Yuhi Kurenai estava mais inclinada a cautela e defesa do que a maioria dos shinobis, por isso que ela se sentia apreensiva com a decisão do Hokage. Ela vinha trabalhando arduamente com seu time, para corrigir suas falhas e desenvolver um excelente trabalho em equipe.
Não era fácil, já que Shino era muito reservado e preferia trabalhar com seus 'insetos' do que companheiros. Kiba era barulhento, arrogante e bruto com as palavras, não podia aceitar qualquer liderança ou ajuda. Enquanto Sakura, apesar da grande inteligência e controle de chakra, vinha de uma família civil e não tinha noção do que realmente era uma vida de shinobi.
A garota sonhava com ser salva por seu 'príncipe encantado', mas era um desastre em termo físico e reserva de chakra. Não foi fácil aquele primeiro mês, porém Kurenai começava a ver o fruto do trabalho duro desabrochar.
Por isso, incluir uma nova presença, mesmo que por duas semanas, poderia desequilibrar toda a dinâmica de seu time. Obviamente, ela tinha ressaltou a sua preocupação para o Hokage, porém ainda como um shinobi, deve obedecer à ordem.
Além de estar trabalhando com eles táticas de perseguição, infiltração e coleta de informações, Kurenai vinha incentivado Shino a interagir mais com seus companheiros, principalmente na posição de líder onde a comunicação era extremamente importante. Gradualmente, o garoto estava mais comunicativo e expressava-se melhor.
As coisas com Kiba eram mais rochosas. O garoto era precipitado e esquentado, não era fácil incluir em sua mentalidade de paciência, por sorte, a presença calma de Shino estava ajudando.
Quanto a Sakura, Kurenai decidiu mostrar a realidade da vida shinobi. Na primeira semana, levou a garota para hospital e asilo ninja, mostrando os ninjas feridos em missão e a fez ouvir os relatos dos shinobis que sofreram ferimentos físicos e mentais tão graves que jamais poderiam voltar à ativa.
Foi um choque duro, entretanto Sakura precisava deixar sua pintura fantasiosa da vida de um shinobi e dedicar-se de verdade. Querer se tornar uma kunoichi somente devido a um garoto era estúpido, e suicídio. Ela acabaria se matando ou causando a morte da equipe. A garota chorou, porém, no outro dia ficou mais determinada em se tornar verdadeiramente uma ninja.
Kurenai leu os relatórios sobre Nohara Harumi. A menina era insegura e quieta, mas também talentosa. Se fosse bem cultivada, poderia ser uma grande kunoichi. A jounin receava que, estando em um time rodeado por homens considerados gênios, suas experiências poderiam ser traumáticas. A prova estava no teste sobrevivência na Floresta da Morte.
A jounin ainda não podia acreditar que o Yondaime permitiu aquela loucura, pior ainda: que Kakashi colocasse os seus genins naquela situação. Claro, o choque fez milagres para o trabalho em equipe e fez a garota um pouco mais confiante.
-oÕo-
Harumi olhou em volta.
— Não vamos para o campo de treinamento, sensei? — ela perguntou quando percebeu seguirem um caminho diferente. Nunca tinha vindo aquela região, pois eram o bairro que tinha as residências dos poderosos clãs, incluindo o distrito Hyuuga.
Harumi analisou a mulher ao seu lado. A sensei era tudo que uma kunoichi deveria ser. Um rosto impecável, os olhos vermelhos, cabelos perfeitos, que tinham a quantidade certa de cachos, e uma figura bem torneada, graciosa a cada movimento que fazia.
Sim, perfeita.
Ela não pôde evitar sentir-se constrangida em comparação. Em sua jovem vida, ela nunca ligou muito para adereços femininos ou atributos externos. Ela não se movia com elegância silenciosa.
— Eu tenho uma reunião com Hyuuga Hiashi; será breve, e depois iremos ao campo de treinamento — ela falou com calma, sem nunca alterar o tom da voz.
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A garota do time 7 - Livro 1
PertualanganHarumi Nohara, uma adolescente, que deseja ardentemente ser integrada a um esquadrão genin comum, realizando missões monótonas e sem grandes atos heroicos. No entanto, sua vida é drasticamente transformada em um turbilhão de violência, derramamento...