INFELICIDADE

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Passei minhas mãos nos braços que doíam pelo seu toque grosso.
Foquei minha atenção neles que estavam vermelhos feito cereja.

Osman falava algumas coisas mas procurei não escutar. O quarto ficou num silêncio estranho estranhei e levantei o olhar para ver se ele havia saído.

Mas Osman estava a minha frente olhando meus movimentos com as mãos que massageava os braços.

Me afastei para longe quando ele sentou ao meu lado na cama. Mas fiquei surpresa em vê-lo com a cabeça entre as mãos com os braços apoiados na coxa.

- Eu temia que voltasse a me machucar. Eu sabia que você o faria novamente porque te ensinaram que isso é normal, assim como todos os outros homens de lá, e eu...eu fui criada para ser independente. - Respirei fundo, fazendo ecoar entre nós dois e continuei.

- Planejei tudo, dormi com você porque fazia parte desse plano. Eu poderia ter fugido e ficar feliz...mas...eu eu não estava.
- Deixei as palavras saírem, meu coração pulava e a vontade de dizer que o amava mesmo sendo um cretino era alta. No entanto não podia fazer isso, não adiantaria de nada.

Observei ele sair sem ao menos olhar na minha cara. Deitei na cama e chorei porque minha vida se tornou um inferno do momento que o conheci.

Acordei com um barulho de vidro vindo de lá debaixo, talvez da sala. Ainda estava tudo escuro a madrugada fria ainda reinava. Abri a porta e desci as escadas.

- Vem cá, eu quero você. - Osman falou me segurando pela cintura. Seu hálito era de puro álcool.

- Osman! Você bebeu demais. - O repreendi. Apoiando meu antebraço em seu peito para manter distância.

Senti seus beijos por meu pescoço me amoleceu.

- Para com isso! Vamos tomar um banho para deitar você está podre a álcool.

O puxei pela mão mas percebi que nela havia algo. Era a chave da porta, peguei e fiquei a olhar inserta se seria a melhor coisa a fazer.

- É a chave, o que está esperando? - Falou me olhando sério, parecia até sóbrio mas eu sei que jamais faria isso se estivesse.

Olhei para a porta e sequer percebi que estava entreaberta. Fui até ela e fechei, joguei a chave na mesinha de centro e o levei até o quarto.

Osman estava tão indefeso, o meu menininho. Retirei toda a roupa dele e depois a minha. Entramos juntos e dei um banho nele tendo que me controlar com os beijos que ele distribuía pelo meu corpo.

O enxuguei e o joguei na cama. Ainda de toalha fui atrás de uma roupa para Osman, mas todos os quartos estavam trancados.

Ao voltar o encontrei dormindo com sua virilidade exposta na minha cama. Fiquei admirando seu corpo nú e deitei ao seu lado jogando um lençol sobre nós.

Acordei sem nada no corpo com um lençol. Acabei esquecendo de tirar a toalha do corpo para me deitar.

Osman já não estava mais na cama, levantei e fui escovar os dentes.

- Por que não foi embora? - Escutei Osman falar. Me assustei e deparei com ele de toalha na cintura. Já estava no banheiro e não percebi.

Pensei rapidamente e arranjei uma desculpa que não deixava de ser verdade.

- Sair a noite sem saber onde está seria perigoso não só para mim, mas para a minha filha. - Lavei a boca e dei meia volta para sair.

Desci e fui tomar café, coloquei várias coisas sobre a mesa e sentei-me. Osman logo desceu vestido, com roupas que provavelmente estavam em outro quarto.

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