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Acordei exausta na manhã seguinte

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Acordei exausta na manhã seguinte. Parecia mais que eu tinha ficado acordada a noite inteira correndo uma maratona e não deitada em uma cama macia com lençóis de mil fios de ouro. Eu não recordava com clareza dos meus sonhos, mas poderia apostar que Sebastian Johnson estava neles. Nem mesmo lá ele me deixava em paz, percebi.

Arrastei-me do conforto dos lençóis e travesseiros e fui para o banheiro. Eu estava em um estado horroroso, principalmente por não ter tirado a maquiagem na noite anterior. Meus cabelos estavam altos e bagunçados — provavelmente embaraçados — e minha maquiagem tinha manchado meu rosto. Além, claro, do meu corpo completamente dolorido.

Eu tinha acordado bem cedo, por isso decidi tomar um banho bem quente para aliviar os músculos enrijecidos. Aproveitei para tirar a maquiagem e voltar a ser a antiga Melissa, além dos cabelos.

Meia hora depois estava completamente vestida — com a roupa que tinha vindo — e nada que remetesse ao meu eu da noite passada. Voltei a ser a pessoa de antes, desajeitada e confortável. Peguei o celular e verifiquei as horas: 7h18min. E nenhuma mensagem de Lilly. Eu deveria retornar para casa urgentemente, mas antes precisava pegar minhas coisas com Alex, pedir desculpas por ter ido embora sem justificar, e esperar que Lilly não descobrisse sobre o meu real paradeiro do dia anterior e, principalmente, com quem eu estava — no caso, Sebastian Johnson.

Desci as escadas e fui em direção ao meu senhorio — sinta a ironia — para avisar que estava indo embora. Eu tinha pressa e muitas coisas para resolver. Minha vida estava um caos e eu tinha intenção de colocá-la no caminho certo ainda hoje. Deveria tomar decisões bastante complicadas, que poderiam gerar consequências desagradáveis.

Não demorei muito para encontrar o CEO. O mesmo estava sentado à mesa e sendo servido com o café da manhã pela governanta. Logo me viu ao entrar no recinto e, para meu desprazer, sorriu em minha direção. Percebi que se recordava da noite passada, assim como eu, mas estava de bom humor — ou planejando algo terrível contra mim.

Eu não prestei tanta atenção nele inicialmente, mas sim no lugar que encontrávamos. Eu não tinha estado ali antes, mas provavelmente era o lugar mais iluminado de todo o apartamento, pois era completamente envidraçado — o telhado e as janelas enormes. Era inteiramente grande, sendo dividido de um lado com uma mesa cumprida — onde Sebastian Johnson tomava seu café da manhã — e com uma sala de visitas com mais sofás do que uma loja de móveis.

Fui em direção à mesa e notei uma quantidade absurda de comida, desde ovos mexidos com bacon a tortas, pães caprichados, panquecas e bolos. Parecia o café da manhã que víamos em filmes e séries, que as pessoas jamais comiam ou tocavam, apenas decorativo. Minha barriga roncou apenas para recordar que estava vazia e precisava ser preenchida. Prometi que mais tarde comeríamos algo, e não agora.

— Bom dia, srta. Fontoura. Vejo que acordou cedo — comentou minha pessoa menos favorita, Sebastian Johnson, com um sorriso largo no rosto. Não sabia de onde vinha todo aquele bom humor, mas poderia afirmar com convicção que se tratava do fato de eu estar ainda na palma de sua mão.

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