Capítulo 11 - Punição do time 7

2.2K 299 93
                                    

Yuhi Kurenai estava mais inclinada a cautela e defesa do que a maioria dos shinobis, por isso que ela se sentia apreensiva com a decisão do Hokage. Ela vinha trabalhando arduamente com seu time, para corrigir suas falhas e desenvolver um excelente trabalho em equipe.

Não era fácil, já que Shino era muito reservado e preferia trabalhar com seus 'insetos' do que companheiros. Kiba era barulhento, arrogante e bruto com as palavras, não podia aceitar qualquer liderança ou ajuda. Enquanto Sakura, apesar da grande inteligência e controle de chakra, vinha de uma família civil e não tinha noção do que realmente era uma vida de shinobi.

A garota sonhava com ser salva por seu 'príncipe encantado', mas era um desastre em termo físico e reserva de chakra. Não foi fácil aquele primeiro mês, porém Kurenai começava a ver o fruto do trabalho duro desabrochar.

Por isso, incluir uma nova presença, mesmo que por duas semanas, poderia desequilibrar toda a dinâmica de seu time. Obviamente, ela tinha ressaltou a sua preocupação para o Hokage, porém ainda como um shinobi, deve obedecer à ordem.

Além de estar trabalhando com eles táticas de perseguição, infiltração e coleta de informações, Kurenai vinha incentivado Shino a interagir mais com seus companheiros, principalmente na posição de líder onde a comunicação era extremamente importante. Gradualmente, o garoto estava mais comunicativo e expressava-se melhor.

As coisas com Kiba eram mais rochosas. O garoto era precipitado e esquentado, não era fácil incluir em sua mentalidade de paciência, por sorte, a presença calma de Shino estava ajudando.

Quanto a Sakura, Kurenai decidiu mostrar a realidade da vida shinobi. Na primeira semana, levou a garota para hospital e asilo ninja, mostrando os ninjas feridos em missão e a fez ouvir os relatos dos shinobis que sofreram ferimentos físicos e mentais tão graves que jamais poderiam voltar à ativa.

Foi um choque duro, entretanto Sakura precisava deixar sua pintura fantasiosa da vida de um shinobi e dedicar-se de verdade. Querer se tornar uma kunoichi somente devido a um garoto era estúpido, e suicídio. Ela acabaria se matando ou causando a morte da equipe. A garota chorou, porém, no outro dia ficou mais determinada em se tornar verdadeiramente uma ninja.

Kurenai leu os relatórios sobre Nohara Harumi. A menina era insegura e quieta, mas também talentosa. Se fosse bem cultivada, poderia ser uma grande kunoichi. A jounin receava que, estando em um time rodeado por homens considerados gênios, suas experiências poderiam ser traumáticas. A prova estava no teste sobrevivência na Floresta da Morte.

A jounin ainda não podia acreditar que o Yondaime permitiu aquela loucura, pior ainda: que Kakashi colocasse os seus genins naquela situação. Claro, o choque fez milagres para o trabalho em equipe e fez a garota um pouco mais confiante.

-oÕo-

Harumi olhou em volta.

— Não vamos para o campo de treinamento, sensei? — ela perguntou quando percebeu seguirem um caminho diferente. Nunca tinha vindo aquela região, pois eram o bairro que tinha as residências dos poderosos clãs, incluindo o distrito Hyuuga.

Harumi analisou a mulher ao seu lado. A sensei era tudo que uma kunoichi deveria ser. Um rosto impecável, os olhos vermelhos, cabelos perfeitos, que tinham a quantidade certa de cachos, e uma figura bem torneada, graciosa a cada movimento que fazia.

Sim, perfeita.

Ela não pôde evitar sentir-se constrangida em comparação. Em sua jovem vida, ela nunca ligou muito para adereços femininos ou atributos externos. Ela não se movia com elegância silenciosa.

— Eu tenho uma reunião com Hyuuga Hiashi; será breve, e depois iremos ao campo de treinamento — ela falou com calma, sem nunca alterar o tom da voz.

A garota do time 7 - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora