Sorriso
Pareceu uma eternidade pra finalmente chegar, paramos os carros 1 km antes e os escondemos na mata. Um atrás do presídio e dois na lateral, duas rotas de fuga.
Nos dividimos em grupos e vamos para as laterais, Pc liberou as cercas por 5min, tempo suficiente para nós entrarmos. Coloco a máscara, destravo minha arma que só vai ser usada em último caso, não queremos barulho.
Assim que entramos no pátio vejo Sergin mirar nos vigias que estão na torre, o tiro é certeiro e silencioso. O tranquilizante vai durar umas horas, então podemos entrar e sair sem problemas, assim eu espero.
Adão vai na frente e destrava o portão de entrada e seguimos, sempre alerta aos lados e atrás, Sergin passa na frente com a arma de tranquilizante e apaga três guardas que estavam fazendo ronda. Adão nos guia pelo corredor até chegar a outra porta que era a enfermaria, mas então um barulho alto pra caralho começa a tocar. Alguém ativou o alarme, puta que pariu.
— Atividade caralho, atira em quem vier. Bora pegar elas logo e sair de uma vez — Adão fala rápido é alto pra todos escutarem, ele tenta abrir a porta da enfermaria mas a chave não gira.
Um grupo de guardas aparece no corredor e começa os tiros. — Bora porra, arromba esse caralho seu filho da puta. — falo já sem paciência pra ele que continua tentando girar a porra da chave. Atiro em dois policiais que ainda estavam lá e eles caem no chão.
Ele atira na fechadura e a porta abre, nos entramos rápido e arrastamos o armário pra porta, vai adiantar nada essa porra, mas vai atrasar eles.
Meu coração está acelerado com o momento, olho ao redor vendo Adão abraçar uma morena que esta ao lado de mais duas garotas, ando pela sala e não vejo a Helena, mas que caralho.
— Cadê a Helena, porra? — mas nervoso do que a minutos atrás no tiroteio que ainda está rolando lá fora — ONDE ELA TA CARALHO??
A morena olha pra mim e pro Adão e fala cheia de marra — Sou babá não cara, Helena não tá aqui. Tem Dias que não vejo ela.
— Dias? Tá de sacanagem porra? Adão você me falou que tava tudo certo, tá de trairagem seu arrombado? — vou pra cima dele e os caras em volta dele já entram na frente.
— Qual foi Sorriso começa não irmão, se ela não tá aqui é porque não conseguiu vir po. Vamos sair dai logo que já tá esquentando. — ele fala como se não fosse nada. Porra eu só vim por ela, não vou sair daqui sem ela.
Os guardas empurram a porta e o armário cai no chão fazendo vidro cair em todo lugar, os moleques começam a arrombar a porta que da pro pátio e nosso grupo já está do lado de fora esperando, atiro na direção dos guardas e vejo eles recuando, assim que vejo que está mais tranquilo eu vou na direção do policial no chão que ainda ta vivo, agacho na frente dele e ponho arma na sua cabeça.
— Onde está a detenta Helena? Se der a resposta que eu quero eu deixo você viver. BORA PORRA, CADÊ ELA??? — os olhos dele brilham e vejo que ele sabe de quem eu estou falando, soco a cara dele fazendo ele cuspir sangue e em seguida me dá um sorriso.
— Aquela vadia já está em uma vala a essa hora. — ele gargalha e eu atiro no ombro dele fazendo ele gritar e de debater no chão.
— Última chance. — aperto o cano quente da arma na bochecha dele fazendo ele gritar mais.
— Bora Sorriso, anda logo mano. Já chega! — escuto me chamarem, mas não dou atenção.
— Ok, tá... tá bom. Transferiram ela pra outro lugar, eu não sei qual. Saíram um pouco antes de vocês invadirem porra... — eu não espero ele terminar, dou um tiro na sua testa e levanto atordoado.
Levo as mão à cabeça e esfrego a nuca, como assim transferida? O que eu vou fazer agora mano? Olho para a porta e vejo os moleques correndo para a cerca que com certeza já está desligada outra vez. Saio da enfermaria com a pistola na mão e corro na direção deles, vejo quatro guardas vindo na nossa direção e atirando, atiro de volta e corro, mas sinto uma ardência na coxa e grito.
Um dos soldados volta de me puxar pelo braço me fazendo andar e minha perna dói ainda mais.
— Bora irmão, aguenta porra — corro puxando a perna e vejo Sergin parando e atirando nos guardas atrás de nos, eles caem no chão e finalmente conseguimos sair dali.
Entro em um carro com os moleques do alemão, enquanto o filho da puta do Adão vai em outro carro provavelmente direto para o morro de merda dele.
— MERDA. MERDAA!!!
Não acredito que isso tá acontecendo. Baleado, perdendo sangue igual a uma torneira e sem a minha pequena. Minha vista embaça, não sei se pelas lágrimas ou por conta da fraqueza, os moleques arrancam com o carro e saímos do matagal em direção à pista.
— Aguenta aí Sorriso, vai dar tudo certo irmão.
Não falo nada, só sinto meu corpo mole e uma dor insuportável na perna e no peito. Não posso morrer assim, tenho que achar ela primeiro, deixar ela em segurança. Luto pra manter a mente alerta, mas é difícil, meus olhos estão pesados.
Escuto os gritos dos moleques bem longe, algo sobre ser seguido. E só escuto o barulho de tiros e em seguida um carro capotando antes dos meu olhos fecharem de vez.
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Mente Criminosa
Fanfiction🎶Redescobrindo meu eu, eu perguntei para Deus Porque me deu o livre arbítrio de escolher o que é meu Porque o senhor me escolheu? Se quem tinha que escolher era eu Se carregava ou não o fardo de ter que ser um dos seus Não sou rosa, não sou pura Nã...