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— Ei! Terra chamando Melissa! — Senti um toque em meu ombro e Elizabeth chamando meu nome

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— Ei! Terra chamando Melissa! — Senti um toque em meu ombro e Elizabeth chamando meu nome.

Percebi que havia me perdido em pensamentos por um longo tempo, mais do que esperava. Olhei para meus dois amigos que me fitavam preocupados.

— Oi! O que houve?! — perguntei, em um tom de voz alto.

— Você não estava nos respondendo e nem parecia estar escutando — comentou Will, bebericando a água de sua garrafa.

— Eu... Apenas me distrai! — Aquilo não deixava de ser mentira, pensei. Eu tinha me distraído. Me distraído com Will e uma lembrança muito antiga.

Eu deveria ter consciência das minhas atitudes e me tocar que jamais Will havia gostado de mim novamente, e eu jamais deveria sentir algo por ele. Lembro de ter dito a mim mesma que nunca gostaria. Temi que talvez eu estivesse indo contra minhas palavras, mais uma vez.

Pra deixar de lado e fazê-los esquecer do meu momento de transe, percebi que tocava uma música que nós três adorávamos. Quando ela começou a tocar a expressão de choque e êxtase foi notável em nossos rostos.

— Eu amo essa música! — gritou Lilly, animada.

William também gostava, pois sempre estava ouvindo-a em seu carro ou na playlist de Spotify durante a academia. Já eu amava aquela música apenas mais um pouco por ser de uma das minhas bandas favoritas. Nós três começamos a cantar, em alto e bom tom, a música High Hopes do Panic! At the Disco.

Não pude negar que aquela ocasião ficaria para sempre em minha memória. Divertia-me com eles sempre, mas aquele momento se transformou em algo especial. Eu temia que um dia aquilo acabasse. Eles eram uma das pessoas mais importantes da minha vida, e eu não queria um final. Tentei não pensar nisso e foquei em me divertir com meus dois melhores amigos.

Cantamos bem alto, sabendo a letra inteira, sem errar uma vez sequer. Começamos a dançar de um lado pra o outro, de forma desajeitada. Tentei não mover muito meu pulso machucado, mas conseguia mover meus quadris e meu lado esquerdo conforme o ritmo da música.

Não vi o tempo passar. Uma música veio atrás da outra e dançamos e cantamos. Tentei não me esforçar muito e bebi bastante água. Depois de algum tempo Lilly queria mais um drinque e eu tinha uma vontade intensa de ir ao banheiro.

— Acho que eu vou ao banheiro! — gritei, informando meus dois amigos.

Lilly apenas assentiu, desinteressada em ter que sair dali. Will se inclinou em minha direção e falou:

— Você quer companhia? Posso te esperar do lado de fora! — A voz dele veio em alto e bom tom. Um arrepio desceu pelo meu corpo ao sentir seu hálito tocar meu pescoço. O pior não foi isso, mas seu cheiro intenso que invadiu minhas narinas. Era um perfume forte e envolvente, ao mesmo tempo causava uma sensação calorosa. Talvez isso fosse apenas coisa da minha cabeça, pensei.

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