Capítulo 33 - Descontrole

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O clima em sua casa estava estranho. As refeições outrora calmas e divertidas, agora eram regadas de silêncio e raiva. Harumi negava a falar corretamente com sua avó, e sentia-se incerta com o seu pai, questionando-se mentalmente até que ponto ele sabia sobre aquela situação toda.

Ela passou dois dias enfurnada em seu quarto, recusando em sair ou ver as pessoas, enquanto a sua mente estava mergulhada em um mar de pensamentos revoltos. Foi no terceiro dia que ela decidiu que encontraria as respostas por conta própria. Harumi recusava a viver em incertezas e inseguranças.

Duvidava que alguém lhe responderia diretamente, então, restava pesquisar.

Ela vestiu uma calça moletom preta e uma blusa roxa de algodão e confortável, descartando o uso do seu costumeiro moletom. Seu braço direito ainda preso na tipoia, ela levou mais tempo previsto para ser arrumar. Descartou o uso da hitai-eat e as sandálias ninjas, optando apenas um tênis surrado.

Seu pai estava no trabalho e a sua avó saiu para alguma reunião.

Harumi seguiu passos serenos até o arquivo Shinobi. Ela cumprimentou alguns funcionários e sorriu para seu pai que estava mais adiante conversando com um subordinado. Raiden estava dando espaço que sua filha precisava.

Tentando agir sem suspeita, ela moveu-se entre as prateleiras regadas de livros de técnicas e história do mundo ninja. O primeiro andar era acessível para todos os ninjas, desde genin até o mais alto escalão. Algumas sessões, podiam ser lidas por até mesmo alunos da academia.

Harumi percorreu pelos corredores de livros, acariciando alguns livros com a ponta dos dedos e até pegando alguns para ler. Somente quando garantiu que não havia nenhum olhar sobre ela, fez rápidos selos manuais e disse baixinho Hiraishin no Jutsu e torceu para que funcionasse. A primeira e única vez que o usou foi por acidente no País da Onda.

Ela não voltou a treiná-lo, na verdade, havia totalmente esquecido. Na teoria para funcionar ela precisava de um selo receptor no local que queria ir, algo que não tinha na Ponte ou agora. Então, suas chances eram bem reduzidas.

Harumi fechou os olhos e rezou silenciosamente. Ela sentiu o ar ao seu redor move e o chão sumir por instante. Isso significava que o jutsu funcionou, bem, ela foi para algum lugar.

Quando ela abriu os olhos, percebeu que não havia teletransportado para o segundo andar da biblioteca, não, ela estava local desconhecido. Inicialmente, Harumi considerou que foi para a biblioteca privada dos Hokage, mas desistiu dessa possibilidade, pois o lugar parecia bem diferente.

Ela andou com cuidado. Estava em corredores estreitou e escuros. — Talvez... Não... — ela murmurou par si mesmo, quando cogitou a possibilidade de ter ido parar novamente dentro daquele sonho estranho. Talvez um pouco animada para encontrar o dono aqueles olhos carregados de ódio e solidão.

Harumi moveu pelo corredor frio e escuro. Sua mão deslizou pela parede ao seu lado, usando-a como guia pelo caminho. Mais adiante, ela viu uma luz provida de uma porta.

Movida pelo instinto, sacou uma kunai do selo armazenamento em seu pulso, e aproximou da porta. Seus dedos fecharam com força ao redor do mental quando seus olhos castanhos visualizaram o cenário através da porta.

A sala mediana era iluminada por tochas acessas. Um pouco arcaico, mas funcional. O local tinha vários tubos grandes, alguns inteiros e outros quebrados. Havia mesas metálicas, tubos de ensaios, papeis espalhados e instrumentos médicos estranhos.

Movida pela curiosidade, Harumi deu alguns passos e entrou no que parecia um laboratório abandonado. Ela não percebeu que mordeu os lábios inferiores ao ponto de sangra. Suas pernas perderam a força e ela desabou sentada no chão.

A garota do time 7 - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora