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Meus punhos cerraram, tentando conter a raiva

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Meus punhos cerraram, tentando conter a raiva. Mesmo Sebastian e eu tendo nossas divergências, não queria vê-lo se constrangendo diante das pessoas.

Os olhos de íris verdes de meu falso namorado vieram em minha direção, sinalizando o desespero contido em seu interior. Ele não sabia o que fazer. Fiquei subitamente em pé e sinalizei com os polegares, motivando-o a continuar.

— M-muito o-obrigado! — agradeceu, concluindo de supetão o discurso e se retirando do palco.

Sebastian foi para trás do palco, onde a equipe da premiação o aguardava. O público não soube como reagir, porém, aplaudiram, ignorando o fato de o Melhor CEO do Ano ter ficado nervoso ao discursar diante de várias pessoas.

Contudo, eu sabia que o motivo não era esse. Sebastian estava indo bem. Até o momento que visualizou a última pessoa que desejava ver entre o público, olhando-o com deboche e deleite ao vê-lo fracassar em seu discurso.

Uma raiva fervente tomou conta de mim, tomando as dores de Sebastian. Cada palavra dita por Seth, de como seu pai o havia tratado fomentavam minha mente.

Quando percebi, meus pés já se moviam em direção à mesa que o homem mais velho estava sentado. Fui ignorada a princípio, até parar ao seu lado. Minha presença chamou a atenção daquele homem, que me olhou com incomodo. Havia uma mulher ao seu lado, com características que remetiam a Seth e pressupus ser sua mãe. A mesma também sorria em divertimento, aprovando a fuga do CEO do palco.

— Posso ajudar, senhorita? — indagou o homem, de maneira retórica, nenhum pouco interessado em me ajudar.

— Pode! — exclamei, pegando a taça de champanhe sobre sua mesa e, não me contendo, jogando todo o conteúdo em seu rosto.

As pessoas à volta reagiram em choque, completamente surpresas pelo meu ato. E eu também estava, por isso, não hesitei em deixar a taça de lado e fugir o mais rápido que podia dali.

Não sabia quais consequências minha atitude geraria, mas pouco importava, pois já estava feito.

Honestamente, eu nem sabia por que havia tido aquela atitude, mas uma mágoa que não era minha me consumia. Havia muita revolta em meu coração. De certa forma eu sentia empatia pela situação de Sebastian, porque também tinha vivido uma situação abusiva com meu pai. Fazer aquilo tinha sido uma forma de dar o troco, mesmo que não o suficiente, em alguém que não merecia o filho que tinha.

De maneira inconsciente corri para os bastidores da premiação, onde poderia encontrar Sebastian.

Passei entre as pessoas ali, que me olharam surpresas, procurando incessantemente o meu CEO. Não demorei muito a encontrá-lo, pois alguém parecia conversar com ele.

— O senhor deseja uma água? Precisa de alguma coisa? — O assistente de produção tentava tranquilizar o outro homem, inseguro sobre o que dizer ou agir.

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