A música suave dava um clima calmo enquanto suas notas musicais influenciavam aos fregueses para consumirem mais e mais. Após um dia cheio de tarefas, obrigações e estresses, para muito, sair algumas horas com os amigos, amantes ou sozinho, era algo bem vindouro.
A grande estrutura de balcão era entalhada com alguns desenhos de ramos e folhas. Os bancos de madeira e estofado preto davam um ar elegante e rústico. A prateleira cheia de bebidas coloridas, atraia atenção do mais viciado no ardente líquido alcoólico.
Pelo local, havia várias mesas espalhadas, em sua quase totalidade, ocupadas por pessoas, dupla ou grupos. Uma mesa em especial, ocupada por um trio de ninjas experientes, atraia muita atenção. As pessoas ao redor, ou falava sobre eles, ou queria ouvir o que eles conversavam.
Além de jounin poderosos e experientes, eles eram lá professores dos genins mais promissores. Pelo menos 70% dos seus alunos faziam parte de algum prestigiado clã.
O quarteto de jounin que estudaram na mesma na academia e lutaram a terceira guerra, haviam criado o hábito se pelo menos uma vez por mês se encontrarem para conversar, reclamar e beber. Normalmente, Kakashi era o único que dificilmente aparecia.
Eles haviam ingerido a primeira rodada de cerveja, o que ajudou a relaxar um pouco o estresse.
— É um pouco diferente do que imaginei — disse a única mulher do grupo. Yuhi Kurenai foi promovida recentemente para a classificação Jounin. Ela batalhou arduamente por seu crescimento, não somente pelas habilidades, mas devido ao sexismo e a dificuldade que uma mulher enfrentava nos campos shinobi. Muitos poderiam dizer que as oportunidades eram iguais, mas estava mentindo. Era óbvio a diferença no número de homens aceitos na profissão e na ocupação da hierarquia.
— A vida de um sensei é trabalho árduo, mas vale a pena — disse Gai — Eu estou com meu time a seis meses, e evoluímos muito, principalmente Lee. Eles precisam de tempo para interagirem. — Seu tom era sério, diferente do seu habitual brilhante e gritante.
— Não tenho certeza, — Ela soltou um suspiro cansado — Sakura ainda pensa que a vida de ninja é um campo florido, e reclama por que não está no mesmo esquadrão que Sasuke-kun, — Kurenai gemeu. — Se eu ouvir novamente o nome desse garoto, juro que o estrangulo.
— Ah! O amor da adolescência — afirmou Gai com a voz romantizada.
Asuma soltou uma lufada de fumaça fedorenta, já que trava seu inseparável cigarro, e disse com a voz monótona;
— Ino também comenta muito sobre o herdeiro Uchiha e o filho do Yondaime. — O herdeiro do clã Sarutobi retornará menos de um mês para aldeia, anteriormente, ele ocupava o cargo dos doze guardiões do Daimyo. Um título de prestígio e invejado. Asuma apenas deixou o cargo, devido a do seu pai para que retornasse a aldeia e a proposta do Yondaime para assumir a nova geração Yamanaka, Nara e Akimichi.
Kurenai deu um gole em sua cerveja, umedecendo sua garganta seca. — Eu juro, Sakura não tem outra coisa na cabeça. Seu condicionamento é ridículo, só sabe jutsu da academia e sua velocidade é de uma lesma.
Gai olhou pensativo lembrando de seus próprios alunos. Apesar do orgulho soberbo de Neji, as deficiências de Lee, ele ganhou na loteria com a kunoichi de seu time. Tenten era aplicada, determinada e corajosa, assim, Gai não se viu capaz de aconselhar muito a Jounin de olhos vermelhos.
— Eu estranho ouvir minha colega Kurenai reclamar — falou Gai. — Mas te digo, o segredo é o choque de realidade e dar-lhes um objetivo pelo qual trabalhar.
Asuma soltou uma risada.
— Meu time tem uma boa dinâmica de equipe, mas são preguiçosos.
— Igual a você — alfinetou Kurenai. Seu humor estava azedo, e não poupou muito menos o namorado — Kiba só sabe gritar e Shino não interage com seus colegas.
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A garota do time 7 - Livro 1
AventuraHarumi Nohara, uma adolescente, que deseja ardentemente ser integrada a um esquadrão genin comum, realizando missões monótonas e sem grandes atos heroicos. No entanto, sua vida é drasticamente transformada em um turbilhão de violência, derramamento...