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Alguém falou MARATONA? 🤭 | 1/5
BERNARDO.

Já tinha passado três dias desde a minha discussão com a Valentina, tinha ficado mal pra caralho com as coisas que disse e que ouvi. E eu tava tentando, tava tentando pra caralho deixar tudo no seu devido lugar de novo. Tinha marcado a parada lá com o psicólogo, sei que a gente não é acostumado a pedir ajuda, mas porra, tinha que fazer essa parada pra que desse certo, entendeu? Minha família caralho, não é brincadeira não.

Tava até pensando em tirar um dia de folga, resolver como é que ia ser, tinha mandado minha secretária ajeitar todos os meus horários, regras minha agenda. Chega desse bagulho de ficar trabalhando até muito depois do horário do expediente, levar trabalho pra casa só em último caso. Po, eu não tenho que mostrar serviço ou que eu sou bom. Se sou sócio e tenho meu nome na profissão é porque sou bom e acabou, foi uma das coisas que eu conversei com a maluca lá da psicóloga, até que tinha sido bom a sessão.

Apesar de ter as coisas aparentemente se encaminhando, eu sabia que não tava 100%, conheço a Valentina como a palma da minha mão e sabia que ela ainda tava bolada comigo e eu não tiro a razão dela não. Mas o negócio é o seguinte, quem quer mesmo, tem que resolver as paradas e é isso que to fazendo. Minha mulher não merece palavras, ela tem que ver é atitudes e a diferença e isso eu sempre fiz, sou um homem de atitude, po. Vou deixar aquela doida bem, felizinha do jeito que eu gosto.

- Pô, coroa. O senhor vai quebrar pra mim. - falei na porta da casa do meu pai. -

- O que é que você andou aprontando moleque. - Ele disse rindo, quando eu tinha pedido pra ele ficar com a Antonella essa noite pra mim. Podia até ter pedido pra minha sogra, mas ela sempre fica com a Antonella e meu pai por um milagre não tá fazendo nada, então hora dele ser baba também, só quer o bom, que isso. -

- E eu lá sou homem de aprontar, tá me estranhando. Mais tarde eu trago ela.

- Beleza.

- Oh, cuidado com ela ein. Não vai trazer mulher pra casa. - ele me deu um tapa na cabeça e eu ri. -

- Se manca, moleque. Tá falando com teus pariceiros não. Que cuidado com ela o que, criei vocês, não fode.

- Não é pra falar palavrão na frente dela não, ein. Só criou boca suja, minha filha é educada.

- Bernardo, segue teu rumo antes que tu me estresse, cara. Sei me virar com minha neta, ela se amarra em passar um tempo comigo. - Ele falou, eu pedi a benção e ralei. Tinha programado umas coisas mais pra frente com minha dona, ela não sabia de nada, vai ser pega de surpresa pra ficar esperta. Não sabia nem se ela ia trabalhar hoje, mas né possível, Deus tem que tá do meu lado nessa. -

- Adivinha só o que o papai trouxe pra você! - Falei abrindo a porta de casa e vendo minha princesa brincando na sala. -

- SORVETE! - Ela veio correndo na minha direção, me abraçando. -

- Acertou. Pai trouxe sorvete, mas só depois que fizer a tarefa ein. - eu disse e ela cruzou os braços, as vezes era até estranho olhar pra Antonella porque além da aparência, ela tinha todo o jeito da Valentina. não sei quando essa menina ficou tão parecida com minha maluca, quando era pequena era a minha cara po. -

- Aí painhê, todo dia eu faço a tarefa e não ganho nada. Porque não posso tomar logo o sorvete?

- Porque não, tarefa não tem que ter prêmio. Tem é que ser feita, eu ein. - Disse e fui colocar o sorvete na geladeira. - Ah não, essa casa só tem mulher bonita. - falei abraçando a senhora que ajuda a gente com a casa e com a Anto. -

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