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Voltei para a casa sã e salva

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Voltei para a casa sã e salva. Era apenas três horas da tarde, e percebi que não sabia ao certo o que deveria fazer. Havia muito tempo que não ficava sentada no sofá assistindo à televisão, mas não queria ficar parada. Guardei minha mochila no quarto e decidi começar a organizar algumas coisas. Recolhi as roupas sujas e coloquei pra lavar, separando por cor, como Elizabeth gostava. Retornei para o meu quarto e comecei a arrumar algumas coisas. Tinha certa dificuldade por só poder usar uma mão, mas não desisti.

Arrumei minha cama, alguns livros na estante e, principalmente, minha escrivaninha. Aos poucos tudo ficou aceitavelmente organizado e fiquei satisfeita. Voltei para a cozinha e coloquei os pratos e copos na lavadora. Quando a roupa ficou lavada, as coloquei na secadora. A pior parte foi ter que dobrá-las. Apenas fiz isso com as de Lilly. As minha joguei de qualquer jeito sobre a cama, com uma promessa de que um dia as arrumaria.

Com as poucas coisas que fiz percebi que o tempo tinha passado e logo Lilly retornaria para o apartamento. Sentei-me no sofá e esperei o tempo passar. Ouvi um barulho alto, como tiros e arregalei os olhos. Prestei mais atenção e percebi que deveria ser Alexander jogando um de seus vários jogos para o Youtube. Sabia que muitas pessoas ficavam ricas e famosas trabalhando com isso, mas não sabia se ele já havia chegado a esse ponto. Fui até essa plataforma e procurei o canal dele. Demorei um pouco e encontrei. Ele tinha um total de quase 50 mil inscritos. Deveria ser muito, certo?

Eu não tinha muito tempo para acompanhar canais. Com meu tempo livre tentava ler ou ver algum filme novo, mas, principalmente, assistir meus amáveis filmes clichês. Por isso, ao pensar sobre, decidi ver algum filme até Lilly chegar. Liguei a televisão e coloquei na Netflix, procurando algo agradável. Após longo trinta minutos de procura, decidi assistir Uma Linda Mulher.

Era um bom filme, mas não do tipo que aconteceria de fato. Isso é o que aprendemos com clichês, especialmente. Nunca um cara pediria ajuda para uma prostituta no meio da rua. Hoje em dia temos GPS e Internet. E pra conseguir uma mulher para fingir ser algo sua, é só pesquisar em algum site que facilmente vai encontrar. Dificilmente ele se apaixonaria por ela. A mulher seria apenas uma diversão para ele e fim. Contudo, é por isso que o clichê parecia tão bom, por que era ridiculamente impossível de acontecer.

Não pude negar que o homem tinha atitudes ridículas com a personagem da Julia Roberts. Fingindo ser um sem sentimentos e tendo um passado difícil com o pai. A vida dele poderia ser muito infeliz, mas ele era super rico. Isso me fez pensar no chefe de Elizabeth. Como seria a vida dele? Ele tinha desavenças com o pai? Com algum irmão mais velho que queria roubar o lugar dele? Uma ex-namorada louca? Ou tinha perdido a mãe muito jovem?

Escorei a cabeça no sofá e fiquei olhando o teto, ignorando o filme que passava em minha TV. Não deveria perder meu tempo pensando no chefe de minha melhor amiga. Ele nem me conhecia, então não deveria preocupar com nada. Todavia, minha curiosidade estava aguçada por ele. Peguei o celular e procurei seu nome no Google. Alguns segundos depois o nome surgiu com mais algumas informações.

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