Mente Criminosa

capitulo 6

Olha eu aqui de novo kkk, voltei com um capítulo bônus pra vocês. Não me contentei com o capítulo pequeno de antes

Então é isso bebês, quero muitos comentários e não esquece da minha ESTRELINHA⭐⭐⭐⭐⭐

Boa leitura

Cobra 🐍

Eu assumi o comando do tráfico no complexo aos 20 anos, antes eu fazia a contabilidade geral das bocas, armamentos e cargas. O antigo chefe não tinha família nem filhos pra assumir no lugar dele, e quando eu cheguei pra morar com minha tia, o Careca meio que me acolheu como da família dele, o cara se apegou a mim de verdade mano, me chamava de filho e tudo.

Mas quem disse que é só esperar a sua vez pra assumir o morro? Tá doido é? Isso aqui não é herança de pai pra filho não caralho.
Depois que um chefe morre quem assume o comando é quem tava de frente junto com ele, ou como muitas das vezes, quem tiver mais aliados.

Eu já ajudava o Careca com algumas coisas além da contabilidade, fechei muita parceria ao lado dele trazendo mais estabilidade pro morro. E quando ele foi executado pelo Bope em uma invasão, eu fiquei de frente, não porque o comando foi passado pra mim e sim porque eu conquistei. Então desde aquele dia eu mudei a vida de minha gente aqui na comunidade, sempre tentando ajudar quem tá precisando.
Sob meu comando ninguém passa fome não parceiro.
....

Relaxo as costas na cadeira e analiso o caderninho com as anotações de faturamento da semana, pensando no filho da puta do Pretin que tá achando que tem otário nessa porra.
O cara acha que é só colocar qualquer porra e eu nem vou perceber o erro, só pode tá fumando merda.
Já não é a primeira vez que ele fica de crocodilagem.

Pego o radinho e chamo o sorriso, vapor de confiança o moleque. Tá comigo desde o início, sempre fortalecendo nos bagulho.
— Fala Chefia. — ele já responde na hora.

— Sorriso, traz o pretin da 9 aqui, agora.

— Pra já, marca 5 ai.

Eu não sou de me estressar com ninguém, sou até bem calmo. Mas não meche com meus bagulho não parceiro, aí tá pedindo pra ver o capeta mais rápido po.
Aproveito o tempo pra bolar uma verdinha pra ficar relaxado, não vou ficar exaltado não po, tô de boa.

Já estou na metade do back quando a porta abre e o Pretin entra com o Sorriso logo atrás. O Junior já ia saindo da sala quando eu mandei ele ficar.
— fica aí Sorriso. E você Pretin, senta.

Ele parecia calmo e tava até sorrindo esse filho da puta. — qual foi cobra, quê que tá pegando? — ainda tem a cara de pau de se fazer de desentendido. Eu mereço

Eu continuo relaxado na minha cadeira, com os pés cruzados em cima da mesa e a verdinha na boca, quase terminando. Olha pra ele sentado na minha frente e não falo nada, continuei fumando até acabar.

Mais umas 3 tragadas e joguei a ponta no chão, cruzei as mãos em cima da barriga soltei a fumaça pra cima e voltei meus olhos pra cara desse pilantra na minha frente.
— Como tá o faturamento lá da 9? — perguntei calmo e me manti do mesmo jeito, a onda já tinha batido e eu tava mais que tranquilo.

— Eu mandei o caderno hoje Cobra, recebeu não? — e serio isso? Ele vai se fazer na minha frente mesmo?

— Eu sei que você mandou, e eu já vi. — joguei o caderno na frente dele, tirei os pés da mesa e me virei de frente pra encarar ele. — Mas eu tô perguntando pra você. Como tá faturamento? Fala.

Só vi ele engolindo seco na hora, esse porra já tava estragando a minha onda com essa cara de retardado olhando pra mim.

— Po chefe, sabe como é ne?! Foi meio fraco essa semana tá ligado? Os moleque não venderam tanto não. — bufei e rolei os olhos com deboche.

— Então cadê as drogas que não venderam? Quero na minha mesa agora. — cadê a pose dele agora? Desmanchou na hora.

— Caralho Cobra tá desconfiando de mim parceiro? Qual foi? Tô contigo a mo cota já mano.

— Pretin vem com essa pra cima de mim não, trabalho e trabalho, cadê o dinheiro que tá faltando? — perguntei super calmo olhando nos olhos dele.

Ele passou a mão no rosto e segurou o cabelo, tava nervoso já. Assim que eu gosto
— Eu vou te devolver mano, porra eu precisei pra uma parada aí, eu tava devendo mano. Tu sabe que eu sou teu Brother, alivia aí pra mim parceiro.

Eu não aguentei, gargalhei na cara dele. Esse maluco tá de sacanagem, não é possível. — Tá zuando com a minha cara? Tu acha mesmo que depois de tirar 50mil do caixa você não vai ser cobrado? Você é cria po, sabe com funciona as parada e não é primeira vez que vem faltando não. Eu já aliviei pra você da última vez porque te considero pra caralho. Mais a segunda vez? Aí não mano, já se pilantragem.

Me levantei da cadeira, dei a volta na mesa e parei na frente dele. — você tem o dinheiro pra colocar no lugar agora?

— Só me da mais... — não deixei ele terminar

— Agora! Você tem o dinheiro agora? Só te perguntei isso. É sim ou não.

Ele abaixou a cabeça e começou a sacudir as pernas. — não mano, não tenho.

— Sorriso, vai com ele até o barraco dele, eu quero o carro, a moto e as peças. Não mexe em nada na casa não, porque a mulher dele não tem nada haver com os bagulho não. — segurei no braço dele fazendo ele ficar de pé olhando pra mim — E tu, perdeu tudo comigo parceiro. Roubando de mim caralho, traíra aqui não se cria. Vai levar umas porrada e começar do início, tu é aviãozinho agora. Bora vê se agora revendo os ensinamentos você consegue entender que não é legal roubar os irmão.

O Juninho levou ele pra fora e eu sai junto. — Desce a madeira nesse filho da puta, tava roubando o dinheiro da boca. — os vapor que tava sentado na hora já ficaram de pé e olharam feio pro Pretin, nego não gosta de curva não parceiro. — Pode descer o cacete, mas não mata não, quero ele trabalhando ainda.

Sai dali avisando geral que a boca 9 tava vaga. Na hora começou o reboliço, pequei minha moto e subi o morro guiando pra casa da minha tia, de longe já ouvi os gritos do Pretin. Porra o moleque era sangue bom, mas só pisava na bola.

Almocei com a coroa e me joguei no sofá, a cabeça tava a mil pensando em várias parada e já pensando também em quem colocar no controle da boca 9. Bom, quem colocar lá eu já sabia, só precisava ter certeza que o cara era firmeza mesmo e se tava disposto a subir na responsabilidade.