SOZINHA

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Foi maravilhoso. Osman é tudo na cama, além de disso foi cuidadoso, se preocupou com meu prazer. Coisa que  jamais esperei dele.

Mas me senti a pior pessoa por transar para conseguir algo. Agora não posso voltar atrás, devo seguir em frente com tudo que planejei. Também não posso me esquecer que valerá a pena tudo para ficar longe dele.

Senti algo escorrer entre minhas pernas, ao olhar fiquei estagnada. Como fui idiota de não procurar um anticoncepcional antes disso?!

É claro que Osman faria sem nada, eles esperam um herdeiro. Me desesperei em pensar de ter um filho com ele, eu jamais poderia ficar livre de Osman.

Coloquei um roupão e sequei as lagrimas, comecei lavar meu rosto para tirar o vermelho do rosto.

- Ei. O que está acontecendo? - Osman perguntou baixinho entrando no banheiro. Me pegando ainda com sinais de choro.

Enxuguei meu rosto e virei para sua direção sem saber o que inventar.

- Eu te machuquei? - Perguntou com o rosto preocupado.

Em alguns passos ele já estava perto acariciando meu rosto.

- Não, de jeito nenhum. - Falei tentando esboçar um sorriso.

- Então por que está assim? - Sua testa estava franzida. Por um segundo senti uma pontada no peito.

- Eu estou bem. - Falei me aninhando em seus braços. - Só um pouco cansada.

Osman me colocou em seus braços e levou até a cama, me colocando delicadamente e retirando o roupão do meu corpo. Depois nos cobrimos com um lençol. Deitei em seu peito escutando as batidas de seu coração, naquele momento sentindo seus beijos e carinho decidi deixar para pensar depois e só me deixar levar.

Osman pegou no sono e deitada em seu peito fiquei imaginando o quão complexo foi o rumo que minha vida tomou.

Acordei com os miados de Kipo no quarto, olhei para o lado e estava vazio Osman não estava na cama. Olhei o relógio e já passava das 8:00h.
Pulei da cama e fiz minha higiene matinal as pressas.

Saí a procura de Ipek pela casa, a achei num quarto arrumando algumas gavetas.

- Ipek, eu preciso de você. - Falei sem ar.

- Surya, o que Houve?

- Eu preciso que compre um negócio para mim, você pode? - Olhei para ela desesperada por um sim.

- Posso sim, mas o quê?

- Uma pílula do dia seguinte. Eu sei que é muito constrangedor para você, mas se eu pudesse iria. Osman ainda não me deixa sair assim.

- Surya, mas...mas este negócio não é aquele para não engravidar? - Perguntou com os olhos quase fora da caixa.

- Sim. - Sussurrei. Ela levou a mão a boca assustada por saber que eu e Osman transamos.

- Surya todos estão esperando um filho seu. Se ele souber não vai ficar nada bom. - Estava assustada com minha decisão, mas eu não posso ter um filho, não dele.

- Eu imploro. - Falei juntando minha mãos as dela.

- Tudo bem. - Aceitou me olhando em reprovação.

Abracei Ipek e fui até a mesa tomar café. Comi sozinha pois todos já haviam feito a refeição, depois de comer fui até o quarto suando as mãos.

Estava andando de um lado para o outro suando frio, até que Ipek aparece com uma cartela de comprimidos e um copo de água. Tomei depressa e senti meu corpo relaxar esvaindo a tensão.

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