Capítulo 30

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— Você ainda não me disse o que quer, Archeron.

Aquelas foram as primeiras palavras dele depois de entrarem na pequena cidade, bem mais movimentada do que a anterior, e passarem pelos guardas. Sam estava virado na direção dela, perto; tão perto que ela quase pediu que o prêmio fosse beijá-la. Ela não era tão estúpida, no entanto.

— Estou surpresa com o quão bem você está levando isso. Achei que teria mais indignação de sua parte. Achei que fosse mais competitivo  — o tom de voz dele era solene, mas suave, ao responder.

— Eu sou competitivo, mas não um mal perdedor. Você ganhou, pronto.

— Você não parece filho de Aelin, desse jeito — ambos seguraram um sorriso — E eu ainda não decidi — ele ergueu uma sobrancelha.

— Pois decida mais rápido. Eu estou dando um prazo até o final do dia para cumprir o que você quiser —Lyla o encarou, claramente indignada.

— Eu fiz a aposta, eu deveria decidir as regras — não fazia muita questão, na verdade, mas discutir com Sam era bom demais para resistir.

— Eu vou cumprir o seu desafio, então eu dito as regras.

— Melhor ser humilhado aqui, na frente de desconhecidos, não é?

Sam não assentiu, nem negou, mas Lyla não precisava de respostas, não dele.

— Que horas sua reunião acaba?

— No final da tarde... depois do sol se pôr, eu acho.

— Tem certeza de que não quer que eu vá com você? — era incrível ver como o rosto dele ficava ainda mais bonito com s feições suavizadas.

— Não, eu perdi. Não tem porquê estender meu sofrimento a você.

Lyla podia dizer que estava surpresa. Não esperava que ele falasse daquela forma sobre uma reunião como aquela. Se fosse com ela, com certeza iria aos pulos. Amava qualquer coisa que tivesse a ver com diplomacia e estratégia desde que era uma criança espionando os encontros secretos entre seu pai e os príncipes e governadores de Velaris.

— Você não gosta de fazer isso?

— Não — a resposta dele foi natural — E quem gosta?

Ela lhe lançou um olhar que dizia que ela gostava. Isso o pegou de surpresa.

— Como? Essas reuniões são um tédio — a testa dela se franziu.

— Aelin te obriga a fazer isso? — a negativa foi imediata.

— É apenas o necessário. Você realmente gosta? — Lyla assentiu.

— Como acha que me tornei emissária da Corte aos dezessete? Eu sou apaixonada por reuniões de estratégia, relatórios, e estudo sobre as interações e acordo entre reinos e Cortes desde que me entendo por gente. Fui feita para a Guerra, mas um bom governante sabe evitá-las.

Lyla soube, pelo tanto que as sobrancelhas platinadas dele se ergueram, que ele estava impressionado; algo como satisfação se espalhou em seu peito. E então, uma ideia começou a se formar em sua mente.

— Quer saber? Esquece. Eu tenho que ter tempo de planejar o meu prêmio — o olhar de Sam deixava claro que ele achava que provavelmente iria se arrepender daquilo, e Lyla tinha que concordar. Afinal, essa era a intenção.

 Afinal, essa era a intenção

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A Court of Night and FireOnde histórias criam vida. Descubra agora