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Se eu sonhei, não me recordava em detalhes do sonho

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Se eu sonhei, não me recordava em detalhes do sonho. Contudo, com certeza Sebastian Johnson estava nele. Mesmo de olhos fechados, seu rosto ainda surgia em meus pensamentos e nos sonhos mais ínfimos do meu interior.

Talvez isso estivesse acontecendo porque eu ainda estava embriagada por seu perfume, o calor de sua pele e presença avassaladora.

Somente consegui dormir porque meu corpo estava completamente exausto, mesmo minha mente desejando manter-se consciente para não desgrudar os olhos do homem ao meu lado.

Acordei apenas porque meu corpo já tinha se habituado a acordar cedo. Mesmo tendo dormido a noite inteira, acordei um pouco cansada e o corpo dolorido em alguns pontos.

E, honestamente, se eu pudesse, teria ficado deitada naquela cama pelo resto do dia. Os lençóis macios acariciavam minha pele, trazendo-me conforto, e o colchão igualmente macio dava a sensação de estar dormindo sobre nuvens fofinhas — mesmo eu não sabendo como era dormir em nuvens.

Na verdade, parecia literalmente que eu estava nas nuvens. Ou ainda sonhando.

Quando abri meus olhos, deparei-me com o personagem dos meus sonhos, só que em proporções reais. E seu perfume foi à primeira coisa que me fez perceber o quanto estava próximo. Não fiquei surpresa quando deparei com ele observando-me. Seus olhos verdes estavam fixos em meu rosto, atento a cada detalhe e característica. Aquilo me causou desconforto, pois eu deveria estar terrível ao acordar.

Puxei a coberta para meu rosto, tentando me esconder. Escutei seu riso e ele puxou a coberta, obrigando-me a expor minha feição de recém acordada. Eu deveria estar descabelada e com o rosto inchado de alguém que acabou de acordar, mas isso não o desagradou. O sorriso em seus lábios aumentou assim que deixei visualizar minha feição.

— Bom dia — cumprimentou Sebastian, a voz rouca.

Eu estaria mentindo se dissesse que aquela voz rouca não tivesse surtido efeito em mim. Quis me estapear por estar pensando em coisas inapropriadas logo de manhã, mas era difícil com um homem como ele ao meu lado.

— Péssimo dia — resmunguei, esfregando os olhos e rezando para não ter remelas neles.

— Por quê? — indagou, surpreso pelo meu mau humor matinal.

— Porque eu odeio acordar cedo...

— É, isso eu já sei — riu ele, relembrando provavelmente a mesma coisa que eu, das vezes que fui chamada para ir ao seu escritório bem cedo, de manhã.

— Que horas são? — perguntei, recordando que era dia da semana e eu tinha minhas obrigações habituais.

— Provavelmente sete horas da manhã, um pouco menos ou mais. Não tenho certeza, mas sei que Rose já veio bater na porta estranhando o fato de eu não ter levantado e você muito menos estar na sua cama... — respondeu Sebastian.

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