bico, só minha mãe chamava a Antonella de Anto Gatinha e ela geniosa como é (e só Deus sabe de onde ela puxou isso), detestava o apelido e sempre ficava emburrada quando chamava. - Vamos comer pra poder ir? - ela assentiu e descemos. -

Pra minha surpresa, encontramos uma mesa linda de café da manhã toda montada e eu encontrei um Bernardo em pé ajeitando algumas coisas da mesa.

- Que surpresa boa é essa? - falei dando um beijo nele. -

- Falei que tinha programado coisas pra gente. - ele segurou minha cintura e me deu outro beijo rápido. -

Comemos e o Bernardo disse que ele ai deixar a Antonella, que eu podia ficar e eu agradeci mentalmente de novo, nossa, como eu tava precisando.