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Dormir foi um desafio

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Dormir foi um desafio. Passei a noite inteira me remexendo na cama, em busca de alguma posição adequada, mas meu corpo estava inquieto demais para adormecer. Não me surpreendi quando o despertador tocou e eu só tinha conseguido tirar um cochilo. Meu corpo reclamou quando espreguicei, insatisfeito por ter que sair do conforto da cama e com um pouco de cansaço o abatendo.

Empurrei o cansaço para o lado. Levantei no meu antigo horário habitual, motivada a reestabelecer uma rotina mais saudável e responsável. Se eu fosse ser contratada naquele emprego não poderia perder o costume de acordar cedo.

Me arrastei para a cozinha, motivada a tomar o café mais forte o possível, preferencialmente sem açúcar. Liguei a cafeteira, coloquei a água e o pó, apertei o botão e deixei que a tecnologia fizesse o resto. Enquanto aguardava o café ficar pronto, colocava os pães na torradeira.

Mesmo não estando em um bom-humor pela exaustão em meu corpo, tive que sorrir ao ver Lilly surgindo. Minha amiga estava animada e me abraçou fortemente logo ao me ver. Nem parecia que tínhamos passado a noite toda conversando e trocando as novidades.

Ontem a escutei tagarelando sem parar sobre o encontro perfeito que teve com Luke Strawford. Ele tinha alugado um helicóptero somente para levá-la a um restaurante conceitual em outra cidade. Não interrompi Lilly durante sua narração. Ela parecia feliz demais com esse novo relacionamento. Tentei não expressar minha decepção ao saber que ela finalmente estava conseguindo superar Will, enquanto nosso amigo tinha tido a capacidade de admitir que continha sentimentos por ela, mas havia feito aquilo para a pessoa errada. Agora eu era responsável por guardar o segredo de ambos. Ok, já tinha dito a Will que Elizabeth gostava dele, mas como ela reagiria se eu a contasse aquilo? Preferia não saber. Gostava de ver o quão feliz e leve Elizabeth estava.

Não tocamos no assunto sobre Sebastian Johnson ou Louis Turner, mas adormeci pensando sobre eles e o que deveria ser feito. Estava tentada a dar uma oportunidade a eles, principalmente a Sebastian. Talvez já tivesse chegado no limite para torturá-lo com a minha falta de notícias. Claro que ele sabia tudo sobre mim através de Lilly, mas ele insistia com as ligações, em uma tentativa frustrada de se explicar. Mas qual seria sua explicação? Uma parte minha não desejava ouvi-lo, mas a outra estava repleta de um medo inseguro. Eu tinha medo de uma pessoa sem rosto, que desejava me machucar apenas para atingir Sebastian Johnson. O que essa pessoa ganharia fazendo isso?

Quando esses pensamentos incômodos surgiam, da ideia absurda de alguém querer me machucar, eu os empurrava para o fundo da minha mente e tentava pensar em qualquer coisa para me distrair. Era em momentos como aquele que adorava ouvir o que Lilly tinha a dizer.

— Ansiosa? — perguntou minha amiga enquanto se servia do café fumegante. Estendi minha caneca para ser servida.

— Só um pouco! — Lilly me conhecia muito bem para saber que eu raramente bebia café, somente em que as noites eram uma luta contra a minha ansiedade.

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