Capítulo 23

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Sorriso😁

Estava na lanchonete da tia Katia comendo aquele salgado de respeito junto com os cria, os moleque tava falando alguma coisa e rindo pra caralho, mas eu nem prestava atenção.

Vanessa tava bem na minha reta, tomando açaí com a loirinha que tava sentando pro Caique ontem e eu tava só palmeando a morena, da mole pra meio mundo, senta pro chefe por status e vem pra mim quando quer moral. Tô nem doido ainda não, sai fora.

Sempre dei condição pra ela, desde moleque sempre ajudei no que ela precisava e sempre deixei claro que queria ela como fiel. Mas quem disse que a garota queria um vapor?

Dou um suspiro e viro a cara quando o L7 passa e ela levanta indo atrás igual uma cachorra. Se fuder...

Pego mais uma coxinha do prato e dou uma mordida olhando pro relógio e vendo que o PC tava atrasado pra caralho. Pego o celular pra mandar um áudio pra ele e no mesmo segundo os fogos estouram e todo mundo começa a correr. — Pobre não tem um minuto de paz mesmo.

Levanto da cadeira e atravesso o fuzil no corpo e saio correndo junto com os moleque que estavam comigo.

Desço a rua pegando o radinho.
— Quem ta subindo? — Corro pelo beco passando de rua em rua
— PM nessa porra, os cara tão de sacanagem mano.

Na hora eu já saquei que era o arrombado do Queiroz e os cachorrinhos dele colocando terror na gente.

Os cara da contenção começa amandar informação pelo rádio, subo nas lages junto com o Brunim, pra ter uma visão melhor. Seis carros da PM parados la na barreira, deve ter pelo menos uns 25 pau no cu rodando o morro agora.

A maioria das pessoas saíram das ruas, mas quando os tiros começaram as que ficaram tiveram que arrumar lugar pra se proteger. Pelo barulho mais intenso, da pra vê que os verme tão subindo pela principal — covardes do caralho, bem na hora das criança sair da escola.

Fico na espreita atrás da caixa d'água e miro o fuzil na em baixo bem na reta desses otários.

— Bora caralho, bota esse arrombado pra correr. — eu grito no radinho e os mano grita de volta.

Os policiais não escolhem em quem atirar, sobem o morro na hora do fluxo e tão pouco se fodendo se tem trabalhador ou criança na rua. Eles tão largado o aço e nem se importam onde ta pegando. Aí vem a mídia e fala que foi bala perdida e nunca aparece o culpado.

To com tanta coisa na cabeça, cheio de coisa pra resolver e já tem mais de 1 hora de confronto e eu já perdi o resto de paciência que ainda tinha. Desço da laje com os moquele atrás de mim e vou te frente pro confronto, atiro pra matar mermo e foda-se. Só quero que isso acabe logo pra eu continuar minha busca.

Corro por trás dos carros e vou entrando nos becos atirando em cada cu azul que vejo. Desço mais a rua e de longe vejo uma senhora segurando as mãos de uma garota que tava de costas, a coroa começa a chorar e a menina se abaixa com o tiro que pega na lateral do carro.

Atiro no policial que tava indo na direção delas e o tiro derruba ele, então eu corro pra dentro do beco e puxo o radinho pra ouvir o que os manos tão falando.

Depois de algum tempo os tiros diminuem e o resto dos policiais recuam, e eu escuto os fogos de fim da invasão. Os moleque dão tiro pro alto e começam a procurar os feridos e vê se ficou algum policial no morro.

Jogo o fuzil nas costas e puxo o radinho da cintura.
— Qual foi chefe, ta por onde? — ele não responde.

Chego num vapor que tava por perto e pergunto se ele viu o Cobra, e nada também. — Onde esse cara se meteu mano?

— Aí sorriso — o radinho apita na minha mão — Vi o Cobra entrando no barraco da 12 com uma mina, parece que ele foi atingido. — me viro pro Caique que tava atrás de mim e mando ele buscar o carro e me encontrar lá.

Subo pelas escadas no beco pulando os degraus o mais rápido e entro na rua 12 seguindo até o barraco desbotado que a gente usa pra fuga.

Assim que paro em frente a casa, o Caique chega junto com o carro pra levar o chefe pro postinho. Eu passo pelo portão caído de lado e abro a porta da casa.

— Qual foi Cobra, deu mole em ma... — paro a risada na hora que olho pro lado e vejo a garota sentada na cadeira segurando um fuzil.

Como que respira? Acho que tô passando mal...

Ignoro o Cobra falando alguma coisa e me abaixo na frente da garota, levo a mão até seu queixo e levando sua cabeço de leve. Meu sorriso é involuntário, eu nunca esqueceria aquele rosto.

Eu gargalho e sinto meu rosto molhado, balanço seus ombros, chamo por ela e a abraço tudo ao mesmo tempo. Não consigo me conter.

— Caralho garota — eu gargalho de novo — Como você ta aqui? Meu Deus, meu Deus, VOCÊ TÁ AQUI MESMO.

Chamo o nome dela e ela levanta os olhos pra mim por um momento, aqueles olhos azuis focam em mim e ela sorri fraco. — Oi, irmão! Eu consegui te achar. — eu sorrio em responta e ela apaga.

Chamo por ela mais uma vez e nada de resposta, ela ta fraca e toda suja, sua calça que era azul-claro agora tá vermelha de sangue. E na hora me bate o desespero, ela tava aqui dentro com o Cobra...

Me viro pra ele ainda segurando os ombros dela e vejo sua cara de confusão. — O que você fez?

— Quê? — ele pergunta confuso

— Por que tava aqui sozinho com ela e ela ta toda machucada? — me levanto e solto o ombro da minha irmã por um segundo e ela tomba pro lado, a seguro outra vez.

— Ih tá doidão? Essa maluca aí apareceu do nada com a arma do aliado. Sei nem quem é. — ele responde e se levanta com dificuldade do sofá. — Me ajuda aqui arrombado, eu tô baleado porra.

Tiro o fuzil da mão dela e jogo pra ele que pega com dificuldade e me xinga. Pelo ela nos braços e ajeito no meu colo levando ela pro carro.

— Ué, vai me ajudar não caralho? — Cobra pergunta dentro da casa quando eu passo pela porta.

— Ai, Caique, ajuda o chefe lá, ta com a perna fodida.

Coloco Helena deitada no banco de trás e entro colocando a cabeça dela apoiada no meu colo e o Cobra senta no banco do passageiro, Caique entra e arranca com o carro.

Vou o caminho todo olhando pro rosto dela e fazendo carinho em sua cabeça — Não dá pra acreditar que isso é real. Ela ta aqui, na minha frente e eu não consigo nem respirar direito. — penso.

— Você não tem noção do que eu fiz pra te achar, estrelinha. — falo baixinho pra ela — E agora você ta aqui. — eu dou risada nervoso e levanto o olhar vendo o Cobra me encarando.

— Qual foi da mina aí, quem é? — ele pergunta serio pra mim.

— Minha irmã. Ela é minha irmã! — é impossível tirar o sorriso do meu rosto — Eu vou cuidar de você, tá segura agora. — eu falo pra ela passando a mão no seu rosto.

...

E aí galerinha! 🫣

Eu sei, eu sei... Não me xinguem, eu tô tentando vir com mais frequência.

Fiz um perfil no insta pra gente bater um bato sobre a história e outras fics legais (que eu amo). Vou postar coisas sobre essa fic aqui e outras que tenho em mente para escrever, quero a opinião de vocês...

🙏Segue lá @freirefics

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