As Garotas de Hogwarts - Harry Potter FanFiction

Nublado

Oi, amores

Dessa vez tem um textinho pré-capítulo.

Escrever esse capítulo foi mentalmente exaustivo pra mim. Já se passaram anos desde o último capítulo que eu escrevi que me afetou desse jeito (Palmas pra dois jogam o jogo, que ocupava essa posição té o nascimento desse capítulo). Foi muito complicado escrever, eu parava para chorar a cada 10 minutos (e eu to chorando agora também), e eu sinto que só vai piorar pra mim até o fim dessa história.

Não sei se é por causa do conteúdo do capítulo, ou se é só porque o fim está tão perto que eu to começando a ficar com medo. Essa história faz parte de mim de uma forma que eu nem sei explicar, e eu sei que eu tenho que finalmente terminar. Eu não esperava que fosse doer desse jeito.

Espero que vocês gostem desse restinho. Decidi recentemente que eu faria uma shortfic se passando anos após o final, pra finalizar tudo. Ainda assim, será o fim de um ciclo de 8 anos e eu não estou preparada.

Avisos:

-Esse capítulo é a primeira parte do capítulo enorme sobre o casamento de Fleur e Gui.

-Não esqueçam de ler a fanfic extra ;)

-Sigam no instagram: @asgarotasdehogwarts. Lá sempre tem alguma notícia, curiosidades e afins. Às vezes eu faço umas lives também.

-Agora temos um grupo no WhatsApp. Quem quiser entrar, é só me pedir que eu envio o link.

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Já era meio da tarde n'A Toca.

O dia começou agitado, como só dias daquele tipo poderiam ser. A casa, envolta naquele ar pesado, pulsava com vida, sendo arrumada e preparada para o evento que ocorreria dali a umas horas, assim que o sol começasse a descer para dar lugar a lua.

Nos dias vazios que precederam aquele, o clima não havia participado como um personagem principal. Ameno, ensolarado, agradável. Embalava os residentes d'A Toca num transe de normalidade. Era fácil demais cair naquela rotina, delicioso demais fingir que aquilo ali era real.

Porém, aquilo estava prestes a acabar.

Quando, no início da tarde, Astoria olhou pela janela do quarto que servia como seu ateliê e viu as nuvens densas e escuras se formando no céu, tudo que pode fazer foi engolir em seco e trocar um olhar com Gina, que estava sentada sobre sua antiga cama. Elas sabiam que logo tudo mudaria.

Astoria voltou a trabalhar nos últimos detalhes do vestido de Fleur e Gina saiu do quarto, enquanto Pansy reclamava que estava muito quente ali.

Não foi muito diferente para Luna, que estava na cozinha ajudando Molly com as comidas que seriam servidas no casamento. Normalmente ela não cozinhava com ajuda de mágica, mas entre a quantidade de comida que precisavam fazer e o pouco tempo que tinham, ela não se opôs.

Fixos na janela estavam seus grandes olhos quando os primeiros sinais das nuvens escuras começaram a surgir no céu. Sua mente não registrou Molly gritar para alguém que eles teriam que cobrir a área externa onde ocorreria o casamento, e seus olhos não saíram do vidro que começava a embaçar.

Ali estava, o último empurrão que sua mente flutuante precisava.

Seus olhos encheram d'água que não derramariam ainda, assim como aquelas nuvens. Sentiu sobre a pele aquela energia dançar e vazar e consumir um pouco mais de sua sanidade escassa. Seu coração se comprimiu, e ela recuou, ainda olhando para fora. Depois, se virou e correu.

Logo, Luna se encontrava com a fatídica caixa em seus braços, apetando-a forte contra si. Seu corpo esquentava a madeira, que estalava ao se expandir. Os sons nada faziam para interferir o que se passava com Luna. Era um daqueles momentos que sua mente enevoada se clareava e ela se tornava terrivelmente consciente do que estava acontecendo e do que iria acontecer.