Meu dia mal havia começado e eu já tinha muitas coisas para fazer. Ok, eu estava em um quarto de hospital, portanto, o que tinha de tão importante para fazer? Ora, exames!
A enfermeira surgiu, acompanhada de outra profissional, e ambas se prontificaram a tirar meu sangue, como a me preparar para novos exames. Eu faria uma ressonância magnética, pelo o que haviam me informado. Informaram sobre todos os detalhes do exame e avisaram a Lilly que ela não poderia me acompanhar. Minha amiga ficou chateada e ao mesmo tempo preocupada, porém teve que concordar com os termos.
Fui colocada em uma cadeira de rodas e guiada pelo corredor, sendo levada para outra parte do hospital, onde seria feito o exame. Assim que entrei no ambiente, acabei me deparando com o doutor Charles. Eu esperava encontrá-lo, claro, mas gostaria de ter tido tempo de pentear o cabelo. Ele me passou as últimas orientações enquanto ambas enfermeiras terminavam de me preparar.
— Você deve evitar se mexer durante o exame. Também não fique preocupada, pois é algo realmente tranquilo. Você já fez esse exame antes, mas estava desacordada, dessa vez a intenção é justamente saber como está a sua lesão. Assim que sair os resultados, irei informá-la imediatamente. Tudo certo? — explicou o médico, se dirigindo por último as enfermeiras. Elas concordaram e um rapaz surgiu, me levando em direção à sala onde estava o equipamento.
Fui deitada e minutos depois comecei a ser movida pelo equipamento em direção ao interior do tubo longo e estreito, com suas extremidades abertas. Eu não sabia se deveria ficar com os olhos abertos ou fechados, mas preferi manter as pálpebras fechadas fracamente, sem fazer força. Segui as orientações de Vincent, mantendo ao máximo a calma e rezando para que o tempo passasse logo. Não me sentia confortável naquela situação.
Não sei por quanto tempo fiquei ali, deitada, mas pra mim foi um longo tempo tendo que ouvir as batidas que eram emitidas pelo equipamento de ressonância magnética. Todavia, logo o exame foi terminado e fui retirada do interior do tubo. Retornei para a cadeira de rodas e fui guiada para o lado de fora da sala. Encontrei novamente com o médico, que tinha seu fatídico sorriso gentil em seu rosto.
— Bem, srta. Fontoura, o exame correu bem. Logo irei em seu quarto para informar sobre os resultados — avisou ele. Sorri agradecida e fui retirada dali.
A enfermeira me levou de volta para o quarto, onde Elizabeth me aguardava. Minha amiga veio com uma enxurrada de questionamentos, os quais respondi brevemente, informando que me sentia um pouco cansada por ter ficado muito tempo deitada dentro daquele tubo. Ela compreendeu, mas não me deixou descansar sem tomar o café da manhã, que não hesitei em aceitar. Eu estava faminta e com certeza recuperaria minha energia.
Após estar alimentada, limpa e com as energias restauradas, fiquei acompanhando os programas de televisão que estavam sendo exibidos. Lilly, assim como eu, encontrava-se ansiosa e inquieta, passando canal por canal com o controle remoto, sem encontrar nada que a agradava. Agora eu tinha que lidar com o nervosismo para saber sobre os resultados e se receberia alta no dia.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sete Clichês em Minha Vida ✓
RomanceOBRA VENCEDORA DO THE WATTYS 2021 NA CATEGORIA LITERATURA FEMININA. Melissa Fontoura sempre foi o tipo de garota sonhadora, apaixonada por livros e filmes de comédia romântica. E talvez seja esse seu maior defeito, já que sonha em viver romances pel...