MARDIN

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Depois de quase duas horas chegamos a Havalimani, aeroporto de Mardin. Em meio aquelas pessoas estranhas tinha uma que já havia visto. Celil, era ele, já estava a nossa espera. Tenho que concordar que a presença dele era muito importante, uma vez que, sem ele nunca iríamos chegar a casa de Samia.
Apesar de viajarem muito, meus pais nunca vieram a Mardin.

Nos cumprimentamos rapidamente, direcionando minha palavra quando muito necessário. Quero mostrar para ele que só vim a Mardin por Samia, minha mãe de sangue e meus irmãos.

Meu celular tocou, quando o peguei vi que era um alarme. Estava na hora de tomar o remédio para enxaqueca. Como não tinha água pedi licença e avisei que iria comprar uma água.

Deixei eles numa conversa sobre a beleza de Mardin. Comprei a água e abri a tampa com os comprimidos já em mão. Como não podia perder tempo direcionei a boca mesmo andando.

Com um piscar de olhos senti um solavanco forte no braço. A garrafa que segurava caiu no chão, antes derramando no meu rosto e roupa. Os comprimidos coitados, nem sei onde foram parar.

Olhei para a pessoa causadora desse desastre. Um homem, ele havia esbarrado em mim provavelmente falando no celular, percebi pelo objeto na sua mão respingado de água que derramei.

Senti meu coração arder, não de paixão, mas sim de um ódio extremo. Se eu tivesse uma faca agora, com certeza já teria feito um arte neste homem. Talvez a TPM tenha ajudado a exagerar na raiva mas fiquei possessa.

- Vê se olha para onde anda cara!!! - Falei quase gritando com a roupa toda molhada.

- Você atravessa no meu caminho e vem querer dá uma de certa, me poupe!!! - esbravejou ele irritado

- Seu filho da mãe!!!! Que Alá o faça queimar nas fogueiras do inferno!! - senti vontade de voar na cara dele.

- Você falou o quê? - aproximou ele com os olhos estreitos e o maxilar trincando.

- Desculpa Senhor Osman Harra. Ela estava entretida e não viu o senhor. - Entrou no meio Celil tentando acalmá-lo.

Desculpa nada, ele que está errado. pensei já querendo bater em Celil por estar ali defendendo este verme ambulante.

O Homem fingiu sequer escutar as palavras e saiu. Ele parecia estar chegando a Mardin também. Como Celil o conhece?
Fiquei observando ele saindo. Um homem alto, seus olhos e cabelos eram negros como a noite.

- Espero encontrar ele novamente. Vou estar com minha boca bem preparada, para mandar ele tomar no c*. Coisa que não pude fazer agora.

 Coisa que não pude fazer agora

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- Se acha o dono do mundo. - Falei baixo ainda enfurecida.

- Ele é um Harra, faz parte do clã. Está acima de todos aqui na cidade, até mesmo dos membros do clã. Falei aquilo porque ele poderia muito bem a castigar pelo afrontamento.

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