Mileven: Two Worlds

Convicta

N/A: Hello!
Galera, estou vendo que alguns de vocês andam se confundindo com os acontecimentos da história. Como eu disse em algum comentário, Two Worlds dificilmente terá um capítulo que explique tudo, as informações estão espalhadas em cada capítulo, sendo assim é preciso ter bastante atenção ou, se preferir, voltar aos capítulos anteriores quando não entender o porquê de determinada cena.
Qualquer dúvida, também estou à disposição. Beijinhos!

Jane

Bryce Cooper era um sujeito intrigante, agradável, como uma daquelas pessoas que você não consegue antipatizar.

 Eu achava isso um dom, porque uma personalidade envolvente não era para qualquer um; Talvez a aparência também viesse a calhar, não que sua beleza fosse atraente como a do Bruce, mas havia um "ar" bastante angelical na forma como pequenas rugas surgiam ao redor de seus olhos quando sorria, e nos cachinhos cor de ouro que se projetavam até a base de seu pescoço.

 Porém não posso deixar de perceber como seus dedos muitas vezes se mantiveram inquietos sobre o joelho, indicando que ele esteve se controlando diversas vezes para não me tocar de alguma forma. Isso se fez mais evidente no instante em que Bryce ergueu a mão para tocar no meu ombro e mudou de ideia no último minuto, recolhendo-a de volta para si.

Na maior parte da conversa suas íris esverdeadas estiveram em mim, analisando maneira que eu falava e principalmente como agia. Bryce acompanhava todas minhas as expressões, desde o sorriso até a mais simples linha torta que resolveu aparecer enquanto conversamos.

Seu cérebro pareceu ter realizado um ótimo esforço em impedi-lo de fazer o que seu corpo pedia, mas o mesmo não pôde salvá-lo da minha desconfiança, que acompanhou-o até que horas mais tarde abraçasse o amigo se despedisse, fechando a porta atrás de si.

Há uma garota ruiva na porta da casa, conversando com Bruce na manhã seguinte. Leves faixas de sol banhavam-lhe o rosto, transformando seus olhos brilhavam em um par de safiras. Ela tinha o quadril encostado ao corrimão do hall de entrada da residência e sorria para algo que ele dizia.

Eu jamais imaginaria que havia mulheres tão bonitas na Periferia, o que acaba por trazer uma ínfima e extremamente imatura quantidade de inveja.

Não demora muito para que a conversa cesse e duas cabeças se voltem na minha direção, causando um rubor desnecessário nas maçãs do meu rosto.

- Desculpa, eu não queria atrapalhar vocês dois.

Bruce é o primeiro a esquecer o apoio do corrimão, se aproximando um passo com um de seus característicos sorrisos acalorados.

- Ainda bem que você apareceu, El. Eu queria te apresentar a uma pessoa.

A garota para à minha frente. Agora, de mais perto, eu posso perceber que ela estava a uns dois ou três centímetros acima de mim.

- Oi! Eu sou a Lucile, amiga de longas datas do Bruce. - ela se apresenta, trocando antes um olhar rápido com o dono da casa - O garotão aí já me falou muito sobre você.

- Ah - exclamo, sem saber muito bem como reagir a aquilo - eu sou a Eleven, é um prazer te conhecer.

Lucile sorri de lado e recua um passo, perscrutando o meu rosto com seus olhos cor do céu; Há uma curiosidade desmedida neles.