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03.
Alguns anos atrás...

Um dia antes do casamento.

RENATA.

- Aí Felipe! Ai! CARALHO! - falei enquanto ele me apertava pra poder passar nós dois por um espaço super curto que tinha no final do corredor e dava pra sair da festa pelos fundos. -

- Cala a boca, cara. Você fala alto pra caraca!

- Tá maior barulho, não vai ninguém me ouvir gritar não. Ai que ideia, cara, que é que você quer?

Falei quando a gente conseguiu finalmente passar, estávamos na parte de trás da boate que as meninas tinham fechado aqui na serra pra fazer minha despedida de solteira. Todo mundo tinha vindo pra cá, mas a Valentina tinha visto de separar as casas da gente e dos meninos nesses últimos dois dias que a gente teve aqui, só "juntou" hoje porque foi quando as crianças chegaram, mas ainda assim, tem uns três dias que eu não vejo esse maluco.

- Você tá bebada ne, vacilona?! - falou me encarando com os braços cruzados. -

- Claro que eu to, né! Você acha que eu ia fazer o que na minha despedida de solteira?

Ai quando eu falo, eu sou chata, eu sou isso e aquilo. Mas olha só! Garoto me tira do melhor da festa que é o final, pra perguntar se to bebada. Mereço! E olha que minha despedida de solteira tá até bem tranquila, Valentina e eu organizamos tudo, mas pegamos leve...

- Cavala! - Eu achando que esse homem tava me chamando pra sei lá, fazer um sexo gostoso, aproveitar da noiva dele, não... pra brigar comigo. Como é que pode eu amar tanto isso, gente? Ah não! - Vem aqui, quero te mostrar um negócio.

A fazenda onde estávamos era distante um pouco do "centro" da cidade, a gente tinha locado uma van, mas pelo jeito que o Felipe tava, sem dúvidas ele veio em algum dos carros. Dito e feito, entramos no carro que ele estava e ele foi dirigindo, já pegando o caminho da fazenda. Eu tava contando até cinco mil pra não surtar com esse garoto dentro desse carro, espero que ele tenha uma desculpa muito boa.

Ele parou o carro por trás da entrada da fazenda, onde aparecia o carro, desceu e me mandou descer. Tava escorado no capô e eu me escorei ao seu lado, morrendo de frio, olhei pra ele ainda sem entender nada. E ele lá, só em silêncio.

- Amor? - olhei pra ele e ele olhou pra mim mas não falou nada - Ei... Felipe! Você tá me assustando amor. O que foi? Aconteceu alguma coisa com as meninas? - ele negou. - Então... me conta?!

- Eu... - cortei ele. -

- Felipe, você não quer desistir de se casar não, né? - Olhei e já senti meu coração batendo desesperadamente, nem sei se eu aguentaria algo assim... ainda mais do Felipe! -

- Quê?! Não! Claro que não! - uma sensação de alívio percorreu o meu corpo inteiro, uma hora dessas já não tinha mais cachaça alguma no meu corpo. -

- Então o que foi?! Porque você me tirou da festa? Me diz o que ta acontecendo...

- Eu... eu tava sufocado pra caralho! Esses dois dias longe de você, não podendo tá na mesma casa, no mesmo quarto. Não te tendo ali o dia todo pra me perturbar, implicar comigo. Tava me sufocando tudo isso! To com medo! - ele disse e me encarou. -

- Medo de que?

- Fiquei com medo, po! A gente não se separa nunca e aí, você é cheia de coisa, amor. Esse tempo seu só com as meninas aqui e curtindo, podia te dar umas ideias erradas, eu sei que to de lá com os caras, que a distância não é tão grande mas ainda assim... vai que você gostasse mais da sua vida assim, sem ter que casar comigo, eu não sei... só sei que to surtando, tava surtando sem saber se você me queria pra sempre mesmo ou podia ter mudado de ideia e agora to surtando de ansiedade pra esse casamento acontecer logo.

Olhei pra ele sem acreditar no que eu estava ouvindo, gente?! Só pode tá maluco! Nunca nessa vida e nem em outra eu desistiria de casar com ele.

- Felipe! Que ideia é essa? De onde você tirou isso? - falei ficando de frente pra ele. - Claro... - ele me cortou. -

- Quando a gente brigou você disse que tava na hora de repensar se teria que ter casamento mesmo (vamos ver quem lembra, rs) e aí com tudo isso, a gente longe, sei lá... e se você tivesse repensado?

- Amor! - falei passando meus braços pelo seu ombro. - Nunca!!! A gente tinha brigado, eu tava magoada e falei isso, mas a gente já se acertou há semanas, amor! Felipe, olha pra mim. - ele me olhou e eu consegui ver os olhos dele com lágrimas e já quis chorar também, esse menino me mete em cada uma. - Amor! Para com isso, poxa. A gente tá junto tem muito tempo, Felipe! Não to dizendo nem que seja juntos como namorados, mas como marido e mulher. Somos casados, já! Isso daqui é só uma festa, vamos só comemorar algo que a gente já tem ha anos. Você acha que eu estou com você só por comodidade? Porque temos filhas juntos? - falei e ele me encarou. - Você sente isso? - ele negou com a cabeça. - Então! Eu sou louca por você, apaixonada, maluca, surtada que nem você fala! Você é o homem que eu escolhi!

- Eu jamais iria pensar em desistir de casar com você por causa de noites de festa, ainda mais em despedida de solteira com todas as minhas amigas casadas. Eu te quero! - falei o encarando. - Eu amo você! Amo a gente! Todas as festas do mundo eu posso aproveitar do seu lado, você é isso pra mim. Meu homem, meu amor, o pai das minhas filhas, mas principalmente, você é meu companheiro. Larga de bobeira amor!

Senti ele me abraçar forte e agarrei ainda mais ele em mim, aí que garotinho filho da puta! Essas coisas que ele faz só faz com que eu fique ainda mais apaixonada por ele, como se fosse possível.

Segurei em seu rosto e iniciamos um beijo, um beijo calmo e com cuidado, ele alisava a lateral do meu rosto e me beijava como se só existisse nós dois no mundo! Ele sorriu quando finalizou o beijo e ficou me encarando, com a mão presa na minha nuca, segurando assim meu olhar no dele.

- Desculpa ter te tirado de lá assim... - falou e eu sorri. -

- Tudo bem! No fundo eu queria que você desse um jeito de me ver, tava morrendo de saudades de você também! - ele mordeu meu queixo - Aí, idiota.

- Te amo!

- Só não mais do que eu. - falei e sorri, lhe dando um selinho. -

FELIPE.

Banco tava lá pra trás, luazona em cima da gente clareando tudo e eu vendo ela rebolar por cima de mim com meu pau nela, caralho, melhor sensação.

Renata dava umas travadas na buceta que me faziam gemer fácil, quando tava por cima então... ela é foda! Não tem visão melhor que essa, sou apaixonado, louco, me fez perder a cabeça, sempre faz.

Senti ela revirar os olhos de forma mais forte e já sabia que ela tava perto, a segurei pela cintura e fiz ainda mais pressão dentro dela, que soltou o gemido que ela já estava prendendo.

- Vou gozar! - ela gemeu. -

- Isso! Goza comigo... - falei puxando ela pela nuca com uma mão e a beijando, enquanto a outra fazia ainda mais pressão pra baixo, pro meu pau ir ainda mais fundo. -

Nosso beijo se misturava com gemidos, com mordida, com beijo. Coisa de louco a química que a gente tinha! Ela deu mais algumas reboladas no meu pau e eu já senti que ela tinha gozado e não demorou muito pra que eu gozasse também.

- Gostoso. - ela disse toda pequenina em cima de mim, com o queixo escorado no meu peitoral é aquele rosto vermelho que ela ficava quando tinha acabado de gozar. -

- Seu gostoso! - falei beijando a sua testa. - E você é minha. - disse alisando a bunda dela e dando um apertão. -

- Pra sempre! Você não tem ideia do quanto eu quero ser sua pra sempre. - dei um sorrisão enorme. -

- Te amo! - beijei a boca dela. -

- Quer que eu te leve de volta pra lá? - falei terminando de me vestir e vendo que ela tava terminando de se vestir também. -

- Não mesmo! - ela riu. - Não vou cheirando a sexo pra lá. E além do mais, quero que você me leve pra sua cama. - Falou enquanto sorria mordendo os lábios e apertava meu pau por cima da calça de moletom. Cachorra! -

Nem respondi, só liguei o carro e dei a volta rápido, fazendo a gargalhada que ela deu ser o som que invadiu todo o carro. Minha maluca!

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