Capítulo 43

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Acordei bem tarde, até porque eu e o Emanuel fomos nos ajeitar para dormir às 5 da manhã e eu também demorei consideravelmente para pegar no sono pensando em tudo que aconteceu comigo nas últimas 24 horas, mas felizmente eu consegui descansar bem e agora me sinto bem melhor para lidar com os próximos passos. Levanto da cama e a arrumo tudo direitinho, até porque eu sou visita e não quero causar uma má impressão. Separo uma roupa leve, vou para o banho e cumpro minha higiene matinal, mesmo já sendo 13 hora da tarde. Quando saio do quarto sinto um cheiro bom vindo da cozinha e meu estômago começa a roncar mais a cada degrau que desço das escadas, assim que chego por lá vejo uma cena que eu nem poderia imaginar, o Emanuel todo empenhado preparando o almoço. Sei lá, ele me parecia ser aqueles playboys que nunca tinham fritado um ovo na vida.

—A bela adormecida acordou para minha sorte, eu já estava pensando que teria que cometer o sacrifício de te acordar com um beijinho ou chegar se estava viva. —ele é muito provocador, mas eu até curto, é o jeito dele.

—Ainda bem que o meu cérebro foi mais inteligente e não permitiu que essa desgraça acontecesse. —retribuo carinhosamente.

—Não seria inteligente mesmo você morrer agora. —ele diz se fazendo de desentendido propositalmente.

—Que gracinha, finge que não entendeu que eu estava falando do seu beijo, mas vou ser boazinha de não prosseguir com as provocações, se não pegarei pesado e estarei sem teto. —digo ao me sentar na mesa.

—Muito sensata, até porque eu estou fazendo um almoço muito bom para a gente e seria capaz de te deixar com fome a depender do seu insulto a mim. —ele fala ralando uma peça de mussarela.

—Eu não sabia dos seus dotes culinários, mas vejo que você leva jeito com a coisa, aliás, você quer ajuda? —pergunto disposta realmente ajudar, até porque eu não posso ser uma encostada, já chega que estou aqui de favor.

—Não tinha como você saber, nós dois nos conhecemos praticamente ontem, tem muita coisa sobre mim que você ainda vai descobrir. Mas aceito sua ajuda sim, você pode pegar o pirex no armário da pia e ir arrumando a carne seca no fundo dele?

—Não me diga que você está preparando um escondidinho. —digo assim que percebo que ele está a ponto de ter planejado a minha comida preferida.

—Estou sim, mas por qual motivo? Você não gosta? Podemos fazer outra coisa para você, realmente seria mais prudente eu perguntar o tipo de comida você come, você pode além de não gostar ser vegetariana ou vegana, como não pensei nisso antes. —ele falou todo atrapalhado e eu até fiquei com pena.

—Não é nada disso, é a minha comida preferida, então eu fiquei surpresa em talvez você saber disso, mas eu mesma não disse. —expliquei e ele começou a rir.

—Não sou um maníaco perseguidor, eu realmente não sabia, eu fiz porque eu também gosto muito, não chega ser o meu preferido, pois a lasanha de 4 queijos que eu faço ganha muito mais, aliás você tem que experimentar.

—Eu percebi que você realmente não sabia, relaxa! Olha que eu vou cobrar, hein! Mas eu tenho que confessar que estou realmente surpresa com seus dotes culinários. —falo enquanto faço o que ele me pediu.

—Eu ficava muito em casa com a funcionaria daqui e sempre queria ajudar, então eu acabei aprendendo e hoje até ela mesma concorda que sou melhor que ela nesses tipos de prato. —eu penso o quanto deve ter sido difícil ficar tão longe dos pais.

—Eu até me arrisco a fazer algumas coisas, até porque eu fiquei um tempo responsável por isso lá em casa depois da morte da minha mãe, principalmente com as comidinhas da Manu quando ela era mais pequena. —digo me lembrando dessa fase da minha vida, onde me vi praticamente como uma mãe em pleno inicio da adolescência.

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