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Eu me encontrava completamente desesperada

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Eu me encontrava completamente desesperada. Talvez estivesse exagerando, mas a mensagem de Will repetia várias vezes em minha mente. O que significava? O que eles queriam conversar comigo? Será que tinham descoberto a verdade? Será que ficaram sabendo... Do meu relacionamento com Sebastian Johnson?

Isso estava me devorando por dentro. Passei o dia inteiro evitando pensar a respeito, mas agora ali, segurando a barra dentro do vagão do trem e tendo que esperar trinta minutos para chegar ao Brooklyn, decidi tirar minhas próprias conclusões. Peguei o celular e pesquisei o nome do CEO. Poucos segundos depois surgiram suas informações que li há algum tempo, assim como algumas notícias. E dentre elas estava:

''CEO Sebastian Johnson vai a baile beneficente acompanhado de mulher desconhecida''.

Cliquei no site para visualizar a notícia e lá tinha uma fotografia de nós dois naquela noite. Porcaria, pensei, só poderia ser isso! Lilly deveria estar furiosa comigo, provavelmente muito magoada. E se ela suspeitasse da verdade por trás dessa história? E se imaginasse que não passasse de uma mentira?

Meu coração queria sair pela boca por bater tão rápido contra minhas costelas. Comecei a tentar tranquilizar minha respiração e tratei de inventar qualquer coisa que aquietasse minha mente. E se não fosse nada disso? Eles poderiam apenas estar com saudades de mim e ter comprado um bolinho — já que sabiam que eu amava bolo — para comemorar meu retorno, certo? Certo!

Meia hora depois as portas do trem se abriram e fui mais rápida que os outros passageiros, atravessando-a e saindo da estação. O familiar distrito do Brooklyn surgiu em minha visão, numa segunda à noite em que pessoas caminhavam de mãos dadas ou voltavam cansadas para casa do dia longo de trabalho. Eu poderia ser uma delas, mas atravessei o caminho da estação de metrô até o apartamento em poucos minutos, com passos rápidos e desordenados.

Atravessei as portas de entrada do prédio e subi os dois lances de escadas até o andar do meu apartamento. A familiar porta surgiu em minha frente e tive que parar. Recuperei o fôlego, ajeitei os cabelos bagunçados pela corrida e coloquei uma expressão normal no rosto, que não transparecesse meu desespero. Will e Lilly ainda não sabiam que meu horário de trabalho tinha mudado, assim como minha função. Eu contaria isso hoje a eles, se saísse viva.

Coloquei a chave na fechadura e abri a porta, girando a maçaneta e adentrando o apartamento. Não notei nada de diferente à primeira vista. Tudo continuava igual. O sofá vermelho no mesmo lugar, a televisão desligada — isso eu estranhei —, nenhum barulho na cozinha... A não ser uma conversa em tom baixo. Deixei minha bolsa de lado no chão e caminhei a passos lentos até lá. O que estivessem fazendo, eu iria descobrir.

Saí de trás da pilastra e deparei com Will e Lilly sentados ao balcão da cozinha conversando. Ambos notaram um movimento e olharam em minha direção. Instantaneamente estranharam minha súbita chegada, ainda mais naquele horário. Will fez questão de olhar no relógio para verificar as horas.

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